Ministro
defende necessidade de conservação de
zonas húmidas do país
Bissau, 02 Fev 17 (ANG) - O
ministro do Ambiente e Desenvolvimento Sustentável defendeu hoje em Bissau a necessidade de conservação das zonas húmidas
do país de modo à promover o crescimento industrial.
António Serifo Embaló falava
por ocasião da celebração da Jornada Mundial das zonas húmidas que se assinalou
junto ao parque natural de N’batonha sob o lema “ As Zonas Húmidas para
Educação de Catástrofes”.
“A Guiné-Bissau conheceu nos
últimos tempos uma forte pressão sobre os seus recursos naturais e essa pressão
vem ganhando proporções preocupantes transformando-se na ameaça a existência humana”,
refere o governante.
Serifo Embaló disse que o
perigo de extinção de algumas espécies e a perda da diversidade biológica estão
ligadas as mudanças climáticas tais como o aumento do nível médio do mar tendo
como consequência a erosão costeira e inundações, aumento de temperaturas nas épocas
tradicionalmente mais frescas.
Acrescentou que estão
igualmente ligados a diminuição da pluviométrica evidenciada por uma baixa
considerável de meses de chuva e surgimento de ventos fortes.
“A política do actual
governo reconhece a importância das zonas húmidas no que concerne a diversidade
biológica, por isso a luta para a garantia da conservação do meio ambiente e das zonas
húmidas seria impossível caso não existisse esforços coordenados dos sectores
público e privado”, disse o ministro do Ambiente.
António Serifo Embaló
prometeu não poupar esforços no sentido
de desbloquear os fundos disponibilizados para a execução das actividades a
favor das zonas húmidas, tendo recomendado mais empenho para a defesa e
conservação de uma fonte de riqueza que são as zonas húmidas do país.
Por sua vez, o director-geral
do Instituto de Biodiversidade e das Áreas Protegidas (IBAP), Alfredo Simão da
Silva desacou que uma zona húmida deve ser considerada como um factor de desenvolvimento
por motivo da sua riqueza em biodiversidades.
“Na Guiné-Bissau, a primeira
actividade deste carácter foi realizada em Lagoa de Cufada em 2002, sob o lema
- “Organização do Gabinete de
Planificação Costeira”, facto que tornou numa prática anual ao longo dos anos”,
recordou aquele responsável.
A iniciativa foi do Gabinete
de Planificação Costeira, a Wetlands Internacional, o Instituto da Biodiversidade
e das Áreas Protegidas, ONGs Monte Ace, a Organização para Defesa de
Conservação das Zonas Húmidas em estreita colaboração com a Câmara Municipal de
Bissau.
E conta com apoios dos parceiros de desenvolvimento tais
como Banco Mundial, União Europeia, Organização das Nações Unidas para
Educação, Ciência e Cultura (UNESCO)
entre outras.
ANG/AALS/JAM-SG
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