Populares de Calequisse respondem apelo do Presidente da República para combate a fome
Bissau,10 jul 17 (ANG) – O
Presidente da República presidiu no passado sábado, no sector de Calequisse,
região de Cacheu, norte do país, as cerimónias de lançamento de sementes de
arroz numa bolanha de 155 hectares.
| Presidente da República ao lançar sementes |
José Mário Vaz, acompanhado
do ministro de Agricultura, Florestas e Pecuária, da representante da
Organização das Nações Unidas para Agricultura (FAO) e do Fundo Monetário Internacional,
marcharam num percurso de cerca de um quilómetro do centro de Calequisse para a
referida bolanha.
Ao chegar ao local da
lavoura, o chefe de Estado guineense com calçado tipo galoja nos pés, estava a
ser esperado por centenas de populares locais entre homens e mulheres que ao
lado de José Mário Vaz lançaram sementes de arroz no terreno cultivado por dois
tractores.
Em declarações à imprensa, o
ministro da Agricultura, Florestas e Pecuária, disse que está satisfeito ao ver a população mobilizada para fazer um “grande
trabalho”.
“Pensamos que deve ser o
nosso objectivo eliminar a pobreza e acabar com a fome. Isso significa que
temos que trabalhar mais para elevar o nível de produção”, disse Nicolau dos
Santos.
Revelou que, neste momento, o Ministério da
Agricultura está empenhado em mudar a filosofia de produção.
“Sabemos que no nosso país,
os camponeses fazem a lavoura de forma tradicional ou seja manual, com arados,
enxadas etc. Mas agora estamos a começar a virar a filosofia produzindo com as
máquinas”, disse.
Salientou que somente com as máquinas é que o país
poderá elevar o nível da produtividade.
“Isso que vocês acabaram de
testemunhar está a acontecer um pouco por todo o país. As máquinas foram
disponibilizadas para trabalhar nas
bolanhas. Portanto pensamos que, se houver boa chuva, vamos conseguir um bom
resultado”, referiu.
Perguntado sobre com que
impressão ficou ao ver o Presidente da República na bolanha ao lado dos
populares, Nicolau dos Santos sublinhou que o chefe de Estado tinha
que começar para mostrar que, de facto, todos devem meter as mãos na lama.
Em relação a presença dos
parceiros internacionais. o titular da pasta da Agricultura afirmou que
sozinhos não podem fazer nada, acrescentando que se deparam com carência das
máquinas.
“Para mudar para a agricultura mecanizada é necessário as
máquinas que são muito caras. Sabem que o país não está em condições de
conseguir adquirir grandes quantidades de máquinas. Imaginam que actualmente temos ao nível de todo o país somente 32
tractores agrícolas, número insuficiente para atingir o nosso objectivo”,
explicou.
Perguntado sobre para quando
é que o país poderá atingir a auto-suficiência alimentar com o início da mecanização
agrícola, Nicolau dos Santos respondeu que dentro de um horizonte temporal de cinco
anos.
Segundo o Director Executivo da Cooperativa Mon Na Lama,
Alberto Sanca e a referida bolanha tem uma superfície de 155 hectares e agrupa 190 agricultores,que no final da
colheita cada um irá beneficiar de 0,1 hectar.
“Esperamos que em termos de
rendimento e com uma boa preparação do solo podemos colher cerca de cinco
toneladas de arroz, utilizando adubos
e sementes melhorados”, disse. ANG/ÂC/SG
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