Tribunal Constitucional validou eleições gerais angolanas
Bissau14 Set 17 (ANG) - O Tribunal Constitucional validou quarta-feira
as eleições gerais de Angola de 23 de agosto, que diz terem decorrido de forma
organizada, participativa e ordeira e foram "livres, transparentes,
universais e justas".
Numa declaração final sobre as eleições gerais de
23 de agosto de 2017, o presidente do Tribunal Constitucional, Rui Ferreira,
considerou válidos o ato eleitoral angolano e os resultados constantes da ata
de apuramento nacional, aprovada pelo plenário da Comissão Nacional Eleitoral
(CNE).
Rui Ferreira disse ainda que o tribunal
terminou o julgamento de todos os recursos
do contencioso eleitoral que lhe foram apresentados sobre as eleições gerais,
pelas formações políticas concorrentes - Partido de Renovação Social (PRS),
Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA), União Nacional para a
Independência Total de Angola (UNITA) e Convergência Ampla de Salvação de
Angola - Coligação Eleitoral (CASA-CE).
Segundo Rui Ferreira, o Tribunal Constitucional
constatou que não foram verificadas "anomalias e irregularidades,
suscetíveis de prejudicar o livre exercício do direito de voto e o resultado da
votação", pelo que concluiu e decidiu tais recursos
"improcedentes".
"Essa decisão transitou automaticamente em
julgado e por isso é definitiva e inapelável, tendo deste modo terminado no
Tribunal Constitucional a fase de contencioso eleitoral", salientou o juiz
presidente do Tribunal Constitucional.
Neste sentido, autorizou a CNE, uma vez concluído o
contencioso eleitoral, a fazer a publicação em Diário da República da ata de
apuramento nacional dos resultados das eleições.
Rui Ferreira disse também que devem ser investidos
nas respetivas funções o Presidente da República, vice-Presidente e deputados à
Assembleia Nacional eleitos, aos quais felicitou pela vitória.
As felicitações foram também extensivas a todos os
agentes eleitorais participantes, às formações políticas concorrentes e aos
cidadãos eleitores.
Angola realizou eleições gerais a 23 de agosto e os
resultados definitivos divulgados pela CNE conferem vitória ao partido
Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), com 4,1 milhões de votos
(61,07 por cento), maioria qualificada, elegendo 150 deputados.
Os resultados confirmam que a UNITA foi a segunda
força política mais votada, tendo alcançado 26,67 por cento dos votos, elegendo
51 deputados, seguido da CASA-CE, com 9,44 por cento por cento dos votos e 16
assentos parlamentares.
O PRS alcançou nestas eleições 92.222 mil votos
(1,35 por), elegendo assim dois deputados à Assembleia Nacional, enquanto a
FNLA conseguiu 63.658 mil votos (0,93 por cento) e elegeu apenas um parlamentar.
O partido Aliança Patriótica Nacional (APN), criado
este ano, teve como resultados 34.976 votos (0,51por cento), sem direito a
assento parlamentar.
ANG/Lusa
Sem comentários:
Enviar um comentário