Criação da
“Frente Ampla” de luta “contra a ditadura”
Bissau, 07 Mar 18 (ANG) – Representantes
de diversos sindicatos da saúde, académicos e estudantes realizaram na
terça-feira uma assembleia de grémios, à qual chamaram “A Venezuela não se
rende”, para criar uma “Frente Ampla
Nacional” de luta “contra a ditadura”.
O acto teve lugar na Aula Magna da
Universidade Central da Venezuela (UCV) e nele participaram ainda vários
políticos da oposição, representantes da Conferência Episcopal e da imprensa
venezuelana.
“É nosso dever defender a democracia e
construir o país. A Venezuela unida não se rende e por isso estamos aqui” disse
a reitora da UCV, Cecília Garcia Arocha.
A iniciativa serviu para condenar a
falta de materiais médicos e as medicas tomadas pelo executivo.
“Hoje cabe-nos unirmo-nos. Selar um
pacto de bases cidadãs para condenar um Governo que nos tem levado à fome e à
miséria”, disse o secretário executivo da Federação de Trabalhadores da Saúde,
Pablo Zambrano.
Também o secretário-geral do Sindicato
de Trabalhadores da Imprensa, Marco Ruíz, insistiu que individualmente não é
possível conseguir uma mudança política no país e, por isso, os jornalistas
decidiram unir-se aos diversos sectores da sociedade para apoiar a sua luta.
Durante o ato, que terminou com a
leitura de um manifesto, foi agendada para quinta-feira a constituição oficial
da Frente Ampla.
“Os que hoje aqui estão decidiram
superar fracturas, o êxodo, a divisão, o desespero e a tristeza para exortar à
unidade nacional, para somar esforços para derrotar o Governo” do Presidente
Nicolás Maduro, lê-se no texto do manifesto.
O documento insta ainda a “activar de
imediato” acções “para restabelecer o pleno vigor da Constituição da Venezuela
e empreender a irrenunciável tarefa de reconstruir o país”.
ANG/Inforpress/Lusa
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