ONU apela libertação de sete jornalistas condenados a
sete anos de prisão
Bissau, 03 Set 18 (ANG) – A ONU apelou hoje à libertação de dois
repórteres da Reuters condenados em Myanmar a sete anos de prisão por “atentado
ao segredo de Estado” durante a investigação ao massacre de muçulmanos rohingya
pelo exército daquele país.
“Continuamos a pedir a sua libertação”, disse à agência de
notícias France-Presse o representante da ONU em Myanmar, Knut Ostby, pouco
depois de ter sido conhecido o veredicto.
Um tribunal de Myanmar condenou hoje a sete anos de prisão os
dois jornalistas da agência Reuters acusados de obterem ilegalmente documentos
oficiais do Governo, na sequência de uma investigação que realizavam sobre
“limpeza étnica” da minoria rohingya.
Wa Lone, de 31 anos, e Kyaw Soe Oo, de 27, foram detidos em Dezembro por alegadamente terem obtido “documentos secretos importantes” de dois polícias.
Wa Lone, de 31 anos, e Kyaw Soe Oo, de 27, foram detidos em Dezembro por alegadamente terem obtido “documentos secretos importantes” de dois polícias.
Em Julho, foram acusados oficialmnte de violarem a “Lei de
Segredos Oficias”, que data da época colonial, crime pelo qual arriscavam uma
pena de até 14 anos de prisão. Ambos declararam-se inocentes.
Na investigação que levaram a cabo, os dois jornalistas citam
aldeões budistas que terão participado com soldados no massacre de Inn Dinn, a
02 de Setembro do ano passado, quando dez rohingya foram mortos.
ANG/Inforpress/Lusa
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