segunda-feira, 10 de setembro de 2018

Política


Primeiro-ministro desvaloriza críticas à organização das eleições 

Bissau,10 Set 18(ANG) - O primeiro-ministro Aristides Gomes, desvalorizou hoje as críticas feitas à organização do processo eleitoral para as legislativas de 18 de novembro, considerando que não são produtivas.

"Penso que esse debate não é produtivo, o que é produtivo é nós analisarmos as condições em que estamos a evoluir e vermos a pertinência de nós organizamos eleições livres e justas que possam contribuir para a estabilização da Guiné-Bissau", afirmou Aristides Gomes.

O primeiro-ministro guineense falava aos jornalistas na sede da cooperação de Timor-Leste em Bissau, para onde se deslocou em visita.

"Aos que estão a trabalhar de facto no processo eleitoral o que lhes interessa é ver a realidade, os fatores de que estão em presença, aquilo que nós controlamos, o que nós não controlamos, os esforços que nós estamos a fazer e o esforço que o mundo inteiro está a fazer para ajudar à estabilização da Guiné-Bissau", salientou.

Para Aristides Gomes, os que querem de facto a estabilização do país e o seu desenvolvimento devem "inscrever-se nessa perspetiva, o resto é um debate que não tem importância nenhuma" para a estabilidade do país.

Sobre a visita à sede da cooperação timorense em Bissau, o chefe do executivo guineense disse que foi testemunhar o reconhecimento da Guiné-Bissau ao apoio que Timor-Leste tem dado para a estabilização do país.

"Sabem que em 2014 foi decisiva a intervenção de cooperação de Timor para que as eleições tivessem tido lugar. Hoje essa intervenção continua, é uma grande riqueza para nós termos um relacionamento que se estende à zonas do mundo muito distantes da Guiné-Bissau", afirmou.

O enviado especial de Timor-Leste para apoio às legislativas timorenses, Tomás Cabral disse que a sua equipa, que chegou na quinta-feira, vem fazer um levantamento das necessidades.

"Nós temos um trabalho feito com o Governo da Guiné-Bissau e viemos fazer um levantamento para ver como é que vamos apoiar", afirmou.

A Guiné-Bissau tem eleições legislativas marcadas para 18 de novembro, mas um atraso na entrega dos ‘kits' de registo eleitoral impediu que o recenseamento tivesse início a 23 de agosto.

O atraso no início do recenseamento e da chegada dos fundos prometidos pela comunidade internacional têm sido criticados por vários partidos políticos, sociedade civil e Comissão Nacional de Eleições, que já defendeu a necessidade de um novo cronograma eleitoral.

 ANG/Lusa

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