Líderes
mundiais procuram compromissos e projectos concretos
Bissau,
23 set 19 (ANG) - Líderes políticos dos 193 Estados-membros das
Nações Unidas reúnem-se hoje em Nova Iorque na Cimeira da Acção Climática, que
pretende ser palco para anunciar compromissos e projectos concretos para o
reforço do combate às alterações climáticas
O secretário-geral das
Nações Unidas (ONU), António Guterres, que convocou a cimeira, disse no sábado
na Abertura da Cimeira da Acção Climática para a Juventude, associada à reunião
de líderes políticos de hoje, que existe um “conflito sério entre pessoas e
natureza” e acrescentou que o mundo precisa de um novo modelo de desenvolvimento,
ligado às alterações climáticas, que garanta justiça e igualdade entre as
pessoas, mas também uma relação boa entre a população e o planeta.
De acordo com António
Guterres a Cimeira de Acção Climática de hoje, convocada para aproveitar a
presença dos líderes que vão participar na Assembleia-geral da ONU, que começa
na terça-feira, não vai produzir todas as soluções, mas pretende ser um ponto
de inflexão e dar uma nova dinâmica e “impulso aprimorado” ao combate às
alterações climáticas para que seja alcançado o objectivo de reduzir as
emissões globais de gases com efeito estufa em 45% nos próximos dez anos e
alcançar a neutralidade carbónica até 2050.
O secretário-geral da ONU
sublinhou também que a Cimeira de Acção Climática pretende incluir a discussão
de medidas mais drásticas para combater as alterações climáticas, como o fim de
subsídios no uso de combustíveis fósseis e o aumento do preço a pagar pelas
emissões de carbono.
Portugal estará
representado na cimeira pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa e
pelo ministro do Ambiente e da Transição Energética, João Pedro Matos
Fernandes.
A Cimeira da Acção
Climática foi precedida no fim-de-semana pela Cimeira da Juventude, onde o
debate foi conduzido por jovens activistas como a adolescente sueca Greta
Thunberg, que lançou o movimento "Greve Mundial pelo Clima" para
denunciar a inacção dos políticos em questões ambientais e para exigir medidas
concretas e urgentes de redução de emissões de gases com efeito de estufa e de
combate e mitigação das alterações climáticas.
No seu discurso no sábado,
Guterres sublinhou que os conflitos políticos e geográficos acontecem há
milhares de anos, mas a novidade é que as populações estão em conflito com o
planeta e as consequências estão a atingir os mais vulneráveis.ANG/Angop
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