Partidos políticos reagem às decisões da missão conjunta da ONU, UA, CEDEAO e CPLP
Bissau,
08 Out 19 (ANG) - Os Partidos políticos reagiram de forma diferente sobre a
decisão da Missão conjunta composta pelos representantes das Nações Unidas
(ONU), União Africana (UA), Comunidade Económica dos Estados África Ocidental
(CEDEAO) e Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
A
referida missão esteve em Bissau para uma visita de algumas horas ao país, com
o objectivo de se inteirar dos preparativos das eleições presidenciais e tomar as decisões necessárias no sentido de
não alterar a data marcada para realização do acto, previsto para 24 de Novembro do corrente ano.
No
comunicado final da missão conjunta, foi destacado a imperatividade de realização da eleição na data marcada, e caso houver necessidade de segunda volta que
seja realizada a 29 de Dezembro.
A missão
refere ainda que o caderno eleitoral
corregido pode ser utilizado só se houver consenso entre os partidos políticos, e
reitera a manutenção do actual governo
até a realização das eleições presidenciais.
Em
declaraçôes à imprensa, o segundo vice-presidente do Partido Africano da
Independência de Guiné e Cabo-Verde (PAIGC), Califa Seide disse que, para que haja a estabilidade política, o
actual governo deve manter em função até a realização das eleições
presidenciais.
Seide
disse que o assunto foi debatido com a missão conjunta durante o encontro que mantiveram
e que ficou bastante claro, e acrescenta
que na mesma reunião cada partido teve a oportunidade de avançar com a sua
opinião relativamente a questão de caderno eleitoral.
“Muitos
partidos estranharem a continuidade do processo de correcção do caderno
eleitoral, mas a missão deixou claro que o governo só está a fazer o seu
trabalho e que no fim cabe aos partidos políticos decidirem que dados vão
utilizar o processo eleitoral”, explicou.
Doménico
Sanca, em representação do Partido Movimento para Alternância Democrática
(MADEM-G15) disse que o seu partido jamais considerou de legal a correcção do
caderno eleitoral e que considerou sempre de ilegal o processo.
“Felizmente,
a missão conjunta fez algo de positivo, porque deixou claro que só serão
utilizados os novos dados se houver um
consenso, e isso já é de louvar” , manifestou Doménico Sanca.
Acrescentou
que as eleições devem ser realizadas com
os dados anteriores e que por isso, não havia a necessidade de gastar dinheiro com correcções de uma coisa que não
vai ser utilizada.
“As
leis e a vontade popular devem ser respeitadas, porque a maioria é que
determina o que deve ser feito. Acho que chagamos a uma conclusão, o processo
vai continuar porque queremos igualmente que as eleições se concretizem na data
marcada, desde que seja na base de transparência e de paz”, garantiu.
Eduardo
Sanhá em representação da candidatura do presidente cessante José Mário Vaz salientou
que o consenso deve ser encontrado sempre por via ideal e que a exclusão do diálogo
não ajuda a encontrar a solução, mas sim
incentiva mais problemas.
“A
solução será sem dúvida o avanço para a realização das eleições na data marcada
com base nos dados das eleições legislativas de 10 de Março do corrente ano, de
modo a não criar mais problemas”, disse. ANG/AALS/ÂC//SG
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