terça-feira, 8 de outubro de 2019

Presidenciais/2019


Partidos políticos reagem às decisões da  missão conjunta da ONU, UA, CEDEAO e CPLP

Bissau, 08 Out 19 (ANG) - Os Partidos políticos reagiram de forma diferente sobre a decisão da Missão conjunta composta pelos representantes das Nações Unidas (ONU), União Africana (UA), Comunidade Económica dos Estados África Ocidental (CEDEAO) e Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).

A referida missão esteve em Bissau para uma visita de algumas horas ao país, com o objectivo de se inteirar dos preparativos das eleições presidenciais e  tomar as decisões necessárias no sentido de não alterar a data marcada para realização do acto, previsto para  24 de Novembro do corrente ano.

No comunicado final da missão conjunta, foi destacado a imperatividade  de realização da eleição na data marcada, e  caso houver necessidade de segunda volta que seja realizada  a  29 de Dezembro.

A missão refere ainda que  o caderno eleitoral corregido pode ser utilizado só se houver  consenso entre os partidos políticos, e reitera a manutenção do  actual governo até a realização das eleições presidenciais.

Em declaraçôes à imprensa, o segundo vice-presidente do Partido Africano da Independência de Guiné e Cabo-Verde (PAIGC), Califa Seide disse que,  para que haja a estabilidade política, o actual governo deve manter em função até a realização das eleições presidenciais.

Seide disse que o assunto foi debatido com a missão conjunta durante o encontro que mantiveram e que ficou bastante claro,  e acrescenta que na mesma reunião cada partido teve a oportunidade de avançar com a sua opinião relativamente a questão de caderno eleitoral.

“Muitos partidos estranharem a continuidade do processo de correcção do caderno eleitoral, mas a missão deixou claro que o governo só está a fazer o seu trabalho e que no fim cabe aos partidos políticos decidirem que dados vão utilizar o processo eleitoral”, explicou.

Doménico Sanca, em representação do Partido Movimento para Alternância Democrática (MADEM-G15) disse que o seu partido jamais considerou de legal a correcção do caderno eleitoral e que considerou sempre de ilegal o processo.

“Felizmente, a missão conjunta fez algo de positivo, porque deixou claro que só serão utilizados os novos dados se houver  um consenso, e isso já é de louvar” , manifestou Doménico Sanca.

Acrescentou que as eleições devem ser realizadas  com os dados anteriores e que por isso, não havia a necessidade de gastar  dinheiro com correcções de uma coisa que não vai ser utilizada. 

“As leis e a vontade popular devem ser respeitadas, porque a maioria é que determina o que deve ser feito. Acho que chagamos a uma conclusão, o processo vai continuar porque queremos igualmente que as eleições se concretizem na data marcada, desde que seja na base de transparência e de paz”, garantiu.

Eduardo Sanhá em representação da candidatura do presidente cessante José Mário Vaz salientou que o consenso deve ser encontrado sempre por via ideal e que a exclusão do diálogo não ajuda a encontrar a solução, mas sim  incentiva mais problemas.

“A solução será sem dúvida o avanço para a realização das eleições na data marcada com base nos dados das eleições legislativas de 10 de Março do corrente ano, de modo a não criar mais problemas”, disse. ANG/AALS/ÂC//SG

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