quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

Sociedade


Comissão Organizadora da II Conferência de Activismo em África solidariza com estudantes detidos

Bissau, 28 Fev. 2019 (ANG) – A Comissão Organizadora da II Conferencia de activismo em África, promovida pelo Centro de Estudos Sociais Amílcar Cabral, solidarizou-se com alunos detidos pelas forças de segurança guineense, no passado dia 26 deste mês, em Bissau.

A solidariedade foi manifestada pelo  investigador e activista
Miguel de Barros, que falava em nome da Comissão Organizadora do evento que decorreu nos dias 25, 26 e 27 do corrente mês.

Barros  disse que todos os cidadãos têm direito de reunir livremente e de manifestar, por isso, não devem ser privados desse direito fundamental.

Segundo este activista, os alunos que estão reivindicando a reabertura das escolas públicas não devem ser tratados como vândalos, de acordo com ele, o maior vandalismo foi efectuado pelo Estado guineense, na altura em que negou o direito à escola aos referidos alunos.

"A Organização deste evento está solidária e encoraja os alunos e activistas da Guiné-Bissau a prosseguirem a luta e nós também fazemos parte da mesma " disse Miguel de Barros.

A detenção do  grupo de estudantes  pelas forças da Ordem ocorreu após o líder do grupo ter anunciado a realização de uma nova marcha de protesto à paralisação das aulas na sequência de greves contínuas dos professores, que já põe em causa o ano lectivo,  aberto oficialmente em outubro, mas que não teve aulas durante três meses .

A maifestação que entretanto não se realizou daria sequência a uma outra que foi violenta tendo os estudantes partido carros e destruindo as vias rodoviárias com queima  de pneus, e nem sedes de partidos políticos foram poupados.

ANG/CP/AC//SG

Sociedade


   CESAC satisfeito com resultados da II Conferência sobre Activismo em África

Bissau, 28 fev 19 (ANG) –

O Director do Centro de Estudos Sociais Amílcar Cabral (CESAC), Carlos Cardoso, disse estar satisfeito pela forma como decorreu a segunda conferência sobre  activismo em África realizada na Guiné- Bissau.

Segundo este responsável, o primeiro sucesso dessa conferência foi as abordagens de activistas durante os debates na conferência,  que considerou de inédita.
Foto Arquivo

Ainda disse que, o segundo sucesso deste evento, foi as abordagens de assuntos ligados com a Guiné-Bissau, e a congregação dos activistas e investigadores vindo de diferentes continentes para a troca de experiências sobre o processo de activismo nos respectivos países .

O terceiro aspecto tem a ver com os impactos das reflexões feitas em cada processo de realização do evento, tendo destacado os problemas dos jovens imigrantes que arriscaram as vidas no mediterrâneo.

Disse acreditar que os jovens africanos podem construir uma boa vida em África e sem ter a necessidade de arriscar em aventuras migratórias em busca de melhores condições de vida, as vezes sem preparação e organização, salientando que embora todos têm direito de circular livremente para o mundo, frisando que isso deve ser feito de forma legal.

A Comissão Organizadora do evento anunciou  Brasil como o palco da III edição da Conferêmcia sobre o Activismo em África.

A primeira edição decorreu em Portugal, tendo a segunda na Guiné-Bissau e a próxima será no Brasil. 

ANG/CP/AC//SG

Literatura


          Biblioteca interante (Toca-Teca) inaugurada hoje  em Bissau

Bissau, 28 fev 19 (ANG) – A  Fundação Fé e Cooperação(FEC) e Afectos com Letras vão, numa carinha Carter transformada,  inauguram esta quinta-feira uma Biblioteca Itinerante denominada “Toca-Teca”, no  espaço verde junto a Câmara Municipal de Bissau para consultas e requisição de livros adequados à todas as idades.

Segundo um comunicado à imprensa da União Europeia enviada à ANG, Toca-Teca vai ainda dinamizar outras actividades tais como jogos pedagógicos e tradicionais, leitura de poesias e horas de contos.

O comunicado acrescenta que durante os próximos meses, a carrinha vai passar pelas regiões de Tombali, Gabú, Bafatá, Oio,Cacheu, Biombo e Setor Autónomo de Bissau.

A biblioteca itinerante foi criada no âmbito do projeto “Cultura i nô balur – Uma Estratégia de Educação para a Cultura na Guiné-Bissau”, que pretende contribuir para a promoção do património cultural guineense de um modo inclusivo e sustentável, favorecendo o acesso da população a bens e serviços culturais.

O projeto é financiado pela União Europeia, pela Misereor e pelo Camões - Instituto da Cooperação e da Língua, e desenvolvido pela FEC em parceria com a ENGIM, a Universidade Católica da Guiné-Bissau, o Instituto de Educação da Universidade de Lisboa, a Associação de Escritores da Guiné-Bissau (AEGUI) e a Afectos com Letras. 

ANG//SG

Nigéria


Buhari foi declarado reeleito mas o principal partido da oposição rejeita resultados

Bissau, 28 fev 19 (ANG) - O presidente da Nigéria, Muhammadu Buhari, foi reeleito para um novo mandato de quatro anos após o pleito de sábado passado, segundo os resultados finais divulgados na quarta-feira pela Comissão Eleitoral Independente da Nigéria (INEC, sigla em inglês), citados pela agência espanhola de noticias (EFE).
O Partido Democrático Popular (PDP), do seu rival Atiku Abubakar, rejeitou os resultados, que dão quatro milhões de votos a mais ao actual presidente, de 76 anos e líder do governante Congresso de Todos os Progressistas (APC).
Segundo a apuração da comissão eleitoral, o APC ganhou em 19 dos 36 estados, enquanto o PDP venceu em 17 estados e na capital Abuja.
Buhari obteve cerca de 15,2 milhões de votos, enquanto Abubakar ficou com pouco mais de 11,2 milhões, afirmou o presidente da INEC, Mahmood Yakubu, em comunicado oficial.
"Muhammadu Buhari, da APC, tendo cumprido as exigências da lei e obtido o maior número de votos, é declarado vencedor e é reeleito", disse Yakubu.
A participação nas eleições foi baixa, já que dos 82,34 milhões de eleitores registados, o "número total de eleitores credenciados" ficou em 29,36 milhões, afirmou o chefe da INEC.
O PDP tinha já rejeitado os resultados ao tachá-los de "incorrectos e inaceitáveis", segundo disse o presidente do partido, Uche Secondus, em conferência de imprensa na capital nigeriana.
O partido opositor sustenta que seus representantes detectaram "irregularidades" nos resultados de alguns estados e acusou o actual governo de "confabular" com o órgão eleitoral.
A Nigéria foi às urnas no sábado passado, para escolher o presidente, em uma jornada marcadas por incidentes violentos que deixaram pelo menos 39 mortos, segundo dados de observadores de associações civis.
ANG/Angop

Sociedade


"Activismo se faz pelo bem comum e não com agendas escondidas", diz Sociólogo Alfredo Handen

Bissau, 28 fev 19 (ANG) – O activismo só se faz pelo bem comum e não com agendas escondidas, afirmou o sociólogo Alfredo Handen à margem da segunda conferência sobre  activismo em áfrica, que decorreu em Bissau nos dias 25 à 27 do corrente mês.

Alfredo Handen, que falava no encerramento da II Conferência considerou o activismo de um processo de participação do cidadão nas tomadas de decisões e na gestão na sua comunidade ou no seu país e fora do campo da política partidária.

“O activismo significa trabalhar na sociedade civil e sem objectivo de chegar o poder e serve-se de alerta aos cidadãos sobre determinado assunto que ponha em causa o bem comum assim como contribuir na sensibilização das pessoas sobre as políticas públicas do Estado”, disse.

Segundo Handen, o activismo tem vindo a ganhar espaço em África e no país em concreto, acrescentando que ultimamente tem vindo a surgir grupos e jovens das bancadas que aproveitam este espaço para debater diversos assuntos sociais, económicos e ambientais.
Disse estar confiante de que num curto espaço de tempo o país terá pessoas determinadas a fazer políticas sociais e não partidárias para ajudar resolver vários assuntos do seu quotidiano.

Afirmou que repudia o activismo violento, a título de exemplo, a situação da recente marcha dos estudantes e que culminou em actos de distúrbios.

Reconheceu entretanto que  o activismo as vezes acaba por entrar nestas acções menos boas para reclamar os direitos negados.

Por sua vez, o investigador Rui Semedo, um dos oradores das palestras no fecho da conferência, defendeu que um activista deve actuar de forma imparcial e abrangente de acordo com a área de acção.

Semedo ainda  aconselhou aos activistas a cumprirem  as leis do país nas suas actuações e sem que esta lhes impedem de reivindicar contra o que põe em causa o bem comum.

Disse estar satisfeito com  a conferência e com assuntos debatidos sobre o género, ambiente, política e diversos outros e que espera que a constatação dos académicos durante o evento seja estendida para toda a sociedade.

Bissau foi palco entre os dias 25 e 27 de uma conferência sobre o Activismo em África, promovida pela CESAC (Centro de Estudos Sociais Amílcar Cabral) sediado em Dakar, Senegal. 

ANG/CP/AC//SG

Reino Unido


      Parlamento aprova proposta que prevê votação de adiamento do Brexit
Bissau, 28 fev 19 (ANG) - O parlamento do Reino Unido aprovou  quarta-feira, a proposta da deputada trabalhista Yvette Cooper, que permite aos deputados decidirem a 14 de Março um pedido de prorrogação da data de saída da União Europeia, fixada em 29 de Março.
Está mais perto o cenário de um adiamento do Brexit. Com 502 votos a favor e apenas 20 contra.
Mas antes, a primeira-ministra Theresa May vai apresentar no dia 12 o resultado das negociações com Bruxelas.
Caso esse acordo seja mais uma vez rejeitado, o parlamento vota no dia seguinte uma proposta de saída sem acordo e, só em caso de nova reprovação se chega então à votação para um adiamento do Brexit.
A jornada de debate aprovou ainda o respeito pelos direitos dos cidadãos europeus a viverem no Reino Unido, mesmo em caso de não-acordo.
A um mês do fim do prazo, o Reino Unido continua fracturado e sem um rumo definido para o Brexit. 
ANG/Angop

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2019

Óbito


        Partido MADEM-G15 lamenta morte do militante Braima Iafa

Bissau, 27 fev 19 (ANG) - O Movimento para Alternância Democrática (MADEM-G15) lamentou hoje a morte do seu militante e Director Regional da campanha do partido na região de Bafatá, Braima Iafa, na tarde de terça-feira num acidente de viação no troço que liga Bantadjam à Jugudul em direcção à Bissau.

 “Braima Iafa é responsável destacado e dirigente do MADEM-G15 que exercia de forma irrepreensível as funções do Director Regional de campanha do partido em Bafatá”, destacou o documento assinado pelo Diretor de Nacional de campanha do Madem G-15, Marciano Silva Barbeiro.

 Neste momento de dor e muita consternação, a direcção de campanha do MADEM-G15 endereça as suas sentidas condolências à família enlutada e seus militantes, sobretudo os da região de Bafatá.

A Directoria Nacional do MADEM-G15 aproveita ocasião para informar seus militantes e simpatizantes de que as actividades de campanha estão suspensas em todo território nacional em honra a memória do falecido.

ANG/LPG/AC//SG

Felicitação


Presidente da República endereça mensagem ao  homólogo Dominicano por celebração do dia da Independência  

Bissau, 27 Fev 19 (ANG) - O Presidente da República ,José Mário Vaz felicitou hoje o seu homólogo da República Dominicana pela celebração  de mais um ano da independência daquele país sul-americano.
José Mário Vaz

A informação consta na mensagem de felicitação endereçada ao presidente dominicano,Danilo Medina, à que a ANG enviada à ANG.

“Aproveito este meio para endereçar ao senhor Presidente  votos de boa saúde, felicidades pessoais à vossa excelência e de bem-estar contínua ao povo da República dominicana”, lê-se na mensagem.

José Mário Vaz manifestou a sua satisfação pela crescente prosperidade da nação Dominicana e pela manutenção dos laços de amizade e cooperação que unem os dois Estados. ANG/AALS/AC//SG

Nigéria


          Presidente Muhammadu Buhari reeleito para mais um mandato
Bissau, 27 fev 19 (ANG)  – Muhammadu Buhari foi reeleito Presidente da Nigéria, o país mais populoso de África com 190 milhões de habitantes, com uma margem de milhões de votos sobre o rival Atiku Abubakar, segundo resultados divulgados na terça-feira pela comissão eleitoral.
Os resultados apurados dão o chefe de Estado cessante como reeleito, com mais cinco milhões de votos do que o adversário nas eleições presidenciais de sábado, apesar de ainda faltar apurar resultados de pelo menos um Estado, refere a AFP.
Já a Associated Press fala numa vitória por 3,9 milhões de votos, tendo em conta todos os dados apurados nos 36 estados que compõem o país.
Para garantir a eleição, o vencedor, para além de ter de conseguir a maioria dos votos, tem de reunir 25% dos votos em dois terços dos 36 estados.
Elementos da campanha de Muhammadu Buhari dizem que os números conhecidos já permitem declarar este candidato vencedor, mas a comissão eleitoral do país remeteu para as 03:00 locais (mais uma hora em Lisboa) o anúncio oficial do candidato vencedor.
Segundo a AP, os apoiantes de Buhari já festejam a vitória do candidato junto à sede do seu partido, em Abuja, a capital nigeriana.
O dia das eleições ficou associado a actos de violência que, segundo os dados mais actualizados, fizeram já 53 mortos, números que têm sido contabilizados por uma plataforma de organizações da sociedade civil que acompanhou o ato eleitoral, a Situation Room (Sala de Situação).
De acordo com um relatório desta organização divulgado na segunda-feira, quando ainda se contabilizavam 39 mortes, estes óbitos revelam uma tendência de “grave violência eleitoral” desde o início da campanha, em Outubro de 2018, tendo sido identificadas pela Situation Room mais de 260 mortes com motivação política até 23 de Fevereiro.
Apesar do adiamento das eleições (estavam inicialmente marcadas para 16 de Fevereiro) devido a problemas logísticos, a plataforma da sociedade civil indica que continuaram a verificar-se “grandes falhas logísticas” num escrutínio marcado também pela violência, falta de segurança e excessos de vária ordem e uma conduta “desapontante” dos principais partidos políticos
No Estado de Lagos houve relatos de perturbação das votações com bandos de criminosos a disparar para o ar, urnas de votos incendiadas e outros actos de violência, alguns causados pela ausência de elementos da Comissão Eleitoral Independente da Nigéria (INEC) e falta de materiais.
A votação sofreu também adiamentos em vários pontos do país com impacto no apuramento dos resultados.
A INEC mostrou-se satisfeita com a forma como decorreram as eleições, mas a Situation Room considera que a comissão “não geriu as eleições de forma eficiente” e que foram registadas “irregularidades significativas”.
No entanto, apela à “contenção” dos eleitores e restantes atores políticos para evitar “perder mais vidas” e que recorram aos tribunais caso se sintam lesados.
As votações de sábado visaram a eleições de um novo presidente – disputada pelos favoritos Muhammadu Buhari, actual Presidente, e o seu rival Atiku Abubakar -, bem como de 360 deputados e 109 senadores.
ANG/Inforpress/Lusa



Venezuela


                                      Mais de 300 militares desertaram
Bissau, 27 fev 19 (ANG) – Um total de 326 elementos das forças armadas e de segurança da Venezuela desertaram e pediram refúgio na Colômbia desde sábado, segundo um novo balanço dos serviços de migração colombianos.
Nicolas Maduro
No domingo, a mesma fonte dava conta de cerca de 100 deserções.
Estas deserções acontecem em pleno clima de tensão na fronteira entre os dois países.
Para travar a entrada da ajuda humanitária internacional em território venezuelano, especialmente os bens provenientes dos Estados Unidos, o Presidente Nicolás Maduro decidiu, no sábado, encerrar parcialmente a fronteira com a Colômbia.
A maioria dos militares e dos polícias atravessou a fronteira no departamento Norte de Santander, onde fica localizada a cidade de Cúcuta. Alguns cruzaram a fronteira em Arauca (sul) e em Guajira (nordeste), precisaram os serviços de migração colombianos.
O director dos serviços de migração colombianos, Christian Krüger, afirmou que estes elementos das forças armadas e de segurança da Venezuela fugiram da “ditadura” do Presidente Nicolás Maduro.
Christian Krüger salientou que estes militares atravessaram a fronteira para procurar melhores condições de vida, nomeadamente para ter acesso a alimentos, mas também por causa da “pressão exercida pelos colectivos”, denominação por que são conhecidos os grupos de civis armados afectos ao regime de Maduro.
O representante colombiano relatou que alguns destes desertores entram na Colômbia com as respectivas armas e com os respectivos uniformes, mas também envergando roupas civis e acompanhados pelas famílias.
Desde sábado passado, a agência noticiosa francesa France Presse (AFP) relatou que testemunhou a chegada a Cúcuta de pelo menos 20 desertores, nenhum deles armados ou de altas patentes militares.
Christian Krüger explicou que os serviços de migração colombianos analisaram os antecedentes de cada desertor, cujas identidades e patentes não foram divulgadas.
A estes militares, as autoridades colombianas atribuíram salvo-condutos temporários.
O opositor Juan Guaidó, reconhecido por cerca de 50 países como Presidente interino da Venezuela, prometeu uma amnistia aos militares e polícias que rompessem com o governo de Nicolás Maduro, que tem nas forças armadas e de segurança um importante pilar.
O relato das primeiras deserções surgiu no sábado passado, dia que tinha sido determinado por Guaidó para começar a levar a ajuda humanitária enviada pelos Estados Unidos, e armazenada há vários dias no território colombiano, para a Venezuela.
Os camiões com a ajuda humanitária (alimentos e medicamentos) acabaram por não conseguir chegar ao território venezuelano, por causa do bloqueio das fronteiras ordenado pelo regime.
A situação degenerou em confrontos e pelo menos quatro pessoas foram mortas e outras centenas ficaram feridas nas fronteiras da Colômbia e do Brasil.
A Venezuela conta actualmente com 365.000 militares e polícias, bem como 1,6 milhão de elementos de milícias civis.
A crise política na Venezuela agravou-se em 23 de Janeiro, quando o presidente da Assembleia Nacional (parlamento), Juan Guaidó, se autoproclamou Presidente da República interino e declarou que assumia os poderes executivos de Nicolás Maduro.
Guaidó, 35 anos, contou de imediato com o apoio dos Estados Unidos e prometeu formar um governo de transição e organizar eleições livres.
Nicolás Maduro, 56 anos, no poder desde 2013, denunciou a iniciativa do presidente do parlamento como uma tentativa de golpe de Estado liderada pelos Estados Unidos.
A repressão dos protestos antigovernamentais desde 23 de Janeiro provocou mais de 40 mortos e cerca de mil detenções, incluindo menores, de acordo com várias organizações não-governamentais e o parlamento venezuelano.
A maioria dos países da União Europeia, entre os quais Portugal, reconheceram Guaidó como Presidente interino encarregado de organizar eleições livres e transparentes.
Na Venezuela residem cerca de 300.000 portugueses ou luso-descendentes.
Os mais recentes dados das Nações Unidas estimam que o número actual de refugiados e migrantes da Venezuela em todo o mundo situa-se nos 3,4 milhões.
Só no ano passado, em média, cerca de 5.000 pessoas terão deixado diariamente a Venezuela para procurar protecção ou melhores condições de vida. ANG/Lusa/Inforpress




Felicitação


Presidente da República felicita homólogo da Nigéria pela sua reeleição a magistratura suprema do país

Bissau, 27 fev 19 (ANG) – O Chefe de Estado guineense felicitou o seu homólogo nigeriano pela sua reeleição à magistratura suprema  daquele país irmão.

A informação consta numa mensagem de José Mário Vaz, endereçada ao Muhammadu Buhari, realçando a importância dos laços de amizade, solidariedade e de cooperação existente entre os “nossos” povos e países.

“Aproveito este ensejo para endereçar ao Senhor Presidente reeleito votos de boa saúde, felicidades pessoais à vossa Excelência e de bem-estar contínuo ao povo nigeriano”, disse o chefe de Estado guineense.

Na missiva, José Mário Vaz reafirmou ao seu homólogo nigeriano a sua determinação em tudo fazer para que os laços de amizade e cooperação entre os dois países se desenvolvam e se consolidem, cada vez mais, em proveito dos dois povos. ANG/JD/AC//SG

Campanha de Cajú 2019


Director-geral de Previsão dos Estudos Económicos diz que actividade corre risco de não ser mais rentável

Bissau, 27 Fev 19 (ANG) - O Director-Geral de Previsão dos Estudos Económicos do Ministério do Comércio afirmou esta terça-feira que a campanha de Comercialização de Castanha de Cajú deste ano corre o risco de não ter maior rendimento em comparação com o  ano passado.

Castanha de cajú
Citado pela Rádio Sol Mansi, Óscar Cunha justificou a sua afirmação com a queda de 25 por cento de preço do mesmo produto no mercado internacional.

Óscar Cunha falava à margem de divulgação dos dados de inquérito feito em 2018 sobre a comercialização de castanha de cajú no qual ficou apontado que o insucesso verificado em 2018 tem que ver com o preço praticado no mercado internacional.

“Este ano, o preço da castanha de caju está a sofrer maior queda em relação ao preço do ano passado. Por isso, é necessário tomar as precauções de modo a evitar o pior”, alertou o Director-geral de Previsão dos Estudos Económicos.

Acrescentou que uma vez que o preço de castanha de cajú baixou ao nível internacional, é necessário alinhar o preço nacional com o internacional de modo a ter um resultado equilibrado.

“Normalmente, quando a procura de um produto diminui no mercado, automaticamente reduz também a aquisição do mesmo, por isso, nestas circunstâncias, é necessário sempre ter uma estratégia viável para não complicar ainda mais a situação”, disse Óscar Cunha.

Em 2018 a campanha de comercialização de castanha de cajú teve insucesso no país, devido a queda de preço do produto no mercado internacional e igualmente por motivo do preço de referência fixado à nível nacional no ordem de 1000 francos CFA por quilograma. ANG/AALS/AC//SG

Religião


                            Cardeal australiano condenado por pedofilia
Bissau, 27 fev 19 (ANG) - O antigo número três na hierarquia do Vaticano, o cardeal australiano, George Pell foi reconhecido culpado de agressão sexual contra menores, tornando-se o primeiro alto dirigente da Igreja Católica a ser condenado por crimes de pedofilia.
Cardial australiano George Pell
Pell foi julgado pela justiça australiana por violação de menores entre 1996 e 1997.
O veredicto sobre os crimes de pedofilia, cometidos pelo cardeal George Pell entre 1996 e fins de Fevereiro de 1997,foi pronunciado no dia 11 de Dezembro de 2018 pelo Tribunal de Melbourne, mas mantido sob segredo por razões legais.
Segundo os seus advogados, “o cardeal George Pell sempre afirmou a sua inocência e continua a fazê-lo”.
Os defensores do clérigo acrescentaram que vão depositar um recurso. Sublinhe-se que a sentença , a qual Pell foi condenado,l ainda não foi estabelecida. Uma nova audiência, no Tribunal, está prevista nesta quarta-feira e subsquentemente o cardeal australiano poderá ser colocado sob custódia policial.
O Vaticano anunciou no dia 12 de Dezembro, que o cardeal tinha sido afastado do Conselho dos nove conselheiros de todos continentes, denominado C9encarregado de ajudar o Papa Francisco a reformar a administração da Santa Sé.
O Tribunal de Melbourne considerou o cardeal de 77 anos culpado por agressão sexual e por quatro atentados ao pudor, contra dois meninos de coro de 12 e de 13 anos.
Dos dois meninos de coro , que o Monsenhor Pell foi acusado de ter violado sexualmente quando era arcebispo de Melbourne, um deles morreu com uma overdose em 2014, a qual a sua família atribuiu ao traumatismo causado no menor, pela agressão.
Num comunicado, a segunda vítima afirmou que o julgamento de George Pell ainda não terminou. A mesma acrescentou que durante muito tempo viveu com vergonha, na solidão, sob depressão, assim como na luta , para que Pell fosse condenado pelos seus actos.
As agressões sexuais de George Pell cometidas entre 1996 e fins de Fevreiro de 1997 tiveram lugar na sacristia da catedral de Saint-Patrick de Melbourne, da qual George Pell, figura do tradicionalismo católico australiano, era arcebispo
O Primeiro-ministro australiano,Scott Morrison, afirmou estar profundamente chocado com a conduta do clérigo, e destacou o facto de que a justiça, do seu país, tinha demonstrado que” nenhum australiano está a acima da lei”.ANG/RFI

Campanha eleitoral


Presidente do PUN afirma que a actual crise será ” último golpe na Guiné-Bissau”

Bissau, 27 fev 19 (ANG) – O Presidente do Partido da Unidade Nacional (PUN) afirmou terça-feira que a actual crise política  que durou cerca de quatro anos será o “último golpe na Guiné-Bissau”.

Segundo a Rádio Pindjiguiti, Idriça Djaló falava durante seu contacto com os eleitorados do círculo 24 no bairro de Cupelum, onde afirmou que desde 1998 os guineenses foram obrigados a viver em instabilidade, com sucessivos golpes de Estados que levou muitas empresas à falência.

“Por causa da ambição do poder, algumas pessoas tiveram a coragem de provocar a guerra civil de 07 de Junho de 1998, mas este último que iniciou desde 2015 até ao momento será o ultimo golpe da história do país,” prometeu.

O político considerou ainda que a referida luta iniciada há quatro anos e que culminará nas eleições de 10 de Março do ano em curso, vai mudar definitivamente o rumo da história do país.

Djaló adiantou que a sua formação política sempre esteve na linha da frente para afirmação da democracia, para que o vencedor das próximas legislativas possa governar sem interferência dos militares ou de outras formações politicas.

Aquele político disse que actualmente os recursos do país estão a beneficiar apenas os três grupos principais nomeadamente as Forças Armadas, classe política e alguns funcionários que não representam os três por cento da população. ANG/JD/AC//SG

Angola


                      Abel Chivukuvuku perde liderança da CASA-CE
Bissau, 27 fev 19 (ANG) - O Colégio eleitoral da CASA-CE, na oposição em Angola, acaba de anunciar o afastamento de Abel Chivukuvuku da presidência da coligação e a sua substituição por André Mendes de Carvalho "Miau".
Em causa a "quebra de confiança" censurada ao líder cessante.
Cinco dos seis líderes dos partidos políticos afectos à Convergência Ampla de Salvação de Angola - Coligação Eleitoral (CASA-CE) decidiram terça-feira afastar o seu presidente, Abel Epalanga Chivukuvuku por alegada " quebra de confiança". Em sua substituição foi indicado André Mendes de Carvalho "Miau" para dirigir a terceira força politica com 16 assentos parlamentares na Assembleia nacional.
A medida ocorre num contexto de mal estar que assola a coligação, numa altura em que os “Independentes” se preparam para entrarem no Bloco Democrático (BD).
Deliberámos a demissão Dr. Abel Chivukuvuku da liderança e da Coligação Ampla de Salvação de Angola – Coligação Eleitoral (CASA-CE) e em sua substituição é indicado o companheiro André Mendes de Carvalho que assume a chefia da formação partidária”, informou em Luanda o porta voz do Colégio Presidencial da Coligação Sebastiao Andre que também é um dos vice presidentes .
O Colégio Eleitoral da CASA-CE tinha estado reunido na passada sexta-feira para definir o futuro de Chivukuvuko na estrutura directiva.
O 2º vice-presidente da Coligação, Alexandre Sebastião André, explicou que o órgão determinou a demissão do até aqui do líder da CASA Chivukuvuku que é acusado de fazer oposição contra a própria coligação e de ter concentrado todos os poderes na sua pessoa.
Em declarações à RFI, André Mendes de Carvalho líder do grupo parlamentar da CASA-CE, que assume a presidência da coligação disse que “toma posse na próxima segunda-feira e felicita a indicação por se tratar de um fim da crise que assolava há meses a coligação” sem adiantar mais detalhes.
Em Agosto último cinco dos seis partidos que constituem a coligação pediram ao Tribunal Constitucional uma clarificação sobre a gestão dos fundos e sobre a presença de independentes nos órgãos de direcção da CASA-CE.
O Tribunal esclareceu que os independentes não podem fazer parte do Conselho Presidencial da coligação e proibiu Abel Chivukuvuku de criar um novo partido dentro da estrutura existente
A Convergência Ampla de Salvação de Angola - Coligação Eleitoral (CASA-CE) foi criada em Abril de 2012 por Abel Chivukuvuku tendo integrado os cincos partidos meses antes da realização das eleições do mesmo ano. ANG/Inforpres

terça-feira, 26 de fevereiro de 2019

Ensino público


Ministério da Educação anuncia correcção das omissões no Estatuto de Carreira Docente

Bissau, 26 Fev19 (ANG) – O Secretário-Geral do Ministério da Educação anunciou hoje  que as omissões detectadas no Estatuto de Carreira Docente após a sua publicação do Boletim Oficial já foram corrigidas e que a nova versão foi entregue aos representantes dos três sindicatos que integram a comissão de seguimento para efeitos de averiguação antes da sua publicação final.

José Júlio César Delgado que falava  em exclusivo à Agência de Noticias da Guiné, em jeito de reacção à nova paralisação do sector do ensino, disse que as falhas verificadas, citando as palavras do Director dos Assuntos Parlamentares e dos Serviços Legislativos, do parlamento, foram cometidas pela ANP e não pela Presidência de República, ou Primeiro-ministro e nem tão pouco da parte do Ministério da Educação, justificando as omissões com a pouca informação que têm do processo.

Contudo, o Secretário-geral do Ministério da Educação apela ao bom senso dos sindicatos, porque as paralisações e as greves estão a tornar o sistema de ensino cada vez mais fraco.

Disse  ainda que o governo já efectuou a reposição dos salários nos três bancos, nomeadamente Orabank, Banco Atlantique e no Ecobank, restando-lhe  a transferência para o Banco da União (BDU) e Banco da África Ocidental (BAO).

 “O Governo já transferiu mais de 86 milhões de francos CFA para o Orabank, destinado ao pagamento dos salários aos professores e no Banque Atlantique mais de 24 milhões, e 104 milhões de fcfa ao Ecobank destinado a remuneração dos professores, referentes ao mês de Janeiro do ano em curso”, indicou o Secretário-geral do Ministério da Educação.

Acrescentou  que, conforme previsto no artigo 85 da Carreira Docente, a atribuição do subsídio de isolamento é feita distintamente, tendo em consideração as seguintes categorias: pequeno isolamento, de 10 para 15 mil francos CFA mensal. Médio isolamento, que era de 15 mil passou para 20 mil francos mensal. Grande isolamento (zonas urbanas) de 20 para 25 mil francos e enquanto o grande isolamento (zonas rurais) de 25 para 30 mil francos por cada mês.

Acrescenta que o pessoal docente em exercício da função de docência em qualquer estabelecimento escolar pública, beneficia do subsídio de compensação dos riscos provocados pela utilização de giz.

De acordo com esse documento, o subsídio de giz fixado que era de 50 fcfa passou para 250 francos CFA, por cada tempo, podendo esse valor ser alterado por despacho conjunto dos ministros da tutela e das finanças.

Os professores iniciaram hoje uma greve de sete dias, reivindicando pagamento de salários e de subsídios, cumprimento do acordo de reposição dos descontos feitos aos grevistas nos tres primeiros meses do ano lectivo, correcção das omissões verificadas no Estatuto da Carreira Docente, entre outras. ANG/LPG/AC//SG 

Eleições legislativas


                                   UA envia 50 observadores eleitorais

Bissau, 26 fev 19 (ANG) -  A União Africana (UA) vai enviar para a Guiné-Bissau, para acompanhar as eleições legislativas de 10 de Março, uma missão com 50 observadores eleitorais, anunciou o representante da organização em Bissau, Ovídeo Pequeno.
Bandeira da Uniao Africana
"Já temos instruções e vamos começar a trabalhar a partir de segunda-feira para a vinda da missão. São cerca de 50 observadores e estamos apenas a finalizar questões administrativas", afirmou no fim-de-semana o embaixador aos jornalistas no aeroporto internacional Osvaldo Vieira, onde se deslocou para assistir à entrega de material eleitoral às autoridades guineenses.
Segundo Ovídeo Pequeno, a missão de observação eleitoral da UA é "muito alargada" e inclui observadores provenientes de países africanos de língua portuguesa.
A missão vai estar na Guiné-Bissau entre 01 e 15 de Março, acrescentou.
A Guiné-Bissau realiza eleições legislativas a 10 de Março, depois de uma crise política iniciada em 2015 com a demissão do primeiro-ministro Domingos Simões Pereira, líder do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde, que venceu as legislativas de 2014.
Concorrem ao escrutínio de 10 de Março, 21 partidos políticos, que vão estar em campanha eleitoral até 08 de Março. ANG/Angop

Economia


CENTIF capacita técnicos de entidades Não Financeiras em matéria de branqueamento de capitais

Bissau,26 fev 19(ANG) – A Célula Nacional de Tratamento de Informações Financeira da Guiné-Bissau(CENTIF-GB), promove  um ateliê de reforço de capacidades dos técnicos de entidades não financeiras em matéria de luta contra o branqueamento e financiamento de terrorismo.

Ao presidir a cerimónia de abertura do seminário, o representante do Presidente da CENTIF-GB afirmou que o ciclo de formação que estão a levar a cabo enquadra-se na implementação de medidas preventivas que concorrem na luta contra branqueamento de capitais e financiamento de terrorismo.

José Luís Rodrigues disse que existe no país um défice de conhecimento por parte das entidades que normalmente colaboram no combate à referida prática.

“Há  necessidade de essas  instituições colaborem com a CENTIF. Mas não temos estado a verificar essa colaboração e para o efeito partimos de princípio de que pode até existir a vontade nesse sentido mas se calhar não sabem como vão fazer essa parceria”, disse.

Aquele responsável sublinhou que foi neste sentido que proporcionaram essa formação no sentido de lhes capacitar sobre os conjuntos de deveres que pendem sobre eles  no capítulo de luta contra o branqueamento de capitais.

“Se notarmos bem, os ditos branqueadores de capitais nunca podem executar os seus trabalhos sem que haja a colaboração das referidas entidades que convidamos para esse ciclo de formação”, afirmou José Luís Rodrigues.

Esclareceu, a título de exemplo que, se alguém dispor de um determinado montante em dinheiro, ilicitamente adquirido, dentro da sua casa sem que seja aplicado no sistema, a referida soma nunca será limpa, acrescentando que para que seja considerado válida é preciso ser canalizada para  uma das instituições ou os bancos.

“Ao fim ao cabo os branqueadores de capitais de forma indirecta são as entidades que estamos a capacitar por falta de conhecimentos na matéria”, explicou.

Disse que para o efeito é preciso chamar atenção à todas as entidades onde normalmente se colocam dinheiros ilícitos para estarem atentas sobre  questões de prevenção.

José Luís Rodrigues afirmou que hoje vão encerrar os ciclos de formação com  entidades não financeiras, iniciado no princípio do corrente mês, nomeadamente as profissões jurídicas, notários, advogados, contabilistas e auditores. ANG/AC//SG