PRS
perspectiva pacto de regime e reformas profundas se vencer as legislativas
Bissau, 23 Mar. 14 (ANG) – A
assinatura de um pacto de regime, implementação de reformas profundas, reforço
do estado de direito e das instituições da república são alguns dos desafios
impostos a si pelo Partido da Renovação Social (PRS) se for eleito a 13 de
Abril próximo.
O anúncio foi feito sábado
em Bafatá, pelo Secretário-geral do partido no comício popular que assinalou o pontapé
de saída da campanha eleitoral com vista as eleições gerais do próximo mês,
durante o qual defendeu ainda a necessidade de assegurar um quando
macroeconómico estável e estimulante.
Segundo Florentino Mendes
Pereira, a assinatura do referido pacto irá garantir a paz e estabilidade,
promover a unidade nacional e institucionalizar o diálogo entre os diferentes
actores da vida nacional.
No capítulo das reformas
almejadas pelo PRS, o Secretário-geral destacou a reorganização da
administração pública e do sector da defesa e segurança entre outros.
No capitulo das
infra-estruturas, prometeu a construção de estradas, sobretudo, com acesso as
linhas fronteiriças e as de Bissau, resolver a questão energética e assegurar o
abastecimento de agua potável as populações nos próximos 5 anos caso vencer.
A cidade de Bissau, segundo
os dados avançados por Florentino Mendes Pereira, necessita apenas da produção
de 30 mega watts para assegurar o fornecimento regular da luz eléctrica,
quantia que, “infelizmente 40 anos depois”, o país ainda não é capaz de
garantir.
“Essa quantidade é muito
pequena se comparado, por exemplo, com a que é gasta por uma simples empresa no
Senegal e que chega a superar uma centena de mega watts”, comparou o SG do PRS.
No que toca ao quadro macro
económico, Florentino Mendes pereira traçou um quadro negativo da situação que
caracterizou de muito preocupante, comparativamente a realidade do conjunto dos
países União Económica e Monetária Oeste Africana (UEMOA).
“Como país que beneficiou da
iniciativa IPIC precisamos fazer mais”, estimou lembrando que a massa salarial
do atrasado interno não deve continuar a ser acumulado e acrescentou que até
2012 ela se situava em mais de 3 biliões de Francos CFA, enquanto no período
antecedente, era um pouco mais de 1 bilião.
Salientou que este quadro, sobretudo
no aspecto que se relaciona com as finanças públicas não está correcto, tanto
assim que o seu partido elegeu-o como um dos desafios a vencer, ou seja, promover
uma inversão desta realidade, assim que assumir as rédeas da governação depois
de 13 de Abril.
Referiu que só com o
desenvolvimento do sistema financeiro é que se pode estimular a economia,
através de financiamento do empresariado nacional, que segundo denunciou, se
encontra totalmente descapitalizado depois da guerra de 7 de Junho.
“A divida interna ainda esta
por pagar”, precisou Florentino Mendes Pereira que voltou a repisar na
necessidade de criação de ambiente favorável ao investimento de capitais
estrangeiras.
No sector produtivo disse
que o partido aposta na modernização da agricultura, pois o país possui
potencial para deixar de depender do estrangeiro para abastecer em termos de
consumo destes produtos. Criação de pequenas fabricas e de emprego para jovens
e mulheres constam do rol das promessas deixadas pelo SG do PRS.
No sector social apontou a
necessidade de desenvolvimento do sector da educação e melhorias da situação
sanitária que na sua óptica, passa pela criação de novas infra-estruturas.
ANG/JAM