quarta-feira, 31 de maio de 2023

 

Legislativas antecipadas/Coligação PAI-Terra Ranka promete apresentar queixa-crime contra Estado gambiano por impedimento de   saida de  materiais de campanha eleitoral

Bissau, 31 Mai 23 (ANG) – A Coligação Plataforma de Aliança Inclusiva PAI-Terra Ranka promete apresentar uma queixa-crime contra o Estado gambiano, que, com alegada conivência das autoridades senegalesas, não permitiu  o trânsito de materiais de campanha eleitoral da coligação para Bissau.

Geraldo Martins
A intenção foi tornada pública hoje, em conferencia de imprensa pelo Chefe da equipa dos Advogados do PAIGC,Carlos Pinto Pereira, em jeito de reação ao impedimento da chegada dos materiais da campanha da Coligação PAI Terra Ranka,  por parte das autoridades nacionais, em alegadas conivências com as da Gâmbia.

 Carlos Pereira  informou que a coligação constitui advogado em Gâmbia para tratar do assunto junto da Comissão dos Direitos Humanos da União Africana com Sede em Banjul e apresentar uma queixa contra o Estado gambiano, devido os prejuizos que causou a coligação.

 “O assunto foi levado para o campo politico com propósito de impedir a chegada dos materiais de campanha eleitoral da coligação PAI- Terra Ranka”, afirmou.

Disse que,  era uma semples desculpa a tentativa de justificar o empedimento com alegada falta de uma correspondência detalhada, tipo de materiais que se encontra no cargueiro, porque os dados disponiveis comprovam a existência de uma má-fé e de intenção clara de prejudicar a coligação.

Carlos Pinto Pereira disse que a autoridade de Avião Civil é a única entidade com competência para autorizar ou não a aterragem de um avião no território nacional, e não o governo.

O Supervisor Nacional da campanha da Coligação PAI-Terra Ranka, Geraldo Martins referiu que em todos os processos eleitorais os partidos animam as suas  campanhas com os materiais de propaganda e a  coligação PAI-Terra Ranka preparou e confeccionou os seus materiais para o efeito para as eleições de 04 de junho.

Revelou que os materiais de campanha, de acordo com a estratégia coligação  deveriam ser usados no  final da campanha.

“Desde  dia 20 de Maio que a coligação solicitou as autoridades da aviação civil para  autorizar a aterragem do cargueiro fretado para transportar os materiais da campanha eleitoral, mas este alega que precisa da autorização do Ministério dos Transportes e Comunicações ”, informou.

“O cargueiro  fretado para transportar os materiais está na Gâmbia, há dois dias, a aguardar  uma autorização para aterrar no aeroporto de Bissau, mas por falta da mesma a coligação decidiu fazer o desembarque em Banjul e contratou uma empresa para transpotar os materiais da  Gâmbia para Bissau, mesmo assim há impedimento”, disse Geraldo Martins.

Explicou que apesar de cumprirem com todas as formalidades foram informados pela Direção das Alfândegas de  Banjul de que por “ordens políticas superiores” não podem deixar sair os  referidos materiais.

Por isso, Martins  considera a situação de  gravíssima, apesar de os partidos estarem em competição.

Mesmo assim, Geraldo Martins disse que a coligação vai posseguir com campanha com muita determinação, alegria e engajamento,por causa da tendência clara do sentido de voto dos eleitores.

Afirmou  que a coligação PAI-Terra Ranka vai ganhar estas eleições  com ou sem  materiais de propaganda.    ANG/LPG//SG


Função Pública
/Frente Social inicia quinta-feira mais uma greve para exigir do Governo o cumprimento das suas reivindicações

Bissau, 31 Mai 23 (ANG) – A Frente Social, organização que agrupa  quatro  sindicatos de profissionais  dos setores da educação e saúde, inicia quinta-feira,  01 de Junho, mais uma greve, de dois dias, para exigir do Governo, a resolução de vários estrangulamentios com os dois  setores se deparam

Em conferência de imprensa, realizada hoje, o porta-voz da Frente Sicial, Yoio João Correia sustentou que, na semana passada, advertiram ao Governo  com um pré-aviso de greve sobre nova paralisação mas que não houve qualquer iniciativa que levasse as partes a se sentarem a mesa para se encontrar soluções que ponham fim as reivindicações.

Disse que entre  os pontos reeivindicados consta  o retorno de mil funcionários e técnicos de saúde afastados de forma ilegal dos seus postes de serviço.

“Também exigimos a efetivação dos profissionais do Ministério da Educação e Saúde, que já há sete anos aguardam pela normalização das suas situações  na Função Pública, o que até hoje não se concretizou”, revelou o porta-voz.

Segundo Yoio João Correia, outra reivindicação  tem a ver com os critérios usados para as nomeações de cargos no Estado.

“Se o Estado é que cria as leis, o primeiro a respeitá-lo deve ser ele mesmo, para depois ser a nossa vez de fazer o mesmo. Digo isso porque as nomeação feitas por sucessivos governos que passaram se baseiam em decisão  políticas e não através de um concurso público”, salientou Correia.

De acordo com o porta-voz da Frente Social, será promovida na, quinta-feira, dia 01 de junho, uma marcha pacífica, para protestar contra a má prática de ver as crianças com menor idade a trabalhar.

“Queremos com essa marcha chamar a atenção do Governo sobre a necessidade de  sua intervenção na tomada de medidas para pôr fim à essa prática, porque a sua manutenção pode incentivar o analfabetismo no país”, frisou.

Yoio Correia sustentou  que as crianças são  futuros herdeiros deste país, por isso, a construção do seu futuro começa hoje e não depois, e o Governo deve criar escolas e condições para motivá-los a estudar. “É o objetivo da marcha agendada para o próprio dia das crianças”, assegurou Yoio João.ANG/LLA/ÂC//SG  

        

 

Cultura/Organizadores da Mostra de Arte e Costura satisfeitos com os resultados da iniciativa

Bissau, 31 Mai 23 (ANG) – Os organizadores da Mostra de Arte e Costura (MoAC Biss) dizem acreditar no impacto positivo que esta primeira edição decorrida entre 1 e 31 de Maio pode ter na transformação do potencial existente e na dinamização do setor, enquanto espaço de reflexão, criação e mobilização de ativos culturais dos autores e artistas guineenses, tanto a nível nacional como na diáspora.

A informação consta numa nota à imprensa  à que a ANG teve acesso esta quarta-feira, na qual se refere  ao evento como sendo  inédito e que visou estabelecer caminhos que contribuam para uma transformação significativa do pensamento crítico e criativo e para erguer formas que permitam criar métodos de elaboração de políticas públicas e instituições culturais profissionalizadas.

É igualmente importante construir um ecossistema que promova a apropriação pelos atores públicos, privados, sociedade civil, financiadores e todos os intervenientes do setor da cultura, podendo traduzir-se numa maior sensibilidade ao que o sector oferece através do seu consumo”, refere a nota da MoAC Biss.

A capital da Guiné-Bissau foi palco, pela primeira vez, de uma Mostra de Arte e Cultura (MoAC Biss) que envolveu todos os centros culturais da capital , inclusivé a Casa de Direitos e os jardins da Tiniguena.

O espaço serviu ainda para debater sobre mecanismos de investimento no potencial artístico-criativo nacional em termos de produção cultural contemporânea e profissionalizada e na sua projeção internacional.

ANG/DMG/ÂC//SG

 

   Legislatiavas antecipadas/ Revisão Constitucional é prioridade do PRS

 
Bissau, 31 Mai 23 (ANG) - O PRS foi a terceira força política mais votada nas legislativas de Março de 2019, com 21 assentos parlamentares e, neste momento, tem quadros do partido no arco da governação na Guiné-Bissau.

Às eleições de 4 do próximo domingo, Florentino Mendes Pereira é o cabeça-de-lista do PRS, e em entrevista a RFI começou por traçar as prioridades do programa do partido.

 Nós elegemos como primeira prioridade a consolidação da paz, a estabilidade, a consolidação do estado de direito democrático e a realização de algumas reformas profundas.

No que concerne às reformas, pensamos em fazer reformas no sistema político, rever a nossa Constituição, que está ultrapassada no tempo. Portanto, é preciso rever a Constituição.

Essa revisão da Constituição é para definir, deixar mais claro, qual é o papel do chefe de Estado e qual é o papel do chefe do Governo? 

Não é só o papel do chefe de Estado, mas é definir o sistema: se vamos optar claramente por um sistema presidencialista ou semi-presidencialista ou qualquer outra forma, mas que fique claro na Constituição. Não podemos continuar com esta Constituição ambígua, que acaba por ser fonte de problemas.

Naturalmente, a revisão constitucional requer dois terços de deputados que compõem a Assembleia. Não é fácil. Por isso, temos que dialogar com todas as forças vivas da nação.

Os números em relação à Guiné-Bissau no que respeita à educação, são graves. 46% da população é analfabeta. 24% das meninas em idade escolar não vão à escola. 44% das crianças - raparigas e rapazes - em idade escolar não vão à escola. As greves no sector são recorrentes. Como é que se pode reverter esta radiografia?

Esta questão faz parte da nossa prioridade, nós intitulamos isso de capital humano. Portanto, a nossa preocupação, nesta perspectiva, vai para os sectores da educação, da saúde e da protecção social na Guiné-Bissau.

É verdade, as estatísticas que acabou de avançar são factos. Isto demonstra claramente que há um trabalho profundo a ser feito. Não podemos estar no século XXI e ter 46% da população analfabeta.”

Sendo que as mais prejudicadas são as meninas e as mulheres. A grande franja dos eleitores no próximo dia 4 de Junho, são mulheres. 

“Nós preconizamos um capítulo especial no nosso programa, só para a juventude e mulheres. Temos consciência clara dos sacrifícios que estes dois componentes da nossa sociedade sofrem. 

Devemos continuar a política que iniciámos em 2000: criar estímulos para as meninas irem à escola. Por exemplo, em 2000, 2001 não havia sistema de cantinas escolares. Depois que começamos a dar comida nas cantinas escolares, o número de miúdas aumentou.

Também há problemas ligados à tradição e há muitos factores que estão à volta disso. São questões que nós vamos tentar ultrapassar para motivar o acesso das meninas à escola.

Outro sector chave para a Guiné-Bissau é a Defesa e Segurança. O que é que o PRS se propõe a fazer neste campo?

Entre várias reformas que vamos fazer, vamos fazer a reforma no sector da Defesa e Segurança, é preciso reformar este sector.

Vamos continuar a trabalhar para que as nossas Forças Armadas sejam, de facto, Forças Armadas republicanas. 

No domínio da segurança também vamos continuar a trabalhar para garantir a segurança da nossa população em geral.” 

80% da população guineense depende da castanha de caju. Qual é a solução que o PRS tem para a crise que atravessa a castanha de caju?

Nós enquadramos essa questão no âmbito do nosso segundo objectivo que é o crescimento económico. O que nós queremos é fazer parte de países de crescimento médio. 

A nossa economia cresceu 3% em 2022. Neste âmbito, o sector primário, mas sobretudo a castanha de caju, contribuiu com 90% deste crescimento económico. 

É um problema grave hoje na Guiné-Bissau. É preciso trabalhar para melhorar a comercialização da castanha de caju. Mas isto não basta. 

O que nós pretendemos fazer é a diversificação primeiro da nossa agricultura. Nós temos potencialidades enormes em termos de agricultura, temos terras, terra fértil para a prática da agricultura. 

Portanto, para nós a solução da campanha da castanha de caju passa obrigatoriamente pela transformação. Devemos transformar a castanha para criar valor acrescentado no país.

Em Março deste ano, o Escritório da ONU para as Drogas e Crime referiu que a GB continua com “potencial contínuo" para ser usada para o tráfico de droga. Como é que o seu partido prevê tratar este problema?

Nós temos que continuar a colaborar com as organizações internacionais. 

Na nossa quarta prioridade, priorizamos a política externa para melhorar a imagem da Guiné-Bissau e lutar contra esse flagelo da droga. A Guiné-Bissau não é um país que produz droga, é um país de trânsito.

Uma plataforma giratória?

Exactamente. 

A Guiné-Bissau é um país com fracos recursos, nem conseguimos controlar a nossa Zona Económica Exclusiva onde barcos piratas, vêm de toda parte do mundo para roubar os nossos produtos, para acabar com isso. 

Vamos continuar a cooperar e a fazer esforços internos mas, também, só podemos melhorar isso com parcerias internacionais, como já estamos a colaborar com as Nações Unidas e com alguns Estados nessa batalha. A Guiné-Bissau tem fracos meios para lutar contra este flagelo se não contar a parceria internacional.

Nos últimos tempos, multiplicaram-se os ataques a activistas e opositores políticos. Há jornalistas ameaçados e exilados, rádios atacadas e caladas. Bloqueios à sede do PAIGC. Ong’s falam em clima de medo e suspeição. O que é que tem a dizer sobre a liberdade de expressão, a liberdade de imprensa? 

Quando falamos na nossa primeira prioridade, trabalhar para a consolidação do estado de direito democrático, estamos precisamente a referir esta questão. Portanto, trabalhar para que haja liberdade efectiva. 

O PAIGC é considerado o partido libertador da Guiné-Bissau, mas o PRS é considerado o partido que conseguiu levar à democracia até este ponto. Fomos nós que, naquela altura da abertura política, trabalhamos para a verdadeira democratização. Portanto, como partido que não pactua pela violência, nós condenamos tudo o que é a violência, tudo o que vai contra a liberdade e os direitos fundamentais.

Prognóstico para 4 de Junho? Maioria absoluta?

Não temos dúvidas que vamos ganhar as eleições. O PRS será Governo no dia 5 de Junho.

Caso esse cenário se ponha, o PRS está aberto a coligações? 

Exactamente. Para viabilizar o país, se não houver partido com maioria absoluta, naturalmente estaremos dispostos para negociar com quem quer que seja para viabilizar o país, viabilizar um Governo.

Umaro Sissoko Embaló, actual Presidente da República já disse que não aceitaria nomes como Domingos Simões Pereira para o cargo de primeiro-ministro? Não fica inquinada, desde já esta eleição com existência de recusados à partida?

“Não sei o que é que motivou o Presidente da República a tomar essa posição, desconheço. Mas a Guiné-Bissau é um estado direito e tudo tem que ser visto no quadro constitucional. Portanto, deve haver razões para ele [Presidente da República] se pronunciar assim, mas isto tem que ser enquadrado do ponto de vista constitucional. Se o Presidente tem poderes para fazer isso, cabe-lhe tomar essa decisão. 

Agora, o que o PRS defende é o respeito da Constituição, da vontade popular, para que o país continue na senda da estabilidade.”ANG/RFI

 

 

    Angola/Guineenses  pedem transparência nas legislativas de Domingo

Bissau, 31 Mai 23 (ANG) - Na última semana de campanha para as eleições legislativas de 4 de Junho na Guiné-Bissau, a RFI foi ouvir as expectativas e os receios da diáspora guineense em Angola. 

Há quem lamente não poder votar e todos pedem transparência no processo.

Filomeno Pires, cidadão guineense residente há alguns anos em Angola, diz que não vai votar e que o processo arranca “com vícios”: “Realmente, nós estamos aqui a acompanhar todo o processo que já parte com vícios, começando pela CNE, e já vimos que também o Presidente está a fazer campanha para três partidos, ou quatro. Certamente que as eleições não vão ser livres, não vão ser transparentes. A Guiné-Bissau tem que mudar: se não mudar está a ir para um poço.”  

Namihirsa Cristóvão, guineense a residir há 11 anos em Luanda, está expectante pelo futuro do seu país e espera lisura nas legislativas de domingo: “O desejo que tenho para o meu país é que esta eleição seja transparente. O povo guineense nunca viveu o que nós vimos noutros países. O povo guineense vota, vota com sabedoria. Quem ganha, manda com inteligência. Quem perde, respeita a eleição, isso é mais importante. A voz do povo é voz de Deus.” 

Amadu Djaura é o responsável da comunidade dos cidadãos guineenses residentes em Angola. O líder associativo diz acompanhar com muita expectativa o desenrolar de todo o processo eleitoral em Bissau e espera que a fraude seja posta de lado para não atrapalhar a transparência das eleições.

Na Guiné-Bissau, quando chega esta época de eleição, é uma época festiva. Estamos com muita expectativa mesmo. Antes da eleição, cada qual tenta puxar a brasa para a sua sardinha, mas não podemos ainda tirar conclusões precipitadas a dizer que há indícios de fraude ou não. O nosso desejo é que isto não aconteça e que tudo corra na normalidade, que seja uma eleição transparente, livre e justa, para imitarmos também democracias mais desenvolvidas”, declarou Amadu Djaura.

Políticos, académicos e membros da sociedade civil guineense residentes na capital angolana reuniram, há dias, para analisar os últimos desenvolvimentos da campanha que vai anteceder as eleições legislativas de 4 de Junho, na Guiné-Bissau. ANG/RFI

 

 

Legislativas antecipadas/Regime impede aterragem do cargueiro que transporta material de campanha da Coligação PAI-TERRA RANKA 

Bissau, 31 Mai 23 (ANG) - O regime político em vigor no país impediu a aterragem do cargueiro fretado para transportar material de campanha eleitoral da Coligação Plataforma de Aliança Inclusiva (PAI-TERRA RANKA).

A informação foi avançada pelo líder do PAIGC e da Coligação Terra Ranka, a Domingos Simões Pereira, numa carta publicada na sua página oficial de fecebook á que a ANG teve acesso hoje.

“O regime decidiu impedir a aterragem do cargueiro fretado para transportar o material de campanha produzido pela Coligação PAI-TERRA RANKA com alegação de não se ter cumprido as formalidades, depois por ausência e omissão de responsável competente para o efeito”, lê-se na mencionada carta.

Segundo o documento, a companhia de transporte, para ganhar tempo e seguir aguardando, foi viajando por escalas: India, Dubai, Djibuti, Acra e finalmente Banjul. Mas que, não podia ficar indefinidamente a aguardar, então descarregou a carga durante as viagens que realizou.

Simões Pereira revelou na carta que, o Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) já iniciou diligências para o transporte da mercadoria por via terrestre, uma vez que dispõe de autorização de levantamento no território da Guiné-Bissau.

“Assim se consuma o impedimento do PAI-TERRA RANkA de beneficiar do mesmo tratamento dos demais partidos, mesmo quando esses exibem importantes recursos de meios materiais e financeiros”, diz o líder da Coligação de cinco formação política.

Domingos Simões Pereira referiu que são milhões de euros que se desperdiçam nesta operação que resulta em um “absoluto abuso do poder e de prepotência”, com o fito único de desviar a Plataforma da sua concentração e, eventualmente resfriar a onda de vitória que vem produzindo.”É pura ilusão”, salientou.

“Ao povo guineense, esta é uma nota de informação; ao militante do PAIGC, é um apelo ao redobrar do empenho e mobilização para a tarefa de resgate da liberdade e da justiça e ao eleitor, este é um apelo ao uso da arma que a democracia concede à todos, em igualdade de circunstâncias e, uma grande oportunidade de exercer a arbitragem e sancionar livremente o seu veredicto”, referiu na carta.ANG/AALS/ÂC//SG


Legislativas antecipadas
/”Há fome na Guiné-Bissau porque castanha de caju não está a ser comercializada”, diz  Nuno Nabiam


Bissau, 31 mai 23 (ANG) – O primeiro-ministro e candidato às legislativas pela Assembleia do Povo Unido – Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB), Nuno Gomes Nabiam, afirmou terça-feira que há fome no país porque a castanha de caju não está a ser comercializada.

“De momento o que se verifica na Guiné-Bissau é uma situação muito difícil, porque há fome de verdade, há fome, porque a castanha de caju não está a ser comercializada e isto tudo nós sabemos os fatores”, afirmou Nuno Gomes Nabiam.

O primeiro-ministro falava aos jornalistas em Canchungo, na região de Cacheu, a cerca de 80 quilómetros de Bissau, antes de realizar um comício no âmbito da campanha eleitoral para as legislativas de domingo.

“Não depende da situação interna do país, mas de uma situação conjuntural. O preço hoje da castanha de caju não é bom a nível internacional e isso tem uma reflexão profunda na Guiné-Bissau. A população está a sofrer”, salientou o líder da APU-PDGB.

O primeiro-ministro explicou que, por outro lado, como a campanha eleitoral coincidiu com a campanha de caju, os “investidores estão com receio”.

“Na Guiné-Bissau tudo corre bem, mas depois das eleições há sempre problema. Esperemos que nestas eleições seja diferente, porque estão criadas todas as condições básicas necessárias para que as eleições sejam disputadas de uma forma ordeira e transparente”, disse.

Nuno Gomes Nabiam pediu para que os resultados da legislativas de domingo sejam aceites para que os “comerciantes e homens de negócio possam começar a entrar nas 'tabancas' [aldeias] e concretizarem o processo de compra de castanha de caju”.

A castanha de caju é o principal produto de exportação da Guiné-Bissau, do qual depende a economia do país e cerca de 80% da população guineense.

Desde o início da campanha de comercialização, em abril, que os agricultores se têm queixado da falta de compradores para escoar o produto.

Já em relação às legislativas de domingo, Nuno Gomes Nabiam disse estar confiante.

“O partido cresceu muito. Não vai haver um vencedor com maioria absoluta nestas eleições. É impossível. É bom que sejamos honestos politicamente falando, que é para transmitir essa mensagem à nossa população”, afirmou.

“Ninguém sabe quem vai ficar à frente desta corrida. Nós contamos que a APU esteja em condições de estar à frente e estando à frente estamos em condições de trabalhar com qualquer partido político, sociedade civil e diáspora guineense”, salientou.

Nuno Gomes Nabiam reafirmou que “nenhum partido está preparado para governar a Guiné-Bissau sozinho”.

“Vai haver sempre necessidade de concertação, de busca de capacidades, tanto na diáspora, como nos outros partidos, para formar um Governo forte, capaz de dar um arranque ao desenvolvimento”, conclui.

Duas coligações e 20 partidos políticos guineenses disputam domingo as sétimas eleições legislativas do país, após o Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, ter dissolvido, em maio de 2022, o parlamento do país.ANG/Lusa

 

Justiça/PGR abre inquérito contra 726 cidadãos suspeitos de dupla inscrição durante recenseamento eleitoral

Bissau, 31 Mai (ANG) -  A Procuradoria-Geral da República(PGR), no âmbito da denúncia feita,  no passado dia 25 deste mês, pela Direção-Geral do Gabinete Técnico de Apoio ao Processo Eleitoral (GTAPE), abriu um inquérito contra 726 cidadãos que supostamente efetuaram dupla inscrição durante o recenseamento eleitoral.

A informação consta numa nota informativa do Gabinete de Imprensa e Relações Públicas da PGR,  enviada  hoje à ANG,na qual  esta instituição afirma que através dos Magistrados Coordenadores, em articulação com os Delegados dos Procuradores da República, foi aberto  processos   de inquéríto contra os mesmos.

A nota salienta que aquela instituição judiciária fundamenta a sua ação nos termos do artigo quarto da lei número 11/2013, de 25 de setembro, que proíbe um cidadão de inscrever-se mais do que uma vez ou figurar-se  em mais de uma área de recenseamento  abrangida por cada círculo eleitoral.

O Ministério Público  no cumprimento da sua missão constitucional e legal, reitera a sua determinação em garantir a dignidade e genuinidade do processo  eleitoral em curso na Guiné-Bissau.

O documento informa ainda que recentemente, mais de sete dezenas de magistrados do Ministério Público tomaram parte  na formação sobre a fiscalização dos actos eleitorais, com destaque para o apuramento dos mandatos.ANG/JD/ÂC//SG

 

                                   Angola/SADC entra em cena na RDC

Por Frederico Issuzo, jornalista da ANGOP

Bissau, 31 Mai 23 (ANG) – A Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), de que Angola faz parte, decidiu instalar uma força militar, na conturbada República Democrática do Congo (RDC), para intervir na região leste do país.

A decisão foi tomada numa cimeira extraordinária da organização, realizada a 08 de Maio deste ano, na Namíbia, a poucos dias do fim do mandato da Força Regional da Comunidade dos Estados da África Oriental (EACRF, sigla em inglês).

O mandato da missão da SADC, que poderá ser a segunda intervenção militar do bloco sub-regional, no leste da RDC, desde 2013, será executado em coordenação com todas as demais forças, multilaterais ou bilaterais, já presentes no terreno, com destaque para a EACRF.

Contrariamente à EACRF, muito criticada por Kinshasa, por ser “inofensiva”, a missão da SADC foi projectada com “mandato ofensivo”, que autoriza o uso da força para impor a paz e a segurança no terreno sempre que necessário.

A ideia da sua criação surgiu numa conjuntura de fortes divisões entre as autoridades congolesas e a EACRF sobre a verdadeira missão atribuída à essa força regional.

Por via dessas desinteligências, a EACRF, comandada pelo Quénia, viu o processo de renovação do seu mandato envolto em incertezas, apesar de os demais países da região defenderem colectivamente a sua recondução.

Para piorar as coisas, o general queniano Jeff Mungai Nyagah, primeiro comandante dessa força, lançada em finais de 2022, demitiu-se de forma abrupta e “misteriosa”, para o espanto geral e de Kinshasa, em particular.

Ele foi imediatamente substituído pelo seu compatriota, general Aphaxard Muthuri Kiugu, por “decisão unilateral” do Presidente queniano, William Ruto, e contra a vontade de  Kinshasa, para quem a medida foi “precipitada”.

O Governo congolês diz que a saída “espectacular” de Nyagah aconteceu de surpresa, o mesmo para as razões alegadamente invocadas pelo general queniano, para justificar o abandono do seu posto a 27 de Abril de 2023.

Por isso, acrescenta, esperava uma consulta preliminar aos demais países participantes na EACRF, antes da nomeação do sucessor do general demissionário.

Nyagah ter-se-ia demitido das suas funções, invocando “ameaças à sua segurança pessoal, humilhação, tentativas de sabotagem da sua missão e campanhas negativas, orquestradas na imprensa” contra a sua personalidade, bem como “falsas acusações escritas” contra a EACRF.

À lista dos motivos da sua partida, Jeff Nyagah teria acrescentado “incumprimentos” pelo Governo congolês das suas obrigações financeiras previstas no Acordo sobre o Estatuto da Força (SOFA, sigla em inglês), documento que rege o funcionamento do contingente militar regional.

O pagamento dos salários do pessoal civil e outros encargos administrativos com o edifício sede da EACRF, em Goma, incluindo o alojamento dos oficiais da missão e as facturas de electricidade figuram entre tais passivos.

As supostas reclamações de Nyagah constam de uma carta amplamente divulgada na imprensa, supostamente da sua autoria, cuja autenticidade é rejeitada por Nairobi e pela Comunidade dos Estados da África Oriental (EAC).

O Governo queniano nomeou Nyagah para novas funções na hierarquia militar do país e catalogou a referida carta como “factícia” e de conteúdo “espúrio”, quando algumas entidades da sociedade civil local consideravam “difícil” aferir a genuinidade ou falsidade do documento.

Como resultado, adensou-se de tal forma a nuvem sobre a resignação do primeiro comandante da EACRF, que praticamente são desconhecidas, pelo menos oficialmente, as verdadeiras razões da sua partida de Goma.

“Plano B” de Tshisekedi

A pacificação do leste congolês é actualmente a principal aposta da agenda política  do Presidente da RDC, Félix Antoine Tshisekedi, que aspira à sua reeleição nas próximas presidenciais de Dezembro deste ano.

Por isso, considera-se um “suicídio eleitoral” para o Presidente Tshisekedi chegar ao próximo pleito “de mãos vazias”, ou seja, sem a prometida reposição da paz e segurança”, na martirizada região oriental do país.  

Com efeito, o fim da violência e o consequente retorno à paz e à estabilidade, nas províncias do Kivu-Norte, do Kivu-Sul e do Ituri, foi uma das grandes promessas de Tshisekedi, antes e depois de chegar ao poder, em 2018.

E o ressurgimento da SADC no xadrez congolês passou a ser encarado pela imprensa regional como um “autêntico Plano B” do estadista congolês, manifestamente agastado com o que chama de “ineficiência” da EACRF.

Tshisekedi congratulou-se com a solidariedade manifestada pelos países da SADC através da sua “decisão unânime” de desdobrar, na RDC, a sua força militar, que “já tem provas dadas em solo congolês”.

Acontece que a tensão com a EACRF acentuou-se de tal maneira que Tshisekedi ameaçou publicamente “expulsar” o contingente militar leste-africano, por alegado mau desempenho nos seus primeiros seis meses de mandato.  

Depois de resistir à recondução da EACRF, Tshisekedi condicionou a sua manutenção aos resultados da avaliação a ser concluída no termo do actual mandato, em Junho de 2023, sobre o desempenho geral da missão.

Durante uma visita oficial ao Botswana, em Maio deste ano, o líder congolês disse ainda que a força regional também pode deixar definitivamente o território nacional em caso de incompatibilidade com a futura missão da SADC.

Mesmo antes disso, a quebra de confiança mútua já estava reflectida na falta de consenso sobre o local da reunião para decidir sobre a recondução ou não da força regional, com a RDC a insistir que a mesma se realizasse em seu solo.

O Burundi tentou oferecer-se, em vão, para acolher o encontro, na sua qualidade de presidente em exercício da EAC, mas a proposta foi rejeitada por Kinshasa.

Mais precisamente, a RDC prefere que o assunto seja discutido, em Goma, cidade capital da província do Kivu-Norte, no leste do país e principal teatro das operações.

Esse quadro é demonstrativo de uma contradição estrutural que, desde o início, separava a RDC dos demais Estados-membros da EAC quanto à natureza do mandato da missão militar enviada pela organização sub-regional.

Kinshasa entende que essa missão só faz sentido com um “mandato ofensivo”, que a habilite a confrontar militarmente os grupos armados que desestabilizam o leste do  país, mormente o Movimento de 23 de Março (M23).

Na sua abordagem, as autoridades congolesas descartam terminantemente qualquer possibilidade de diálogo com os grupos armados visados, rotulando-os de “terroristas”.

Entretanto, os restantes países-membros da EAC sempre discordaram dessa visão, retorquindo que a força regional “não veio” à RDC para combater o M23 ou qualquer outro grupo, mas para “manter a paz” e facilitar o diálogo.

No meio dessa desavença sobre a natureza do mandato, o próprio contingente militar no terreno alinhou com a posição maioritária, que descarta a abordagem ofensiva, reconhecendo apenas a função de manutenção da paz.

Essas desavenças persistiram até ao final do mandato inicial de seis meses que devia, em princípio, ser renovado por igual período, em finais de Março de 2023.

Com o argumento de que a expedição oriental “não respondeu às expectativas”, o Governo congolês recusou a renovação plena, concedendo três meses adicionais contra os seis solicitados pelo secretário-geral da EAC, Peter Mathuki, numa espécie de  “segunda oportunidade”.

Como passo seguinte, virou-se para soluções alternativas com os olhos postos na África Austral, que, por sua vez, respondeu prontamente com a promessa de despachar uma força militar para o leste do país.

EACRF diz-se injustiçada

Entretanto, nunca ficou suficientemente claro o que realmente se terá passado, no terreno, quando tudo parecia devidamente acautelado nos instrumentos jurídicos que servem de base à actuação da força regional, incluindo o acordo saído da mini-cimeira de Luanda de 23 de Novembro de 2022.

Fazer cumprir os acordos de paz, proteger a população civil e “conter, derrotar e erradicar” as forças negativas, no país, são algumas das missões confiadas à EACRF no contrato assinado com a RDC.

Para complementar esse contrato, ou SOFA, a resolução saída da mini-cimeira de Luanda autorizou expressamente o uso da força pela EACRF para, em caso de resistência, agir contra qualquer grupo armados sem excepção.

Todavia, essa prerrogativa ficou condicionada a uma “luz verde” pontualmente concedida pelos chefes de Estado da EAC, sob proposta das chefias militares da região.

Aparentemente, a raiz das contradições entre os dois lados estará, sobretudo, no ângulo de leitura da situação no terreno em que o Presidente Tshisekedi acusa a EACRF de “coabitar” com o M23 “em vez de combatê-lo”. 

De forma peremptória, Tshisekedi diz haver “problemas de funcionamento” da EACRF, que “não cumpriu” o seu papel, observando-se nalgumas zonas “a coabitação entre os contingentes da força regional e os terroristas do M23”.

Para o estadista congolês, isso não estava previsto no programa, uma vez que o objectivo era obrigar o M23 a cessar-fogo, retirar-se das áreas ocupadas e acantonar-se.

Em sua defesa, a EAC considera “injustificadas” tais críticas, por entender que a situação no terreno não é a descrita por Tshisekedi e que seria “injusto” dizer que a EACRF “não fez nada em tão pouco tempo”.

Nas palavras do seu secretário-geral, Peter Mathuki, foram sim registados avanços no terreno, desde a chegada da EACRF, pois que “os violentos confrontos cessaram, os rebeldes estão a retirar-se, embora a um ritmo que talvez não seja o esperado”.    

O próprio general Nyagah sempre insistiu que as suas forças só podiam envolver-se em combates contra os grupos armados por orientação directa dos chefes de Estado da Comunidade da África Oriental.

Contra as críticas de ineficiência, o general queniano defende-se que houve “progressos significativos” no processo de retirada do M23 das áreas ocupadas, tal como estabelecidas no Plano de Paz de Luanda.

Segundo o mesmo, registou-se a “retirada total” do M23 das áreas de Sake, Kilolirwe e Kitchanga, e “retirada parcial” de Kibumba, Kiwanja, Rutshuru, Chengerero e Bunagana.

Acresce-se a esse “balanço positivo” do processo de retirada do M23 a “manutenção” do cessar-fogo como demonstração de que “estamos no bom caminho” para a restauração da paz e o regresso das populações deslocadas às suas áreas de origem.

Todas essas ocorrências foram confirmadas pela EAC,  pelo Mecanismo Ad hoc de Verificação e pelo Mecanismo de Verificação Conjunta Alargada, antes da sua comunicação em relatório ao Governo congolês e aos facilitadores dos processos de Nairobi e de Luanda, disse.  ANG/Angop

 

Portugal/Cravinho admite mudança da lei se entrada de cidadãos lusófonos for excessiva

Bissau,31 Mai 23 (ANG) – O chefe da diplomacia portuguesa admitiu segunda-feira uma alteração à lei dos estrangeiros, caso haja um fluxo excessivo de entradas de imigrantes, na sequência do acordo de mobilidade na comunidade lusófona, mas ressalvou que tal não se verifica atualmente.

João Gomes Cravinho falava aos deputados da Comissão de Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas, em resposta a uma questão levantada pelo deputado Pacheco de Amorim (Chega) sobre a capacidade de Portugal acolher os cidadãos provenientes da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), no âmbito do acordo de mobilidade.

“Portugal não tem capacidade para integrar 0,5 por cento dos 300 milhões” de cidadãos da CPLP, disse o deputado, referindo-se a este acordo como uma medida de “risco desmedido”.

Pacheco de Amorim indicou que os outros países da CPLP “ganham bem mais do que Portugal” com este acordo e questionou o ministro sobre uma eventual contrapartida negociada com os outros Estados-membros.

O ministro dos Negócios Estrangeiros referiu-se ao acordo de mobilidade na CPLP como “um passo de gigante” para o que se espera um dia alcançar: “Um espaço de livre circulação”.

“Naturalmente temos alguns condicionantes, como a pertença [de Portugal] em simultâneo ao Espaço Schengen”, afirmou, indicando que o objectivo português é “a inclusão em Portugal de um maior número de pessoas” oriundas de outros Estados da comunidade lusófona.

Neste sentido, também assumiu que a capacidade do processamento de pedidos para viajar para Portugal, que “tem aumentado”, pode ser um condicionamento, mas congratulou-se com a diminuição do tempo de espera, de 33 dias em 2022 para 21 dias em 2023.

“A nossa expectativa é acolher mais cidadãos da CPLP”, disse, deixando claro que, se for preciso mudar as leis, isso será feito.

Se se registar “um fluxo tal – que não vemos nem vislumbramos no nosso horizonte – cá estamos para alterar e adequar” a lei.

Contudo, concluiu que “a legislação é a mais adequada no momento”.

Mais tarde, Cravinho voltou ao tema para esclarecer que a hipótese da alteração da lei dos estrangeiros se deveu unicamente ao cenário colocado pelo deputado Pacheco de Amorim.

“Dispomos nesta casa de todas as possibilidades de alterar as leis que nesta casa foram aprovadas”, disse.

E adiantou: “Se, num quadro catastrofista, que não se vislumbra de todo, houvesse a necessidade de alterar a lei dos estrangeiros, poder-se-ia alterar a lei dos estrangeiros. Contudo, a lei dos estrangeiros parece-me ser precisamente a lei adequada ao momento que nós vivemos e não vejo razão nenhuma para qualquer tipo de alteração à lei dos estrangeiros”.

No passado dia 30 de Outubro, entrou em vigor o novo regime de entrada de imigrantes em Portugal, que prevê uma facilitação de emissão de vistos para os cidadãos da CPLP, no âmbito do Acordo sobre a Mobilidade entre Estados-membros.

Desde 01 de Março, está em vigor o novo modelo que permite a Portugal atribuir uma autorização de residência de forma automática aos imigrantes da CPLP.

O Governo justifica a atribuição de forma automática de uma autorização de residência aos cidadãos da CPLP, que inicialmente terá a duração de um ano, com o novo regime de entrada de imigrantes em Portugal, em vigor desde novembro de 2022 e que possibilita aos imigrantes da CPLP passarem a ter um regime de facilitação de emissão de vistos no país.

A CPLP integra Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.

ANG/Inforpress/Lusa