segunda-feira, 3 de março de 2025

Desfile Carnaval 2025/Ministra da Cultura apela união de todos para impulsionar a diversidade cultural do país

Bissau, 03 Fev 25 (ANG) – A ministra da Cultura, Juventude e Desporto, apelou  domingo,  na abertura do desfile do Carnaval 2025, a união de todos os guineenses, para impulsionar a diversidade cultural do país.

Maria da Conceição Évora disse que a festa de carnaval em curso no país conta com o patrocínio do Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, e que nela tomam parte  várias etnias e culturas, que no desfile exibiram  diferentes danças, cânticos e  trajes nacionais.

“É essa a Guiné-Bissau. É essa a  unidade que nós queremos incutir na mente de cada guineense. Somos um povo grande mas pequeno ao mesmo tempo. No desfile não há política, nem raças, cor ou religião, porque mesmo fazendo política temos que nos aceitar uns aos outros na diversidade. É isso que queremos com esse Carnaval, mostrar que mesmos na diversidade, nós podemos conviver”, disse ministra.

Segundo Maria da Conceição Évora, a Comissão Organizadora do Carnaval 2025 trabalhou, afincadamente, para tentar resgatar o Carnaval, que ao longo dos anos está a desaparecer, e governante disse ser  um Carnaval com maior representatividade  dos bairros de Bissau, e com a participação de todas as regiões.

“Observamos a presença de algumas máscaras, e isso faz-nos recordar do ano em que o Bairro de Tchada, Sintra e Chão de Pepel concorriam com as máscaras. Podemos dizer que neste Carnaval 2025, a  Comissão Organizadora conseguiu resgatar o Carnaval vivido há alguns anos transato”, disse Sãozinha Évora.

A abertura do primeiro dia de desfile do Carnaval 2025, que decorre  sob o lema, “Diversidade Cultural o Fator da Unidade Nacional, contou com a participação de 12 grupos e no segundo  e terceiro dia  contará com a presença de 15 grupos no desfile.

De acordo com a Comissão Organizadora  cada grupo receberá um prémio simbólico  de participação num montante não revelado.ANG/LLA/ÂC//SG    

     
  Obituário
/Músicos guineenses rendem homenagem ao Américo Gomes

Bissau, 03 Mar 25 (ANG) – Os músicos guineenses renderam homenagem póstuma ao falecido Américo Gomes no seu último adeus, conspirando-lhe uma marca de génio e ídolo  que inspira outros músicos de diferentes gerações.

Na cerimónia, o veterano músico Sidónio Pais realçou  Américo como uma marca de génio que não era um simples artista, mas sim um exemplo excecional de quem surgiu na música guineense como uma trovoada, visto que chegou e dominou na sua geração no momento, criando ideias novas.

Sidónio Pais Quaresma disse que nos anos 80, Américo Gomes era apenas uma pessoa que fazia músicas programadas, enquanto eles cantavam em conjunto, frisando que continuava a desenvolver a sua capacidade criativa, fazendo músicas e as letras com facilidade e capacidade de programação, porque já tinha uma noção muito avançada da música que queria fazer.

País destacou que o falecido era  um grande intérprete que cantava muito bem a música norte americana, em ritmo blus com pronúncia em inglês perfeito.

"A experiência que tive com o Américo, um dos mais recentes, era quando gravava o seu disco de 20 anos de carreira, em Setembro de 1992. Estava a procura de como deveria fazer a capa do disco, e ele me disse: mais velho…, penso que podes fazer uma capa assegurando uma pomba branca . Foi lá que cantei aquela música Ntene-Ntene e daí foi buscar a pomba no jardim e me deu para tirar a foto,"disse.

Sidónio Pais acrescentou que a outra marca do Américo é a sua inspiração, sua ideia avançada.

A artista Amy Injai disse que Américo foi aquela pessoa que lhe estendeu a mão quando mais precisava , num  momento mais difícil da sua vida, em que não tinha ninguém do seu lado.

Contou que sempre brigavam, porque descordavam um com o outro mas que acabam depois a se chegar à um acordo. Ami Injai disse que aprendeu muito com  o músico e que vai continuara  aprender com as obras que deixou.

O músico da nova geração Flavnais (fidju de bidera)  considerou Américo um ídolo e tudo para a nova geração, porque o caminho que estão a seguir hoje é feito por ele.

Para o músico Lesmes Monteiro, Américo é uma lenda para os músicos sobretudo, os da nova geração. Monteiro disse que  interpretou muitas músicas do malogrado, antes de começar a cantar, considerando que depois de Justino Delgado e Sidónio, entre artistas de nova geração, o Américo não tem igual.

"A morte do Américo é uma perda não só para a família e músicos, é para todo o país e espero que novos músicos vão poder inspirar na sua obra para continuar a sua caminhada e manter o seu legado," frisou Monteiro.

Para o produtor da música Juca Delegado, o dia do enterro de Américo Gomes deve ser um dia de reflexão para a classe artística, tendo  em conta o que Américo foi em vida , com as suas posições muito clara. Quando tinha que dizer Juca não gosto disso dizia sem rodeios.

"Tomemos isso em conta, que seja um dia de reflexão para crescemos na nossa forma de ser, no nosso interior. Devemos ouvir músicas de Américo, porque vai nos ensinar muita coisa,"disse Delgado.

Falecido no dia 20 de Fevereiro em Lisboa, onde vivia há muito tempo, Américo Gomes foi a enterrar no Sábado, no Cemitério Municipal de Bissau,  numa cerimónia fúnebre presidida pela ministra da Juventude, Cultura e Desportos, Maria da Conceição Évora.ANG/MI/ÂC//SG        

Religião/”O período de jejum é um momento de paz e de perdão nentre os guineenses”, diz Presidente da República

Bissau, 03 Mar 25 (ANG) - O Presidente da República disse no  fim-de-semana que o período de  jejum, o Ramadão, representa para os  fiéis muçulmanos  um momento para promoção de paz  interna e de perdão entre os guineenses, para que o país possa ter  a paz e  tranquilidade .

Umaro Sissoco Embaló dirigia uma mensagem aos  fiéis muçulmanos e aos guineenses em geral, para assinalar o início de jejum de 30 dias que começou no dia 01 de Março.

“Desejo aos fiéis muçulmanos um bom Ramadão. Que se esforcem  na reza e sacrifício para aclamar à Deus e pedir o progresso da Guiné-Bissau”, desejou o Chefe de Estado.

Por outro lado, O chefe de Estado desejou   rápidas melhorias aos doentes que não estarão a altura de cumprir esse período de jejum, e disse esperar  que no próximo ano consigam estar em condições de  cumprir com um dos pilares do islão.

O  Ramadão é uma tradição islâmica que consiste em abster-se de comer, beber, fumar, ter relações sexuais durante o dia, e é igualmente um dos princípios mais cumpridos do islão, no qual os fiéis muçulmanos aumentem a quantidade de orações e se esforcem em praticar mais caridade.

No período de jejum, os muçulmanos são incentivados a dar esmola aos pobres, a não praticar atos negativos tais como  fofocas, mas sim praticar boas ações  conhecidas  como “zakat al Fitr”.

Os fiéis cristãos vão, igualmente, iniciar a penitência de 40 dias a partir de 05 do corrente mês, para  louvar à Deus e  recordar o momento em que Jesus Cristo sofreu e deu sua vida para a salvação d a vida humana.ANG/AALS/ÂC//SG

         Diplomacia/CEDEAO diz ter sido ameaçada de expulsão  de Bissau

Bissau, 03 Mar 25  (ANG) - A missão política de alto nível da CEDEAO afirma ter sido ameaçada de expulsão  da Guiné-Bissau na sequência de ameaças do Presidente Umaro Sissoco Embaló proferidas nesse sentido, noticiou a RFI

Segundo a RFI, num  comunicado publicado sábado e assinado pelo chefe da missão da CEDEAO, o embaixador Bagudu Hirse, ex-ministro dos negócios estrangeiros da Nigéria, a organização afirma que a delegação "partiu de Bissau na madrugada deste sábado [1 de Março], na sequência de ameaças de S.E (Sua Excelência) Umaro Sissoco Embaló para expulsá-la”.


Contactado pela RFI, um dos membros da missão política da CEDEAO, presente em Bissau desde 21 de Fevereiro, recusou reagir, mas confirmou o caso, alegando que o Presidente Sissoco Embaló terá considerado que a missão extravasou as suas funções ao reunir-se com certos líderes da oposição.

O roteiro inicial da CEDEAO não previa reuniões com líderes da oposição. Depois de cartas enviadas à organização, a delegação cedeu e agendou encontros com representantes do PAI-Terra Ranka e da API Cabas Garandi. 

O Presidente guineense, que se encontra fora do país em visitas de Estado à Rússia, ao Azerbaijão e à Hungria não terá apreciado os encontros entre a CEDEAO e os membros da oposição.

Antes de viajar, o chefe de Estado recebeu a missão da CEDEAO, que se deslocou a Bissau “sob a directiva da autoridade dos chefes de Estado e de Governo” da Comunidade, como se lê na declaração final.

Esta missão serviu “para apoiar os esforços dos políticos intervenientes e outras partes interessadas para chegar a um consenso político sobre um roteiro para eleições inclusivas e pacíficas em 2025”.

A missão foi realizada conjuntamente pela CEDEAO e pelo Escritório das Nações Unidas para a África Ocidental e o Sahel (UNOWAS).

Na resenha feita, a missão dá conta de que foi recebida em audiência pelo Presidente guineense e realizou consultas com um vasto leque de intervenientes nacionais, incluindo autoridades, intervenientes políticos, entidades de gestão eleitoral e representantes da sociedade civil, bem como parceiros bilaterais, regionais e internacionais.

“A missão tomou nota das questões e preocupações levantadas pelas partes interessadas durante as consultas e elogia o compromisso de todas as partes interessadas no diálogo político para promover um amplo consenso sobre um roteiro para a condução das eleições legislativas e presidenciais em 2025”, refere.

O documento revela que foi preparado “um projecto de acordo sobre o roteiro para a realização das eleições legislativas e presidenciais em 2025” e que a missão “começou a apresentá-lo às partes interessadas para aprovação”.

A missão apela ainda “a todas as partes interessadas e cidadãos para que continuem a manter a calma e a defender a paz e a tranquilidade no país”.

A missão da CEDEAO decorreu na semana em que a oposição diz que expirou o mandato do Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, que completou cinco anos na presidência a 27 de Fevereiro.

A delegação já se encontrava em Bissau quando o chefe de Estado anunciou que vai marcar para 30 de Novembro eleições gerais, legislativas e presidenciais.

Umaro Sissoco Embaló dissolveu o parlamento há mais de um ano e marcou as legislativas antecipadas para Novembro de 2024, que adiou, por alegada  falta de condições.

A oposição põe condições, que transmitiu à CEDEAO, para o diálogo com vista à marcação de eleições, nomeadamente que seja reposta a comissão permanente da Assembleia Nacional Popular e que seja esta a conduzir o processo.ANG/RFI/Lusa

   
Desporto-Futebol
/ Manuel Pedro eleito presidente do Sport Bissau e Benfica 

Bissau,03 Mar 25(ANG) - Os sócios do Sport Bissau e Benfica (SBB) elegeram, no domingo, Manuel Pereira (Manel Pedro) como novo presidente do clube encarnado para um mandato de quatro anos.

A eleição decorreu numa reunião de assembleia geral de sócios realizada  na sede das águias de Bissau, e Manuel Pedro Vieira obteve 113 votos, contra 16 do seu oponente Francisco Sofia da Costa, num universo de 131 votantes.

Manuel Pedro vai substituir no cargo, o Wilson Pereira Batista que esteve no leme do conjunto encarnado ao longo dos últimos quatro anos.

A votação decorreu num clima de desconfiança, com o candidato Francisco Sofia a não marcar presença no momento da votação, alegando não ter conhecimento do acto.

"O que aconteceu hoje no Benfica foi um simples carnaval", afirmou, desvalorizando a eleição de Manuel Pedro.

"Vou organizar outras eleições. Que os sócios fiquem à vontade, Manuel Pedro não é legítimo para participar [nas eleições], muito menos para ser candidato", afirmou.

Refere-se que o pleito eleitoral em causa, estava prevista para o dia 22 de fevereiro último, mas foi adiado para ultimar os trabalhos preliminares do processo, tal como afirmou o presidente da Comissão Eleitoral Justino Sá, em entrevista ao FUT 245.

Este responsável sublinhou naquela ocasião que o processo só podia avançar com a fixação da lista dos candidatos admitidos e consequentemente a abertura do processo de reclamação.ANG/FUT245


      Médio Oriente
/ Europeus apelam à retoma das negociações para Gaza

Bissau, 03 Mar 25 (ANG) – São muitas as reacções internacionais ao bloqueio da ajuda humanitária por Israel na sequência da recusa pelo Hamas de prolongar a primeira fase do cessar-fogo. Numa altura em que Israel confirmou ter recebido armas americanas para lutar contra o Irão.

A União Europeia, em comunicado no domingo à noite, condenou tanto a recusa do Hamas em prolongar a primeira fase do cessar-fogo, como a decisão israelita, que se lhe seguiu, de bloquear a entrada da ajuda humanitária à Faixa de Gaza.

Bruxelas apela a uma retoma rápida das negociações e da segunda fase do acordo de cessar fogo.

A Jordânia ou ainda o Egipto condenaram a medida israelita. O Cairo, em comunicado da sua diplomacia, acusou Tel Aviv de usar a fome como arma contra o povo palestiniano, nomeadamente, e de, por isso, estar a violar de forma flagrante o acordo de cessar fogo.

O movimento palestiniano Hamas, que gere a faixa de Gaza, insiste, por seu lado, em que se passe, logo, para a segunda fase do acordo que poderia permitir o fim definitivo do conflito.

Entretanto o primeiro-ministro israelita, Benjamin Nethanyahu, agradeceu neste domingo ao presidente norte-americano Donald Trump ter autorizado o envio ao seu país de armas que permitiriam, segundo ele, "acabar o trabalho contra o eixo iraniano." ANG/RFI

   Rússia/"Zelensky demonstrou uma total falta de diplomacia" na Casa Branca

Bissau, 03 Mar 25 (ANG) - A Rússia responsabilizou hoje o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, pela altercação sem precedentes com o seu homólogo norte-americano, Donald Trump, e acusou a Ucrânia de não querer a paz.

 

“O que aconteceu na Casa Branca na sexta-feira mostrou como será difícil encontrar o caminho para um acordo na Ucrânia", disse o porta-voz do Kremlin (presidência), Dmitri Peskov, numa conferência de imprensa.

"Zelensky demonstrou uma total falta de diplomacia", acusou Peskov, citado pela agência francesa AFP.

Trump e Zelensky protagonizaram uma discussão acesa perante os jornalistas na presidência norte-americana, em Washington, que terminou sem a esperada assinatura de um acordo que permitiria aos Estados Unidos acesso aos minerais ucranianos em troca de garantias de segurança à Ucrânia.

Na sequência do confronto verbal na Casa Branca, Peskov apelou para que Zelensky seja forçado a fazer a paz com a Rússia, que invadiu o país vizinho há três anos.

Peskov afirmou que o presidente russo, Vladimir Putin, repetiu em várias ocasiões que as autoridades ucranianas "recusam um acordo através de negociações".

"Alguém tem de obrigar Zelensky a mudar de ideias. Ele não quer a paz. Alguém tem de o obrigar a querer a paz", disse Peskov.

"Se os europeus o fizerem, honra e glória para eles", acrescentou, referindo-se a uma cimeira dos aliados europeus de Kyiv realizada em Londres no domingo.

Peskov insistiu que o que aconteceu na sexta-feira na Casa Branca "mostrou como será difícil encontrar uma solução para a Ucrânia" e acusou Zelensky de ter demonstrado "uma total falta de diplomacia".

"Nesta situação, apenas os esforços dos Estados Unidos e a boa vontade de Moscovo não serão suficientes" para pôr fim ao conflito na Ucrânia, afirmou, também citado pela agência espanhola EFE.

Para o porta-voz do Kremlin, Zelensky confirmou também a incapacidade de Kiev em aceitar a anexação dos seus territórios pela Rússia, não reconhecida pela Ucrânia nem pela generalidade da comunidade internacional.

"Só um cego não consegue ver a realidade e só um surdo não a quer ouvir", afirmou, referindo-se à anexação da Crimeia, em 2014, e de Donetsk, Lugansk, Zaporijia e Kherson, em 2022.

Peskov acrescentou que Moscovo vai prosseguir as negociações com Washington, iniciadas em meados de fevereiro em Riade, para normalizar as relações bilaterais.

A imprensa e a televisão russas têm-se regozijado com a discussão acrimoniosa entre Zelensky e Trump, considerando que prova a afirmação de Putin de que o homólogo ucraniano é "um líder tóxico", segundo a EFE.ANG/Lusa

 

China /Pequim adverte que vai retaliar aumento de taxas alfandegárias dos EUA

Bissau, 03 Mar 25 (ANG) - A China advertiu hoje que vai tomar "todas as medidas necessárias" para defender os seus interesses, em resposta às taxas alfandegárias que os Estados Unidos planeiam implementar a partir de terça-feira.

 

China opõe-se firmemente à decisão dos Estados Unidos de impor mais taxas sob o pretexto de alegadas ameaças à sua segurança", disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Lin Jian, em conferência de imprensa.

"Tomaremos todas as medidas necessárias para proteger os nossos interesses legítimos", acrescentou.

O porta-voz acusou Washington de "politizar questões económicas e comerciais" e disse que "numa guerra comercial não há vencedores".

"As ações dos EUA minam a cooperação económica normal e prejudicam a sua própria economia e credibilidade internacional", disse Lin.

O Governo chinês não detalhou como vai retaliar, mas um jornal oficial afirmou que Pequim pode tomar contramedidas contra produtos agrícolas e alimentares dos EUA.

Pequim também avisou hoje que "tentar desacreditar e confrontar a China não trará qualquer benefício para as relações bilaterais" e instou os EUA a regressar ao "caminho correto do diálogo e da cooperação com base no respeito mútuo".

"Uma mentira, por mais vezes que seja repetida, nunca se tornará verdade", concluiu o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros.

As tensões comerciais entre as duas potências voltaram a intensificar-se nos últimos dias, depois de o Presidente norte-americano, Donald Trump, ter anunciado um novo aumento de 10% das taxas sobre produtos chineses, para além dos 10% já aplicados recentemente, citando os esforços insuficientes de Pequim para travar o tráfico de fentanil.

Pequim rejeitou estas acusações e defendeu, na semana passada, que mantém "uma das políticas de controlo de drogas mais rigorosas do mundo".ANG/Lusa

 

               Angola/Cólera matou mais de 200 pessoas  desde janeiro

Bissau, 03 Mar 25 (ANG) - Mais de 200 pessoas morreram de cólera em Angola, desde janeiro passado, num total de 5.749 casos registados, segundo dados do Ministério da Saúde angolano.

De acordo com o boletim epidemiológico, divulgado na noite de domingo, Angola conta já um total de 204 óbitos desde o início da doença e 97 novos casos fazendo um cumulativo de 5.749 casos, com a província de Luanda a liderar as ocorrências com 2.963 casos.

Depois de Luanda, epicentro do surto, a província do Bengo totaliza 2.004 casos, Icolo e Bengo (642), Malanje (68), Cuanza Sul (29), Uíje (10), Huambo (10), Huíla (07), Cabinda (07), Zaire (05), Cuanza Norte (02), Cunene e Cubango com caso respetivamente.

A capital angolana também lidera com o número de óbitos, um total de 105, seguido do Bengo (74), Icolo e Bengo (19), Malanje (03), Cuanza Sul dois e Cabinda com um óbito.

De acordo com a mesma fonte, estão internadas nos hospitais de Angola 145 pessoas com cólera. Ang/Lusa

      Bélgica/União Europeia longe de reduzir níveis de poluição até 2030

Bissau, 03 mar 25 (ANG) - A União Europeia (UE) ainda está longe de atingir os
objetivos de redução da poluição estabelecidos para 2030, alertou um relatório da Agência Europeia do Ambiente divulgado hoje.

 

De acordo com um documento, "são necessárias ações mais concretas" para que a UE "alcance os objetivos de redução da poluição para 2030".

O relatório escrito pela agência europeia aponta que as políticas da União Europeia "contribuíram para a redução da poluição do ar, utilização de pesticidas e presença de plástico no mar" e que no geral isso contribuiu para a redução da poluição no bloco comunitário.

No entanto, "os níveis de poluição ainda são demasiado elevados, em particular na poluição ruidosa, libertação de microplásticos, poluição de nutrientes e produção de resíduos".

"Os princípios de poluição zero têm de ser integrados em todas as políticas e esforços, e a todos os níveis, para assegurar que se continua a avançar. Neste contexto, adotar a economia circular na UE vai ajudar a reduzir o consumo de recurso e, desse modo, vai aliviar as pressões sobre os ecossistema e a saúde humana", sustentou o relatório.

No geral, a qualidade do ar melhorou nos 27 países do bloco comunitário, devido a "desenvolvimentos na regulamentação e redução das emissões, diminuindo significativamente as mortes prematuras" -- esta era uma das maiores preocupações da Agência Europeia do Ambiente em relatórios anteriores.

Ainda assim, o número de mortes provocadas pela poluição do ar "é demasiado elevado", particularmente por exposição a amónia e óxidos de nitrogénio, que continuam a "afetar os ecossistemas" no território da UE.

"São necessários mais esforços, em especial em áreas urbanas, para diminuir o número de pessoas cronicamente afetadas pelo ruído dos transportes".

Por isso, a agência que monitoriza as consequências ambientas para a saúde humana e dos ecossistemas nos 27 países da UE, propõe um plano de ação para a redução total da poluição, com decisões mais audazes e severas, não só para atingir os objetivos traçados nos próximos cinco anos, mas também para reduzir significativamente os níveis de poluição e as consequências sanitárias.ANG/Lusa