sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Desporto/futebol



Abertura da próxima época desportiva agendada para Novembro
 
Bissau, 30 Set 16 (ANG) – A abertura do próximo campeonato nacional de Futebol da primeira e segunda liga está agendada para novembro, revelou quinta-feira uma fonte da Federação Nacional de Futebol da Guiné-Bissau, durante o sorteio para o efeito.


Bacar Camará, vogal da Federação de Futebol da Guiné-Bissau disse que uma das medidas a serem implementadas na próxima época desportiva é a exigência de os clubes que, pela primeira vez se afiliam na federação disporem de infraestruturas, um campo, sede e um centro de saúde.

“Deparámos várias vezes com a situação de clubes que partilham o mesmo campo, e no dia do jogo entram na disputa de quem vai apropriar-se do espaço. Isso é uma das razões que nos motivou a tomar esta medida”, disse Camará.

De acordo com aquele dirigente desportivo, ficou decidido que seja o Sport Bissau e Benfica e Futebol Clube de Pelundo as equipas que disputarão a jornada inaugural da nova época desportiva, na qualidade de vencedores do Campeonato da primeira e segunda divisão no ano 2014/2015 respetivamente. ANG/LLA/SG
          


ONU



                Carlos Lopes pede mudanças no Conselho de Segurança

Bissau,30 Set 16 (ANG) - O secretário executivo da Comissão Económica das Nações Unidas para África, Carlos Lopes, apoiou recentemente  a posição de Angola sobre a necessidade do alargamento do número dos membros permanentes e não permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas.

Sede da ONU
O alargamento visa tornar este órgão mais representativo e melhor apetrechado na sua capacidade de resposta na solução dos conflitos. 

Na visão de Carlos Lopes, faz todo o sentido a posição apresentada pelo Vice-Presidente da República, Manuel Vicente, na Assembleia Geral das Nações Unidas, se for analisada a geoestratégia e a fraca capacidade do continente africano de fazer ouvir a sua voz, para que todo o sistema de paz e segurança das Nações Unidas tome em consideração as preocupações africanas.

Angola, referiu, tem uma responsabilidade reconhecida em África pelo seu papel em matéria de paz e segurança em vários países do continente e como membro não permanente do Conselho de Segurança, num ano crucial em que se escolhe o novo secretário-geral da ONU.

 Carlos Lopes entende que a longa batalha de África por uma presença permanente no Conselho de Segurança é legítima, porque é o único continente nesta condição. 

Este facto, explicou, faz com que quase todas as missões de paz das Nações Unidas no continente africano, pela forma como são projectadas e desenvolvidas, tenham características completamente diferentes das intervenções realizadas na Ásia, América Latina e no Médio Oriente. 

Os membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, de acordo com Carlos Lopes, dificilmente permitem que os seus ­problemas sejam levados ao centro das preocupações deste órgão. 

“Mas quando se trata de questões africanas, vão todas para lá, porque não existe um membro permanente africano que põe travões e faça com que a discussão seja diferente”.

O secretário executivo, que foi em 2013 o único lusófono entre os 100 africanos mais influentes do mundo, disse que as reformas defendidas por Angola e por outros países vão esperar a nova liderança da ONU, uma vez que o actual secretário-geral está no fim do seu mandato. 

As reformas, sublinha, são muito importantes para transformar a maneira como se dialoga e se estabelecem as prioridades no seio das Nações Unidas.

Para o economista guineense o facto de os Estados africanos terem incorporado as posições comuns na Agenda Mundial 2030, antes de qualquer outra região, prova que se prepararam para o efeito e que podem fazer passar as suas prioridades.

 “Penso que África está muito bem posicionada para tirar partido deste documento que foi aprovado depois de quase cinco anos de negociações”, disse.

Relativamente à situação dos refugiados e migrantes debatida na Assembleia Geral da ONU, defendeu a separação da abordagem sobre os dois grupos vulneráveis, por terem motivações diferentes para a deslocação em território alheio. 

Carlos Lopes lembrou que os refugiados são aqueles que buscam proteção em zonas seguras devido a conflitos políticos ou catástrofes naturais nas suas zonas de origem, enquanto os migrantes procuram melhores condições de vida por insatisfação humana.
O número de africanos que saem do continente anualmente é de cerca de dois milhões, correspondente a 0,2 por cento do total de mil milhões de habitantes desta região. 

Este número, referiu Carlos Lopes, é muito reduzido comparado com os cerca de três milhões de chineses que deixam o seu país, em igual período. “Portanto, há um certo exagero quando se diz que a maior parte dos refugiados e migrantes vêm de África”, concluiu.

O Vice-Presidente da República, Manuel Vicente, afirmou na Assembleia-Geral das Nações Unidas que a reforma do Conselho de Segurança é “um imperativo que se não for realizado pode levar à incapacidade de actuação da organização mundial e ao contínuo esboroar da sua legitimidade e credibilidade”.

No seu discurso, em representação do Chefe de Estado, José Eduardo dos Santos, o Vice-Presidente da República declarou que Angola é a favor do alargamento do número dos membros permanentes e não permanentes do Conselho de Segurança, para tornar este órgão mais representativo e melhor apetrechado na sua capacidade de resposta na solução dos conflitos.

Por essa razão, disse, Angola reitera o direito do continente africano de estar representado entre os membros permanentes do Conselho de Segurança, conforme o Consenso de Ezulwini. 

Quanto à organização na sua generalidade, o Vice-Presidente afirmou que a ONU deve ser capaz de promover a paz e segurança internacional, de agir com celeridade e eficácia em situações de conflito e de dar resposta aos mais prementes desafios da actualidade, como o terrorismo internacional sem precedentes e as alterações climáticas inauditas. 
ANG/JA

Trânsito


       Cinquenta e duas pessoas morreram nas estradas entre Janeiro e Junho

Bissau, 30 Set 16 (ANG) – Cinquenta e duas pessoas perderam a vida nas estradas do país durante o primeiro semestre do ano em curso, em 333 acidentes de viação, revelou hoje a ANG a Comandante da Polícia Nacional de Trânsito.

Maria Elizabete Baticã Ferreira numa entrevista de balanço de acidentes de viação ocorridos durante o primeiro semestre do ano em curso disse que o balanço é positivo apesar de lamentar as perdas de vidas humanas que, com um pouco de cuidado, poderiam ser evitadas.

A responsável máxima da polícia do trânsito frisou que em comparação com o semestre homólogo do ano passado, houve uma diminuição considerável de acidentes de viação e mortes nas estradas, embora sem adiantar os números do ano passado.

“ As estradas da capital Bissau continuam a ser os mais acidentados em todo o território nacional, seguidas das da região de Oio e Cacheu”, informou, tendo apontado as manobras perigosas, condução ilegal, alta velocidade e embriaguez como as principais causas dessas desgraças nas estradas.

Para Elisabete Baticã Ferreira, a maioria dos acidentes acontece com as viaturas de transportes mistos que circulam em diferentes localidades do país.

Questionado sobre a razão da diminuição dos acidentes de trânsito no ano em curso, em relação ao primeiro semestre de 2015, a Elisabete apontou a campanha de educação cívica nas rádios como um dos factores determinantes para a mudança de mentalidade dos condutores e passageiros nas estradas do país.

“Os condutores estão a reagir, de uma forma positiva, aos conselhos da policia de trânsito dados através do programa de sensibilização e prevenção rodoviária, e esperemos que continuem a melhorar cada dia para que neste segundo semestre tenhamos menos acidentes ” vincou a comandante da policia nacional de trânsito. ANG/MSC/ÂC/SG