quinta-feira, 24 de abril de 2025

 China/ Governo vai suspender sanções a eurodeputados com vista a acordo de investimento

 Bissau, 24 Abr 25(ANG) – A presidente do Parlamento Europeu anunciou que a China vai levantar as sanções impostas a eurodeputados devido a disputas sobre violações dos direitos humanos, numa altura em que tenta reavivar um acordo de investimento com a Europa.


Um porta-voz de Roberta Metsola confirmou na quarta-feira a decisão, noticiada inicialmente pela imprensa alemã, num período em que a guerra comercial lançada pelo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está a reaproximar a China e a Europa.

 

Pequim impôs sanções contra vários eurodeputados em 2021, depois de a União Europeia ter imposto sanções a algumas entidades chinesas devido a alegadas violações dos direitos humanos contra a minoria étnica chinesa de origem muçulmana uigur, em Xinjiang, no extremo noroeste da China.

 

O Parlamento Europeu recusou-se então a ratificar o Acordo Global de Investimento UE-China, que teria aprofundado os laços comerciais entre as duas partes.

No entanto, o regresso ao poder de Donald Trump parece estar a reaproximar os dois lados, perante as posições antagónicas do líder norte-americano face à aliança transatlântica e à guerra comercial contra o resto do mundo.

 

“As discussões com as autoridades chinesas continuam e estão na fase final”, afirmou o porta-voz de Metsola.

“A presidente informará os líderes dos grupos assim que as autoridades chinesas confirmarem oficialmente o levantamento das sanções. O Parlamento Europeu sempre teve a intenção de levantar as sanções e retomar as relações com a China”, acrescentou.

 

Entre os visados pelas sanções está o alemão Reinhard Bütikofer (Grupo dos Verdes/Aliança Livre Europeia), antigo líder da delegação do Parlamento Europeu para as relações com a China, que, entretanto, abandonou o cargo de eurodeputado.

 

Michael Gahler (Alemanha), Miriam Lexmann (Eslováquia), Raphaël Glucksmann (França) e Ilhan Kyuchyuk (Bulgária) continuam no Parlamento Europeu e também foram alvo das sanções.

 

As sanções da UE contra entidades chinesas continuam em vigor.

Além dos eurodeputados, a China sancionou dois comités ligados à UE, três deputados nacionais, o grupo de reflexão ('think tank') Mercator Institute for China Studies, a Alliance of Democracies Foundation e dois académicos.


Noutro sinal de reaproximação, a Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o Presidente do Conselho Europeu, António Costa, devem visitar Pequim em junho para uma cimeira com os líderes do país asiático. ANG/Inforpress/Lusa

 

RDC/Governo  e M23 anunciam querer “trabalhar para concluir uma trégua” – O que mudou?

Bissau, 24 Abr 25 (ANG) - O governo da República Democrática do Congo e o grupo rebelde M23 publicaram,  quarta-feira, pela primeira vez, uma declaração conjunta na qual dizem querer “trabalhar para concluir uma trégua”.

Sérgio Calundungo, coordenador do Observatório Político e Social de Angola, considera que se trata de “uma boa notícia” e que talvez seja o “prelúdio de que as partes directamente envolvidas no conflito se venham sentar à mesa”, mas avisa que não foram dadas garantias de que esta trégua não seja violada como tantas anteriormente anunciadas.

"Após discussões francas e construtivas, representantes da República Democrática do Congo (RDC) e do AFC/M23 concordaram em trabalhar para a conclusão de uma trégua", anunciaram o M23 e o governo da RDC em uma declaração conjunta transmitida, esta quarta-feira, pela televisão nacional congolesa e pelo porta-voz do M23.

O comunicado acrescenta que "ambas as partes reafirmam o seu compromisso com a cessação imediata das hostilidades", algo que pretendem respeitar "durante toda a duração das negociações e até sua conclusão".

Esta é “realmente uma boa notícia”, considera Sérgio Calundungo, coordenador do Observatório Político e Social de Angola, notando “talvez significar a compreensão das partes de que os conflitos ou as divergências que têm não podem ser resolvidas pela via da violência armada”.

O problema é que o texto não especifica se esse compromisso de interromper os combates no leste da RDC e negociar uma trégua permanente constitui uma declaração de princípios ou se será formalizado imediatamente. Algo também constatado por Sérgio Calundungo que guarda o lado optimista do anúncio, mas deixa reservas“Quando se está no desespero, há uma ténue luz, porque até há bem pouco tempo não se falava sequer da oportunidade de conversações. Houve uma série de tentativas de pôr as partes a dialogar e, face às dinâmicas do conflito no terreno, ao eclodir da guerra, não havia nem sequer isto. Então, pode ser que seja o prelúdio de alguma tentativa de que as partes directamente envolvidas no conflito se venham sentar à mesa. É claro que o cessar-fogo e a disponibilidade para o diálogo é uma condição necessária, mas não é suficiente. Têm de acontecer outras questões.”

Quais as outras questões, então? Basicamente, há muitos interesses económicos por detrás disto”, lembra o analista, falando em “instrumentalização política da desordem”. De facto, o leste da República Democrática do Congo, que faz fronteira com o Ruanda, é uma região rica em recursos naturais e minerais. Ruanda é acusada pela RDC de usar o M23, liderado por tutsis, para saquear as riquezas dessa região, mas Kigali nega e diz que a RDC aí protege um grupo armado criado por hútus ruandeses, as Forças Democráticas de Libertação do Ruanda, responsáveis pelo genocídio de tutsis em 1994. O leste da RDC é assolado por conflitos justamente há 30 anos, mas o M23 ressurgiu no final de 2021 e a crise intensificou-se nos últimos meses com o avanço do grupo armado para as cidades de Goma e Bukavu, na fronteira com o Ruanda.

“Há muitos interesses económicos por detrás disto. Era importante que também estes interesses fossem ou neutralizados ou, pelo menos, que se desse a transparência entre eles e dizer ‘Ok, podemos continuar a ter interesses económicos nessa região, mas vamos explorá-los num contexto de paz, não necessariamente a violência como um recurso para a melhor exploração dos minerais que existem na região’. Isto é que são as causas profundas do conflito. Tudo o resto, os avanços do M23, os discursos mais empolados, eu diria que são as causas dinâmicas, mas não necessariamente as causas profundas do próprio conflito. E é isto que ainda não se vislumbra: uma discussão à volta das grandes causas profundas que estão enraizadas naquela sociedade e quepermitem que o conflito tenha chegado a estes níveis”, acrescenta Sérgio Calundungo.

O que é que muda com este anúncio inesperado desta quarta-feira, em que os dois lados "concordam em trabalhar para a conclusão de uma trégua", reafirmam “o seu compromisso com o fim imediato das hostilidades" e dizem que o cessar-fogo permanecerá em vigor até a conclusão das conversações?

Até agora e desde o ressurgimento do M23 no final de 2021, o Presidente da RDC, Félix Tshisekedi, recusava negociações directas com o M23 e o seu braço político (AFC/M23). O que mudou para ele agora aceitar? Para Sérgio Calundundo, Félix Tshisekedi mostra um “reconhecimento implícito do poder de força que o M23 obteve e admite que agora é “parte da solução do conflito”.

“Eu creio que tardiamente, Tshisekedi percebe que o poder da força que tem não é tanto para conter o M23 e também vai percebendo que não vai encontrar uma saída pela via militar. Ou seja, de certa forma, por detrás dessa disponibilidade de conversação, há o reconhecimento implícito do poder de força que o M23 infelizmente obteve. E digo ‘infelizmente’ na óptica da população daquela região. O M23 se agigantou nos últimos anos, fruto da negligência que as próprias autoridades congolesas foram dando ao problema. Antes, não passavam de forças negativas a quem havia de marginalizar na busca de solução, hoje, há a perceção de que se eles são parte do conflito, então automaticamente passam a ser parte da solução do conflito”, sublinha o nosso convidado.

Sérgio Calundungo relembra, também, que “muita coisa mudou desde a entrada do Qatar como mediador das negociações, aparecendo como “equidistante, o que não acontecia, a seu ver, com Angola que “em determinados momentos teve uma posição firme, inequívoca, provavelmente ao abrigo daquilo que diz a União Africana em favor de uma das partes”. A favorecer a aparente eficácia do Qatar estarão, eventualmente, outro tipo de promessas ou factores que não são conhecidos, quanto mais não seja simplesmente o melhorar a sua imagem como um país com forte influência na arena mundial”.

Haverá, ainda, interesses económicos em causa? Recorde-se que o Qatar investiu já mais de mil milhões de dólares num futuro hub aeroportuário perto de Kigali e também se comprometeu em modernizar as instalações portuárias e aeroportuárias na RDC. Sérgio Calundundo admite que isso coloca o Qatar numa posição de parceiro forte, com o qual, no futuro, se pode “estabelecer relações económicas fortes e atrair investimentos para o território”.

A 24 de Março, o Presidente angolano, João Lourenço -que liderava a mediação desde 2022 - anunciou o abandono dessa mediação, uma semana depois do encontro entre os presidentes congolês, Félix Tshisekedi, e ruandês, Paul Kagame, em Doha, a 18 de Março, dia em que Luanda deveria acolher a primeira ronda de conversações directas com o M23. Entretanto, no início de Abril, o Presidente do Togo, Faure Gnassingbé, foi oficialmente designado como novo mediador da União Africana para o conflito no Leste da RDC, sucedendo a João Lourenço. Paralelamente, as conversações teriam começado em Doha, em Abril, mas ainda não havia nenhuma comunicação oficial de ambas as partes. Será que, em um mês, o Qatar conseguiu o que Angola tentava desde 2022? Sérgio Calundungo responde assim: “Como numa partida de futebol, o árbitro não deve ser o mais visível, mas sim aqueles que estão a disputar. O Qatar está numa posição de arbitragem”.

Estendendo a metáfora do futebol, se “prognósticos só no fim do jogo”, até que ponto esta promessa agora é plausível quando, desde o final de 2021, houve mais de meia dezena de tréguas que foram assinadas e depois violadas?

“As pessoas mais cépticas perguntam o que é que há de diferente nessa trégua de cessar-fogo em relação a outra. Honestamente, ninguém vê grandes diferenças. Há mais um esforço negocial, há o reconhecimento de que o M23 já não é aquela força residual, aquelas forças negativas, mas sim um parceiro negocial. Isto claramente é diferente, mas não há grandes novidades em relação a qual é a garantia que temos que desta vez o cessar-fogo se vai cumprir. Independentemente de quem seja o medianeiro, eu queria valorizar a hipótese de nunca se abandonar a mesa de diálogo. Eu sei que estes acordos, às vezes, levam muito tempo - na nossa experiência de Angola, foram feitos vários acordos de cessar-fogo e muitos deles inesperadamente violados. Então, é preciso fazer esses anúncios, mas também comunicar as garantias de por que é que agora vai ser diferente. E isto não é muito claro no meu ponto de vista”, conclui Sérgio Calundungo. ANG/RFI

 

Paquistão/ Governo cancela vistos, fecha espaço aéreo e sustém comércio com Índia

Bissau, 24 Abr 25 (ANG) - O Paquistão cancelou hoje os vistos dos cidadãos indianos, fechou o espaço aéreo a todas as companhias aéreas detidas ou operadas pela Índia e suspendeu todo o comércio com a Índia, incluindo de e para qualquer país terceiro.


As medidas de retaliação surgem na sequência da decisão da Índia de suspender os vistos a cidadãos paquistaneses após um ataque por parte de homens armados em Caxemira, que matou 26 pessoas, a maioria das quais turistas.

O ataque de terça-feira foi o pior dos últimos anos contra civis na região turbulenta de Caxemira, que é palco de uma disputa entre os dois países há mais de três décadas.

As tensões entre a Índia e o Paquistão subiram de tom quando Nova Deli lançou uma ofensiva diplomática contra Islamabade, culpando-a pelo atentado, um raro ataque contra civis que chocou e indignou a Índia e provocou pedidos de ação contra o Paquistão.

O Governo indiano não apresentou publicamente qualquer prova que ligue o ataque ao seu país vizinho, mas disse que os responsáveis tinham ligações "transfronteiriças" com o Paquistão.

Islamabade negou qualquer ligação ao ataque, que foi, entretanto, reivindicado por um grupo militante até agora desconhecido autointitulado 'Resistência de Caxemira'.

Num comunicado hoje divulgado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros indiano disse que todos os vistos emitidos para cidadãos paquistaneses serão revogados a partir de domingo, com exceção dos que tenham emergências médicas, que poderão ficar até terça-feira.

Além disso, aconselhou os cidadãos indianos a não viajarem para o Paquistão.

A Índia e o Paquistão administram, cada um, uma parte de Caxemira, mas ambos reivindicam o território na sua totalidade.

Nova Deli descreve toda a militância em Caxemira como terrorismo apoiado pelo Paquistão, o que este nega.

Na tarde de terça-feira, pelo menos três homens armados abriram fogo contra turistas na cidade de Pahalgam, no sopé dos Himalaias, matando 25 indianos e um nepalês, segundo a polícia indiana.

Na quarta-feira, o Governo hindu ultranacionalista de Nova Deli anunciou uma série de medidas diplomáticas de retaliação.

Entre as decisões, que são sobretudo simbólicas, estão a suspensão de um tratado de partilha de águas, o encerramento da principal fronteira terrestre entre os dois países e a retirada de diplomatas.

O Paquistão convocou então o seu Comité de Segurança Nacional, órgão que reúne os mais altos dirigentes civis e militares do país e só se reúne em casos de emergência.

Em declarações feitas hoje, o primeiro-ministro indiano de ameaçou todos os responsáveis pelo ataque com as "mais severas represálias", embora sem acusar ninguém formalmente.

"Digo-o inequivocamente: aqueles que realizaram este ataque e aqueles que o planearam pagarão um preço para além da sua imaginação", sublinhou num discurso feito em Bihar, um estado no nordeste do país.ANG/RFI

 

EUA/Presidente americano anuncia que pretende baixar "substancialmente" taxas aduaneiras à China

Bissau, 24 Abr 25 (ANG) - O Presidente americano anunciou terça-feira sua intenção de baixar substancialmente as taxas aduaneiras aplicadas à China que se elevam atualmente a 145%.

Ao referir que os direitos alfandegários "nunca voltariam a zero", Donald Trump mostrou-se contudo optimista quanto à eventualidade de chegar a um acordo com Pequim.

A notícia que teve por efeito de aliviar as bolsas mundiais, foi acolhida com agrado pela China que se disse de "portas abertas" para discussões, garantindo porém "lutar até ao fim, se for necessário".

Para o economista angolano Carlos Rosado, são precisos actos concretos dos Estados Unidos. "Trump diz muitas coisas. Nem todas se concretizam, mas tudo o que seja no sentido de aliviar a tensão nesta guerra comercial, é positivo. Temos visto aquilo que tem acontecido nas bolsas", considera o estudioso que ao referir-se ao caso de África e de Angola em particular, sublinha que "o problema são as 'commodities', a guerra comercial, a eventual recessão, a redução ou desaceleração da procura de commodities, baixa do preço das commodities e em particular do petróleo. E, portanto, Angola sofre naturalmente com isso".

"Agora, tem que haver resultados concretos, não só a declaração de intenções de Trump. Tem que mostrar talvez um bocadinho mais. A China sempre esteve aberta à negociação e, inclusivamente apresentou uma queixa na OMC. Isto é uma coisa completamente inesperada. Quer dizer, a China fazer uma queixa na OMC contra os Estados Unidos, que são supostamente um Estado liberal, é uma coisa verdadeiramente incrível. Mas, infelizmente, é isto que está a acontecer com a administração Trump", diz ainda Carlos Rosado.

Questionado sobre o impacto que as decisões de Trump tiveram na economia Angolana, com a diminuição do preço do barril de petróleo -principal fonte de receitas do país- e seus possíveis reflexos numa eventual revisão do Orçamento Geral do Estado, o economista considerou que esta revisão não é uma fatalidade. "Vamos esperar. Eu não sou adepto de revisões precipitadas. Os tempos são muito incertos ainda. Não sou adepto de uma revisão formal, entrega de um documento na Assembleia Nacional, mas sou adepto de que o Governo deve dizer alguma coisa, deve vir falar e dizer 'Olha, a situação é esta. Caso a situação se mantenha, nós temos estas despesas todas que vão ser cativadas'".

Recorde-se que o Orçamento Geral do Estado de Angola em 2025 é baseado em previsões de comercialização do petróleo a cerca de 70 Dólares o barril, acima do valor que tem tido nestas últimas semanas, depois de Donald Trump lançar a sua guerra comercial no decurso do mês de Março. Apesar de ter anunciado alguns dias depois reduções nas taxas adicionais que previa inicialmente para todos os países, o Presidente americano manteve e -aumentou até- as medidas punitivas contra a China, com taxas ascendendo a 145%, o que teve por efeito de fazer soprar um vento de pânico nas bolsas mundiais.

Perante este cenário, Pequim respondeu impondo taxas de 125% sobre as mercadorias provenientes dos Estados Unidos. Depois de apelar ainda ontem ao Reino Unido e à União Europeia para defender o comércio mundial contra a ofensiva americana, a China reagiu hoje ao anúncio de Trump dizendo estar "de portas abertaspara discussões, referindo por outro lado que "se for necessário lutar, irão até ao fim". ANG/RFI

 

 Índia/Governo ordena saída do país de todos os paquistaneses até 29 de Abril

Bissau, 24 Abr 25 (ANG) - A Índia ordenou hoje a todos os cidadãos paquistaneses, exceto os diplomatas, que abandonem o país até 29 de abril, em retaliação pelo ataque na Caxemira indiana, que matou 26 civis e pelo qual Nova Deli atribui responsabilidades a Islamabad.

Em conformidade com as decisões tomadas pelo Comité de Segurança do Gabinete após o ataque terrorista em Pahalgam, Caxemira, o Governo da Índia decidiu suspender a emissão de vistos para cidadãos paquistaneses com efeito imediato", disse o Ministério dos Negócios Estrangeiros indiano, em comunicado.

"Todos os cidadãos paquistaneses atualmente na Índia devem deixar a Índia antes da expiração dos seus vistos", o que acontecerá no domingo, 27 de abril, no caso dos vistos comuns, e na terça-feira, 29 de abril, no caso dos vistos médicos, adiantou.

O anúncio foi feito na mesma altura em que o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, prometeu perseguir "até aos confins da Terra" os autores do ataque terrorista que, há dois dias, matou 26 civis na parte indiana de Caxemira.

"Digo isto ao mundo: a Índia vai identificar, perseguir e punir os terroristas e aqueles que os apoiam. Vamos persegui-los até aos confins da Terra", garantiu Modi na sua primeira resposta pública ao ataque.

Na tarde de terça-feira, pelo menos três homens armados abriram fogo contra turistas na cidade de Pahalgam, no sopé dos Himalaias, matando 25 indianos e um nepalês, segundo a polícia indiana.

O ataque, que a Índia atribui a islamitas apoiados pelo Paquistão, é o mais mortífero contra civis desde 2000 naquele território indiano de maioria muçulmana.

Na quarta-feira, o Governo hindu ultranacionalista de Nova Deli anunciou uma série de medidas diplomáticas de retaliação.

Entre as decisões, que são sobretudo simbólicas, estão a suspensão de um tratado de partilha de águas, o encerramento da principal fronteira terrestre entre os dois países e a retirada de diplomatas.

O Paquistão, que negou responsabilidade pelo ataque, convocou o seu Comité de Segurança Nacional para esta tarde para decidir sobre uma possível resposta. ANG/RFI

Sociedade/Governo promove “Workshop” para  criação de sistema de Gestão de Casos de Proteção da Criança

Bissau, 24 Abr 25 (ANG) – O Governo, através do Ministério da Mulher, Família e Solidariedade Social (MMFSS), e em parceria com o Instituto de Mulher e Criança (IMC) e demais parceiros, promoveu hoje um “Workshop” para a criação de um sistema de Gestão de Casos de Proteção da Criança.

Durante essa troca de ideias e de experiências, os participantes vão  debater  sobre a Visão Geral do Sistema de Gestão de Casos de Proteção de Crianças.

Ao presidir a cerimónia de abertura, a Presidente do Instituto de Mulher e Criança (IMC) Edineuza Lopes da Cruz Figueiredo,  em representação da Ministra da Mulher, Família e Solidariedade Social Maria Inácia Có Mendes Sanhá , disse  que, para honrar o compromisso assumido com a Convenção de Direito da Criança (CDC), o Governo com ajuda dos seus parceiros, promoveu o referido “Workshop”, para criar um sistema de dados, que futuramente vai harmonizar todas as informações recolhidas, através dos serviços que atuam no setor.

Questionada sobre a real situação em que se encontra as crianças no país, Edineuza Lopes da Cruz Figueiredo disse que o Governo, através do ministério de tutela, e outras organizações que trabalham neste domínio, não têm poupado esforços na sensibilização da população sobre os direitos das criança, e como lidar com elas.

“Podemos dizer que é um processo que está longe de acabar, porque de acordo com os trabalhos feitos no terreno, chegamos a conclusão que muitos conseguiram compreender as medidas impostas para a defesa das crianças, mas na verdade, a maioria ainda estão longe de compreender estas medidas,” sublinhou a Presidente de IMC.

Segundo ela, os esforços neste domínio ainda continuam , as comunidades continuam a ser sensibilizadas, e os próprios pais e encarregados de educação também recebem sensibilizações para poderem cuidar melhor dos seus filhos.

“A nossa missão é identificar  casos de violação dos direitos das crianças, de seguida, em caso de deteção  de alguns casos isolados, sigilosamente passamos a informação à justiça, e cabe à justiça  prosseguir com a investigação do assunto, e tomar medidas contra o infrator”, disse a responsável.

Em representação do Fundo das Nações Unidas para Infância (UNICEF) Catia da Costa, defendeu que o sistema adotada pelo Governo para a proteção dos direitos das crianças, ajuda a coordenar os serviços de proteção, uma vez que coloca a criança no centro do sistema de proteção. 
ANG/LLA//SG

 

      Cooperação/Xinhua afirma acordo de parceria com Agência de Notícias da Guiné

Bissau, 24 Abr 25 (ANG) – A Agência de Notícias da República Popular da China- Xinhua News vai assinar, sexta-feira,um acordo de parceria com Agência de Notícias da Guiné, no quadro de cooperação entre a China e  África FOCAC,(Forúm de Cooperação China-África).

O Diretor-Geral da Agência Xinhua News para Região da África, Ying Qiang, está em Bissau para o efeito e visitou ,esta quinta-feira, a sede da ANG em Bissau.

Em entrevista à ANG, Ying Qiang disse que está em Bissau pela primeira vez  e para a abertura do um escritório da Xinhua News Agency, em Bissau ,no âmbito de aplicação de acordo de parceria estabelecido aquando da visita   do Presidente da República, Umaro Sissoco Embalo à China em 2024.

Disse que têm a longa história com África e que o primeiro escritório da Agência em África foi instalado em Acra, em 1959, sublinhando que a criação de primeiro escritório em Bissau visa permitir a conexão entre a China e a Guiné-Bissau, para exploração de  oportunidades entre a  China e África sobretudo entre a China Guiné-Bissau.

"Nossa agência é uma agência de imprensa de Estado e internacional, e é reconhecido pelo nosso Presidente como quadro replicante de agência de imprensa internacional no mundo. Somos uma agência de imprensa de Estado, internacional e também uma agência de imprensa africana, por isso  estamos a reforçar a nossa cooperação com todas as agência de imprensa de países africanos e sobretudo com os países em vias de desenvolvimento. É  neste âmbito que discutimos com o Diretor-geral da Agência de Notícias da Guiné, Salvador Gomes", disse.

Aquele responsável, sunblinhou que depois de assinatura de acordo de fornecimento de informações vão ver como podem continuar a cooperação através de formação de jornalistas e fornecimento de novas técninológias.

Disse que depois de criação de um escritório em Bissau, vão cooperar com todas as mídias em Bissau, porque Xinhua é uma agência de imprensa tradicional, mas também uma agência de imprensa de alta tecninológia que trabalha com fotos, vídeos, com informação, com internet e smarfone, por isso espera que haverá opurtunidades para aplicar o referido dominio na ANG.

Para além da cerimónia de abertura de uma delegação da Xinhua News em Bissau vai decorrer num dos hoteis de Bissau uma cerimónia de assinatura de acordo de parceria entre esta agência de notícias da República Popular da China e a ANG e e TGB . ANG/MI//SG   

Cooperação/ Instituto Brasil/África seleciona Guiné-Bissau para treinamento na Indústria de caju

Bissau,24 Abr 25 (ANG) – O Presidente do   Instituto Brasil/África anunciou quarta-feira  que a  Guiné-Bissau foi selecionada para treinamento na área de Indústria produtiva de caju.

João Bosco Monte, que falava à imprensa à saída de uma audiência com o Presidente da República disse  que nesse quadro cerca de 50 jovens guineenses deverão se deslocar ao Brasil , em Maio próximo, para uma formação técnica no domínio da indústria de caju.

A formação é financiada pelos   Emiratos Árabes Unidos, no quadro da Agenda Sul/Sul e Triangular.

Bisco disse ser  a primeira vez que a Guiné-Bissau beneficia desse apoio do  Instituto Brasil/África , e admite que  a iniciativa pode assinalar  o início de muitas outras atividades futuras.

 O Instituto Brasil/África desenvolve  desde 2017  um programa de capacitação técnica de jovens africanos. ANG/JD//SG  

Saúde/Primeira Dama doa duas ambulâncias para áreas sanitárias de Boé e Sonaco  

Bissau, 24 Abr 25 (ANG)- A  Primeira Dama procedeu, quarta-feira, a entrega de   duas ambulâncias para áreas sanitárias dos setores de  Boé e Sonaco, ambos da Região de Gabu, zona Leste da Guiné-Bissau, com a finalidade de ajudar os mais vulneráveis. 

As duas viaturas foram entregues as autoridades das duas localidades pela  Assistente da Primeira Dama, Gilda Lobo de Pina, que disse que Dinísia Reis Embaló é atenta à tudo quanto faz falta , principalmente nas áreas de saúde e educação.

Lobo de Pina disse que, no ano passado, surgiram vários pedidos de ambulâncias e materiais hospitalar diversos e que por isso, a Primeira Dama foi visitar o Hospital Nacional Simão Mendes e constatou o défice que havia em termos materiais.

“Depois da visita ao maior hospital da Guiné-Bissau, a Primeira Dama iniciou o processo de levantamento e compra dos materiais necessários, tendo entregue  primeiramente as camas, depois máquinas diversas, estrelizadores, entre outros”, disse Gilda.

Acrescentou que  no ano em curo  entregaram ambulâncias para Hospital Militar e aos setores de  Boé e Sonaco .

“Quanto mais distante as pessoas estão menos acesso têm. Uma ambulância de certeza facelitará a chegada dos pascientes ao centro hospitalares para que possam ser atendidas e evitar com que o pior aconteça”, disse Lobo de Pina.

Revelou que perspetivam fazer mais entregas de materiais hospitalares nas outras zonas do país e que a Primeira Dama não poupará os seus esforços na promoção do  bem-estar para as populações da Guiné-Bissau.

Presente no ato, o ministro da Saúde Pública, Pedro Tipote agradeceu   o gesto da Primeira Dama e pediu que prossiga com mais ações  de  humanidade, que incentivam a promoção de bem estar ao povo guineense.

“As ambulâncias se destinam a  ajudar a salvar  vidas e não para ser um objeto de uso dos agentes de saúde”, disse Tipote.ANG/AALS//SG

  Sociedade/ Participantes do ateliê sobre Politica Nacional da Proteção Social pedem ao Governo a garantia  de encargos de saúde aos funcionários públicos

Bissau, 24 abri 25 ( ANG) – Os participantes do ateliê sobre Politica Nacional da Proteção Social(PNPS) pediram nas recomendações finais do encontro que o Governo garanta pacotes de benefícios de encargos com a  saúde aos servidores do Estado.

Ainda recomendam que o Executivo estabeleça  o regime de acidentes de trabalho e doenças profissionais  e a reconhecer, por lei, a proteção social como um direito de todos os cidadãos.

As recomendações foram lidas por Sabino Santos, no ato de encerramento dos trabalhos de lançamento da PNPS, presidida pela Ministra da Mulher e Solidariedade Social, Maria Inácia Có.

Operacionalizar ,progressivamente, por todo o país, as cantinas escolares , melhorar e adaptar o ensino básico gratuito, operacionalizar o Conselho Nacional da Proteção Social, conforme  previsto na lei 4/2007, incrementar  maior coordenação ente as instituições nacionais que entrevem no domínio da proteção social, adotar políticas  e normas que facilitem a inscrição no sistema dos trabalhadores hortícolas e vendedores ambulantes ou seja o sector informal,  são outras recomendações feitas nesse evento.

Ao presidir a cerimónia de encerramento, a Ministra da Mulher, Familia e Solidareidade Social, Maria Inácia Có Sanhá sublinhou que a proteção social é um mecasnimo  para minimizar as complexas situações desastrosas que colocam as pessoas em situação de risco e de vulerabilidade social, tendo como origem a pobreza, ausência da renda e outras limitações sociais.

O Representante do Fundo das Nações Unidas para Infância agradeceu o governo e a todos aqueles que contribuiram para  o lanaçmento “bem sucedido”, da politica nacional da proterção social e da sua estratégia de implementação.

Inoussa Kabore reafirmou o compromisso das Nações Ujnidas de implementação da PNPS, em benefício da  Guiné-Bissau e da sua população.

“Vamos   trabalhar juntos para que cada indivíduo beneficie da proteção e das oportunidades  a que tem direito, fortalecendo a coordenação, a implementação o seguimento , operacionalizando as recumendações emitidas”, afirmou Inoussa Kabore.

Os dois paneis abordaram temas sobre  Sistema Nacional de Segurança Social Obrigatório, Regime Contribuitivo e Sistema de Segurança Social do Regime não contribuitivo. ANG/LPG//SG

quarta-feira, 23 de abril de 2025

Justiça/Advogada do Presidenta da LGDH garante que  seu constituinte está livre e vai continuar a colaborar com  Ministério Público

Bissau, 23 Abr 25 (ANG) – A Advogada do Presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH) Bubacar Turé, garantiu hoje que o seu constituinte já se encontra em liberdade como cidadão, e que vai continuar a colaborar com o Ministério Público (MP), na investigação da denúncia que fez sobre alegadas mortes de pacientes em tratamento de hemodiálises.

Beatriz Furtado, falava à imprensa, depois de uma audição de Bubacar Turé no Ministério Público , no âmbito da denúncia sobre alegadas mortes dos pacientes submetidos ao tratamento hemodiálise no Hospital Nacional Simão Mendes.

A saída a advogada disse  que a  audição correu normal, e que resta agora ao Ministério Público (MP), continuar com as investigações da denúncia feita, para apurar a verdade .

“Como podem ver, o Presidente da LGDH, Bubacar Turé está livre e vai regressar à sua casa,  assim como retomar as suas atividades como sendo homem que luta pelos direitos humanos”, disse a advogada.

Beatriz Furtado acrescentou  que durante a audição não houve nenhuma ameaça de detenção de Bubacar Turé por parte do Magistrado detentor do processo, por razões de  falta de elementos.

“Manifestamos a vontade de continuar a colaborar com a Justiça, para poder apurar a veracidade da denúncia”, disse Beatriz Furtado.

A audição foi marcada pela  presença de activistas de diferentes organizações de defesa dos Direitos Humanos, vestidos de camisolas com a imagem de Bubacar Turé e dizeres em defesa dos  direitos humanos, em vigília silenciosa para exigir a justiça e segurança ao Presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos, que há mais de uma semana se encontrava em lugar incerto.

“Somos todos Bubacar Turé Mexeu com um defensor dos direitos humanos, mexeu com todos!” Lê -se nas camisolas dos ativistas.

O Presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos, aquando da sua participação no ateliê de restituição do Fórum dos Mídias contra a violência nas mulheres e crianças, disse que todos os pacientes submetidos ao tratamento  de hemodiálise no Hospital Nacional Simão Mendes (HNSM) faleceram.

Em entrevista por escrito ao Jornal o Democrata, no passado dia 15 de abril de 2025, o Presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH), Bubacar Turé, afirmou que está perante a situação de ameaças e tentativas de sequestro.

“Sou a pessoa mais procurada neste momento”, o objetivo do regime é claro, prender e levar-me ao Ministério do Interior para ser submetido às sessões de tortura”. Declarou Turé.

Em nota à imprensa do Gabinete de Imprensa e Relações Públicas do Ministério Público (GIRPMP), datada de 16 de Abril, considerou, de “infundadas e falsas”, as informações segundo as quais o presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos, Bubacar Turé, esteja a ser perseguido, pelas autoridades judiciais.

Informa que, por se tratar de uma denúncia de crime público, o Ministério Público por conhecimento próprio, ordenou nos termos da lei, a abertura de um competente procedimento criminal com o fito de investigar a verdade  material dos factos constantes na denuncia do Presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH)ANG/LLA/ÂC//SG   

Sociedade/Primeiro-ministro reafirma compromissos de proteção dos cidadãos contra   ameaças ao direito à  vida digna

Bissau, 23 Abr 25 (ANG) –  O Primeiro-ministro reiterou hoje o  compromisso do Governo de reforçar os mecanismos de proteção dos guineenses contra os riscos que ameaçam o direito a uma vida digna, livre do medo, do combate à fome ou  dificuldades de acesso aos serviços essenciais de saúde e educação.

Rui Duarte Barros falava na cerimónia de  lançamento da Politica Nacional da Proteção Social(PNPS),  apresentado pelo Diretor-geral da Politica Nacional da Proteção Social, Orlando Mendes.

A PNPS contempla cinco pilares, sendo o primeiro -  a redução da pobreza, da vulnerabilidade e da desigualdade, crescimento Inclusivo e reforço da resiliência para fazer face aos choques.

O  Segundo destaca a   promoção do acesso à serviços essenciais de educação e saúde e o desenvolvimento do capital humano.

O terceiro pilar, visa a extensão e reforço da proteção social contributiva, o quarto tem a ver com a Prevenção e resposta aos riscos de violência, abuso, exploração, discriminação e exclusão social e o quinto e último Pilar, prevê  o fortalecimento da capacidade Institucional, coordenação e financiamento da proteção social.

Rui Barros disse que o documento se fundamenta num consenso amplo, com raízes fortes, na  cultura sobre a necessidade de se estabelecer mecanismos efetivos de proteção dos indivíduos e famílias mais vulneráveis.

“A  proteção social é concebida como o conjunto de mecanismos públicos para prevenir, minimizar e atenuar os riscos sociais - de perda de rendimento ou meios de subsistência, de pobreza e de privações de acesso aos serviços essenciais”, disse o chefe do Executivo.

Rui Duarte Barros  acrescenta que a proteção social é um direito fundamental consagrado na Constituição e nos princípios das Nações Unidas, por isso afirmou que esta política representa um compromisso do Governo com os mais vulneráveis.

Reconheceu que a pobreza, a vulnerabilidade e a exclusão social continuam a afetar uma parte significativa da  população, à semelhança do está ocorrer em muitos países, daí a necessidade de uma política de proteção social, enquanto ferramenta  para combater  fragilidades e  garantindo que nenhum cidadão ficasse   fora da proteção do Estado.

Segundo  Duarte Barros , o documento  estabelece um conjunto de princípios e programas, destinados a oferecer apoio às camadas mais vulneráveis da  sociedade, no que concerne a proteção social, da cidadania, assim como, interpela ao setor privado à um maior cumprimento das suas obrigações enquanto empregador, para com a segurança social dos seus trabalhadores.

“A proteção social é um investimento no nosso povo e no futuro da nossa Nação. Quando protegemos os mais frágeis, estamos a construir uma sociedade mais coesa e um país mais forte”, disse o Primeiro-ministro.

Disse que a implementação desta política exige o envolvimento de todos, para dizer que não se trata de um compromisso só do Governo, mas sim,   um pacto nacional,  que exige coordenação, transparência e uma gestão eficaz dos recursos. “Um pacto  que convoca todos os setores, público, privado, ONG'S, comunidades, a contribuírem para a construção de uma sociedade mais coesa”, acrescenta.

 Rui Barros assegurou que o Governo irá monitorizar os resultados da implementação desta política e garantir que os benefícios cheguem a quem mais precisa .

Destacou o papel crucial das comunidades locais, das organizações religiosas e dos líderes tradicionais para o sucesso da PNPS , “se for construída de baixo para cima, ouvindo as vozes dos que mais precisam. ANG/LPG/ÂC//SG

Sociedade/ Governo e  Nações Unidas lançam Politica Nacional de Proteção Social

Bissau, 23 Abr 25 (ANG) – O  Governo, em parceira com o Sistema das Nações Unidas, procederam hoje a apresentação e lançamento da Politica Nacional de Proteção Social e da sua  Estratégia de Implementação para 2025-2029, aprovadas em Junho de 2024, pelo Conselho de Ministros.

No acto, em nome das Nações Unidas, o representante  do Fundo das Nações Unidas para Infância (UNICEF), Inoussa Kabore sublinha que  a iniciativa representa um marco significativo no compromisso  do Governo e com o apoio das Nações Unidas, para a garantia do bem-estar e da dignidade de todos os  cidadãos.

Disse  que a proteção social é um conjunto de politicas e programas que visam prevenir ou proteger todas as pessoas da pobreza, vulnerabilidade e exclusão social, ao longo do seu ciclo de vida, com particular ênfase nos grupos vulneráveis

Inoussa Kabore diz que o impacto económico positivo da Política de Proteção Social +e irreversível, se essa política for bem estabelecida e implementada, porque, não só melhora o bem estar individual assim como contribui para um crescimento económico mais amplo  e para a estabilidade social.

Acrescentou que o investimento na proteção social é uma ação catalisadora de resultados satisfatórios, em várias áreas, tais como a  saúde, nutrição, educação, agricultura, justiça, emprego, água, saneamento e higiene e igualdade de género, o que, diz, não só impulsionará o desenvolvimento económico da Guiné-Bissau, mas também contribuirá para alcançar os objetivos da Convenção sobre os Direitos da Criança, garantindo assim um futuro melhor para cada criança.

Kabore assegurou que, para a Guiné-Bissau, a politica representa uma jornada para fortalecer o tecido social do pais, e  que é projetada para fornecer uma rede de segurança para os membros mais vulneráveis da sociedade, garantindo que ninguém fique para trás.

Afirmou que a implementação eficaz da politica e do seu plano  transversal   requere uma coordenação eficaz, razão pela qual solicitou uma liderança para ativar um Conselho Nacional de Proteção Social funcional, para coordenar a Proteção Social ao mais alto nível no Governo.

 “Em 2023-2024, um teste piloto do programa de proteção social apoiado pelas Nações Unidas envolvendo 10.500 crianças, mulheres e jovens vulneráveis. permitiu o pagamento de propinas escolares e o desenvolvimento de atividades geradoras de rendimento”, referiu Kabore.

Inoussa Kabore reiterou na ocasião  o compromisso  de apoiar o Governo na criação de uma base sólida para implementação de uma robusta proteção social na Guiné-Bissau.ANG/LPG/ÂC//SG