Regiões/ Rede Plus recomenda maior participação das comunidades nas questões ambientais no Arquipélago dos Bijagós
Bolama, 14 Abr 25(ANG) – A Rede Plus recomendou no último fim de semana a
promoção e participação massiva de
elementos da comunidade nos assuntos
ambientais do Arquipélago de Bijagós.
Os
participantes desse seminário ainda recomendaram o reforço de campanhas de
sensibilização dos atores implicados na exploração dos recursos marinhos e
florestais, e o cumprimento da lei da Pesca Artesanal que proíbe a existência de
acampamentos de pescadores.
A promoção de uma campanha
de Lobby e advocacia junto das autoridades regionais e central, para criação de
um gabinete de elaboração de projetos que promovem o desenvolvimento sustentável
da Ilha, o reforço de capacidades dos membros da rede das associações de base sobre
técnicas de elaboração de projeto e mobilização de fundos, foram outros pontos
constantes nas recomendações desse encontro de trabalho.
O Secretário Regional Administrativo
de Bolama/Bijagós, Queba Sanhá ,em representação do governador , agradeceu, no
ato de abertura, aos responsáveis do projeto pela inclusão da região nas áreas
de atuação do projeto , por estar a enfrentar os efeitos das mudanças
climáticas .
Sanhá pediu aos participantes do workshop para serem
interlocutores nas suas comunidades, a fim de sensibilizar mais elementos da
comunidade sobre questões de alterações climáticas, “porque é a própria ação do homem que contribui para essas
alterações .
Sanhá deu maior ênfase às associações
de base na sensibilização e mudança de comportamento nas comunidades e reconheceu
que essas são parceiras do Governo.
Sublinhou que não é possível
ter uma boa agricultura e boa colheita sem ter um bom ambiente para isso, e
defende que as questões ambientais devem merecer a preocupação de todos os
cidadãos da Guiné-Bissau.
Segundo
o Responsável do programa do Fundo das
Nações Unidas para Agricultura e Alimentação FAO, Mário Filinto dos Reis, a REDE
faz parte de um dos compromissos que o país assumiu no âmbito do Acordo de Paris, que abrange cinco países da sub-região.
Reis disse
que é importante que a Guiné-Bissau mude o seu sistema de produção devido à mudanças
climáticas, porque “tem todas as condições para consumir o que
produziu ao invés de importar produtos agrícolas”.
Lamentou a falta do engajamento do Estado no setor agrícola, e chama a atenção de que quando se pretende transformar o sistema de produção não se deve mexer com o meio ambiente.
“A preocupação de FAO é aumentar a produção sem prejudicar o meio ambiente”, disse,
acrescentando que “para se ter uma vida condigna deve-se passar pela utilização
sustentável dos recursos marinhos
assim como florestais”.
O
projeto REDE PLUS é financiado pelo Fundo Verde de Clima e opera em cinco países da África nomeadamente:
Guiné-Bissau, Benim, Gâmbia, Guiné Conacri e Serra Leoa, e tem a duração de 29 meses, e está a ser implementado pelo
Ministério do Ambiente, Biodiversidade e Ação Climática sob coordenação da FAO.ANG/SC/JD/ÂC//SG
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