Ambiente/”Projeto Ação Climática Feminista está a trabalhar para transformar a Sub-Região numa das zonas mais importantes de reserva de biosfera no mundo” diz Miguel de Barros
Bissau, 08 Abr 25 (ANG) –O
Director Executivo da ONG Tiniguena disse que o Projeto Ação Climática
Feminista em África Ocidental está a trabalhar para tornar a Sub-Região
uma das zonas mais importantes de reserva de biosfera, e de um modo de
vida que permite contribuir para um mundo mais saudável.
O Diretor Executivo da
Tiniguena disse que o referido ateliê marca um momento importante para todos
os participantes, uma vez que vai possibilitar
uma reflexão sobre as
problemáticas que os afetam.
“Servirá ainda para
trocarmos a experiência sobre as metodologias que temos utilizados no trabalho
de transformação das comunidades, mas sobretudo a possibilidade de construção
de uma agenda comum, que permite enfrentar as desigualdades que afetam as
mulheres e meninas”, disse.
“Hoje, enfrentamos problemas enormes. Segundo
os dados avançados pelas Nações Unidas (NU), relativamente a agricultura e a
clima, a África é das regiões mais impactada com as mudanças climáticas, mas a
África Ocidental tem uma caraterística mais particular. É que até 2050, se a nossa zona continuar com o
mesmo ritmo de produção económica e de modelo financeiro global, estima-se que vamos perder 80 por cento das terras aráveis,
e isso terá um impacto enorme na agricultura
”, destacou Miguel de Barros.
Segundo o Coordenador ,
Emanuel José Gomes Ramos, a “Ação Climática
Feminista” é um projeto que visa criar capacidades de adaptação das mulheres e jovens aos efeitos negativos das mudanças climáticas.
“Para enfrentar este
desafio, estrategicamente foi usada o método de reforço das capacidades em termos de produção agrícola, através
de um modelo de produção Agro-ecológico”, que visa o reforço das capacidades
das mulheres em termos de tomada de
decisões, para poderem contribuir, significativamente, no que diz respeito a
governação de recursos naturais da sua zona”, disse Gomes Ramos.
Açâo Climática Feminista opera em seis ilhas do território nacional, concretamente
Nago, Tchiniâ, Formosa, Orango, Canhabaque e Uno, e ainda na ilha de Galinha, e apoia grupos de mulheres com motores de pirogas,
para facilitar o transporte dos seus produtos.
“Na zona costeira estamos em
complementaridade com outros projetos de Tiniguena, que trabalham ligados à
comunidade de Quinará, zona Sul do país, no domínio da limpeza de mangais. Promovemos
a capacitação dos jovens na maneira de tratar os mangais, desde a limpeza até a plantação, para que os mesmos
possam continuar a preservar essa
riqueza”, disse Ramos.
Durante o
encontro, serão analisados os progressos
e desafios após dois anos de implementação do projeto, especialmente o plano de
advocacia e as experiências relacionadas com o género, e ainda proceder a
definição das abordagens e estratégias
para a COP 30, no Brasil e próximas atividades de advocacia.ANG/LLA/ÂC//SG
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