segunda-feira, 18 de fevereiro de 2019

Eleições


Órgãos de comunicação social guineense assinam Código de Conduta de cobertura da campanha

Bissau, 18 Fev 19 (ANG) – Os responsáveis dos órgãos de comunicação social guineense assinaram sexta-feia na Assembleia Nacional Popular (ANP), o Código de Conduta de cobertura eleitoral que defende respeito inequívoco à Constituição da República, as leis ordinária em vigor e das que regulam o sector.

No acto testemunhado pelos representantes da mesa da ANP, do Governo, Sinjotecs e a Ordem dos Jornalistas e representantes dos órgãos de comunicação social, o presidente do Conselho Nacional da Comunicação Social (CNCS), Ladislau Embassá disse que a assinatura serve para reforçar o princípio de cumprimento das normas pelas média do país.
"Este Código irá permitir aos profissionais  exercerem de modo responsável e cumprindo com as leis e o  código  assinado" afirmou.

Este responsável apelou aos órgãos a se absterem de acções que possam  incendiar ainda mais o clima político tenso do país na campanha eleitoral e considerou o trabalho dos jornalistas como um instrumento principal e importantíssimo no processo eleitoral.

Embassá afirmou estar confiante de que os conteúdos que consta no Código vão ser adoptados e cumpridos na íntegra.

Exortou a classe política a se absterem de pressões ilegítimas aos jornalistas para permitir aos profissonais da comunicação social trabalharem sob orientação da Lei  da imprensa e “que saibam que os jornalistas não são os seus súbditos mas sim  pertencem a uma classe nobre que tem missões específicos consagradas na lei”.

Segundo o presidente de CNCS, mesmo com enormes dificuldades reconhecidas no sector, os jornalistas devem assumir a missão de comunicar o projecto de todos os partidos de acordo com a Lei, sensibilizar e conscientizar os eleitores para que no ato da votação possam tomar uma decisão sólida facilitada pela  boa comunicação sobre os projectos ou programas de partidos feitas durante a campanha pelos jornalistas.

Em declarações prestadas a margem da cerimónia, a Presidente do Sindicato de Jornalistas e Técnicos de Comunicação Social (SINJOTECS), Indira Correia Baldé disse que a assinatura do Código de Conduta, vem demonstrar a fragilidade do sector de comunicação social no país.

Segundo ela, se não houvesse a fragilidade esse ato não teria lugar, porque todos os profissionais estariam a exercer normalmente e cumprindo com as leis que regulam a profissão.

"O sucesso dessas eleições depende 95 por cento dos órgãos de comunicação social e com um bom trabalho dos seus profissionais" afirmou presidente do SINJOTECS.

Exortou os órgãos de comunicação social a respeitarem o Código ora assinado, assim como a todas as demais leis que regem a classe jornalística no país.

Ainda alertou aos profissionais a se absterem de ser “bengalas e porta-vozes” dos candidatos e partidos políticos, e que  sejam difusores da verdade, com base na imparcialidade, isenção e com responsabilidade.

Disse que as condições dos trabalhos não são boas, mas que isso não sirva de  desculpas para transformar os instrumentos de trabalho para atingir as honras e dignidades das pessoas em troca de algum benefício.

Indira Baldé salientou  que a sua organização existe para defender os seus membros, e que só os defenderão em verdades, porque o jornalismo tem um compromisso com a sociedade.

“O dever de cumprimento das leis deve ser o dia-a-dia dos profissionais da comunicação social e não só nas eleições ou em casos especiais”, destacou.

O Código de conduta na cobertura das eleições legislativas assinado recomenda, entre outras, que à todos os concorrentes sejam dadas oportunidades iguais de cobertura jornalística, tanto por órgãos estatais como por privados; os jornalistas devem pautar o seu comportamento pelo respeito aos princípios da neutralidade, e da objectividade em relação à disputa eleitoral.
ANG/CP/AC//SG


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