Movimento de Apoio à Jomav acusa Aristides Gomes de
insinuar golpe de Estado
Bissau,24
Out 19(ANG) – O vice-presidente do Movimento de Apoio Político à José Mário
Vaz(Jomav), acusou o primeiro-ministro, Aristides Gomes de insinuar o golpe de
Estado para permitir a entrada da nova força militar estrangeira no país.
Mussa Turé |
“A
invenção de golpe de Estado visa unicamente facilitar a entrada no país de
força militar estrangeira para servir uma missão concreta à favor do Partido
Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde(PAIGC) e do seu Governo”,
afirmou Mussa Turé quarta-feira em conferência de imprensa.
Disse que
a entrada de qualquer outra nova força militar no país tem que ser por via
legal e nunca com base em outras intenções.
“Temos informações de que o PAIGC e seu
primeiro-ministro Aristides Gomes estão a fazer diligências para solicitar
entrada da nova força militar estrangeira na Guiné-Bissau e nós não vamos admitir
isso, vamos rejeita-lo de uma forma legal”, explicou.
Mussa
Turé sublinhou que a intenção da vinda da nova força militar estrangeira no
país visa essencialmente satisfazer a vontade do PAIGC de forma a vencer as
próximas eleições e fazer vincar o “seu sistema de ditadura e tirania na
Guiné-Bissau”.
Em
relação ao preparativos do processo eleitoral de 24 de Novembro, o vice
presidente do Movimento de Apoio Político á Jomav denunciou o que considera de “manobras
para substituir algumas pessoas no Gabinete Técnico de Apoio ao Processo
Eleitoral(GTAPE) e na Comissão Nacional de Eleições(CNE)”.
“Na minha
opinião, essa manobra tem como finalidade inverter os resultados eleitorais em
todas as Assembleias de Votos onde o candidato do PAIGC não vier a conseguir
bons resultados”, disse.
No que
toca a situação do eventual encerramento da Rádio África FM, Mussa Turé
sublinhou que os políticos guineenses têm que ajudar aos jornalistas e os respectivos órgãos de
comunicação social porque são eles que informam tudo o que está a passar.
“Qual é o
político deste país que pode conseguir uma informação sem contar com a
comunicação social. Mas quando o regime não está a lhes favorecer, entendem que
devem ter a imprensa como inimigo”, disse.
Disse que
a conquista da liberdade de expressão custa grande luta de um Povo, em
particular do actual Presidente da República José Mário Vaz.
“Hoje em
dia, o Aristides Gomes e o seu Governo não podem pôr em causa essa conquista.
Porquê que algumas rádios que insultavam as autoridades na altura não foram
encerradas”, questionou.
Disse que
querem silenciar a Rádio África FM porque é a única voz crítica do actual
poder.ANG/ÂC//SG
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