Novo Primeiro-ministro diz que prioriza realização de eleições presidenciais
na data marcada
Bissau,30 out 19 (ANG)
O novo primeiro-ministro, Faustino Fudut Imbali, nomeado por um decreto que a
CEDEAO considera “ilegal”definiu terça-feira como prioridades do seu governo
realizar eleições presidenciais em 24 de Novembro, combater a corrupção e
tráfico de droga e garantir paz e estabilidade no pais.
No seu discurso de
tomada de posse, na Presidência da República , o chefe do governo referiu que o
seu executivo “ terá como principal missão a realização de eleições
presidências, marcadas para 24 de Novembro”.
“Eleições que, por
imperativo da nossa função como chefe do governo seremos intimados a levar a
cabo, com a maior isenção possível e transparência, imparcialidade, liberdade, sapiência
e sempre imbuído de sentido de Estado e de responsabilidade.
O primeiro-ministro
salientou também que “ o diálogo será a palavra de ordem no relacionamento do
governo com os partidos políticos e com os candidatos às eleições
presidenciais”.
O Presidente da
República cessante e candidato às
presidenciais de novembro, José Mário Vaz demitiu no segunda-feira o governo liderado
pelo Aristides Gomes, após uma reunião do Conselho de Estado, justificando a
decisão com o que considera “ uma grave crise política” que põe em causa “o
normal funcionamento das instituições da república” e nomeou terça feira
Faustino Imbali para o substituir.
Aristides Gomes não
acata a decisão, que vários juristicas
consideram de “ilegal”, e conta com
apoio da CEDEAO que em comunicado na terça-feira declara apoio total ao
Aristides Gomes e seu governo.
O prolongamento da
estada de José Mário Vaz, cujo mandato terminou a 23 de junho , na presidencia
da República foi objecto de um consenso alcançado na cimeira de chefes de
Estados e de Governos da CEDEAO, realizada em Junho passado, em Abuja, na
Nigéria.
A cimeira decidiu que
José Mário Vaz, não obstante a caducidade do seu mandato, permaneceria no poder
até a eleição do novo presidente da República mas sem poderes para produzir
decretos presidenciais, e que o governo permaneceria em funções até as
presidencias de novembro.
ANG/Lusa
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