terça-feira, 29 de outubro de 2019

Política


Governo responsabiliza José Mário Vaz por todas as consequências da sua “tentativa de desestabilização do país”

Bissau, 29 out 19 (ANG) – O governo liderado por Aristides Gomes responsabilizou hoje o Presidente da República cessante e candidato as presidenciais de novembro e todos os partidos políticos da minoria parlamentar pelas consequências que poderão resultar destas suas “tentativas de desestabilização do país”.

 A reacção do Executivo foi tornado público após uma reunião extraordinária do Conselho de Ministros, e se refere a demissão do governo decretado por José Mário Vaz segunda-feira a noite mas que foi  rejeitada pela CEDEAO, entidade que medeia a crise política na Guiné-Bissau instalada em 2015 com a demissão do Governo  do PAIGC, dirigido por Domingos Simões Pereira.

O colectivo ministerial repudia em comunicado o que considera ser intenção do presidente cessante de instalar um “clima de desordem total”, contribuindo assim para  interromper o processo das eleições presidenciais, previstas para 24 de novembro.

 O Conselho de Ministros exorta as Forças da Defesa e Segurança no sentido de se manterem equidistantes da situação prevalecente e  assumirem a sua natureza republicana, reconhecida e louvada pelo povo e pela comunidade internacional.

Ainda exorta as forças de segurança  no sentido  assumirem as suas responsabilidades no actual contexto, garantindo a ordem e segurança necessárias ao normal funcionamento dos departamentos governamentais.

O governo dirigido por Aristides Gomes reiterou a sua determinação de prosseguir, em colaboração com a Comunidade internacional, a organização e realização das  eleições presidenciais previstas para  24 de novembro, e a implementação do seu Programa de Governação , aprovado pela maioria dos deputados, a 15 de outubro em curso.

Dirigindo-se à população do país, em particular aos habitantes  de Bissau, o Governo apela para que se mantenham  calmos e serenos evitando actos susceptíveis de pôr em causa o clima  de estabilidade e paz por todos almejado.

Em relação aos incidentes de sábado, decorrente da marcha não autorizada de partidos da oposição, o executivo defende um inquérito internacional sob auspícios das Nações Unidas e da  CEDEAO para se apurar as circunstâncias da morte  do cidadão Demba Baldé, apresentado pelos organizadores da marcha como a vitima mortal da violência policial contra  os que contestavam  o processo eleitoral em curso. 

 ANG//SG

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