Presidente
da República condena repressão policial contra manifestantes
Bissau, 28 out 19 (ANG) – O Presidente da
República condena e repudia a repressão das
forças da polícia contra uma marcha pacífica de cidadãos, que diz não constituir
uma ameaça à segurança às instituições e que contribui rapidamente para a
ruptura da paz social.
José Mário Vaz dirigia uma mensagem à Nação, na
sequência de uma macha de protesto contra o andamento do processo das eleições
presidências que decorreu sábado, em Bissau,
e que resultou, supostamente, na morte de um cidadão de nome Demba Baldé e
vários feridos.
A referida marcha foi organizada por três partidos políticos, nomeadamente
Assembleia do Povo Unido- Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB), o
Partido da Renovação Social (PRS) e Movimento para Alternância Democrática
(MADEM-G15).
José Mário Vaz disse que esta actuação se afasta
dos valores que tem promovido, semeando más crispação e discórdia,
agravando as desconfianças em relação ao processo de preparação de eleição
presidencial.
O Presidente República considera de vergonhoso a
actuação das forças da ordem, e reitera o seu compromisso de estar sempre ao
lado do povo, e em defesa do interesse nacional para a construção de uma
sociedade na base de irmandade, paz,
liberdade e progresso para todos os guineenses, sem excepção e sem destinção.
Acusou o governo de não só não garantir a
segurança dos cidadãos, como violenta e que abusivamente põe em causa a
segurança e a integridade física dos mesmos, e que não está igualmente a servir
os interesses da nação guineense.
José Mário Vaz referiu que no passado dia 22 do corrente mês a
presidência da República advertiu e instou o governo a assumir a
responsabilidade plena pelos seus actos e pela forma fracturante como vem
conduzindo matérias tão sensíveis e determinantes para o futuro do país.
Na
altura, o chefe de Estado guineense disse que “qualquer perturbação da ordem
vigente será de exclusiva responsabilidade do governo. Não é hora de se tocar
tambores com facas”, refere.
O Presidente da República disse que apesar dos
desmandos, das atitudes violentas e provocações contra as forças policias em
inúmeras manifestações, promoveu sempre a calma e a contenção das forças de
ordem, em defesa da paz civil e da tranquilidade interna sempre que tiver uma
abertura para o diálogo, alegando ser um presidente que não quer sangue no chão
da Guiné -Bissau e que quer concretizar
uma ruptura com o passado de violência e de matanças.
Por isso, convidou o Primeiro-ministro a
retirar as consequências políticas desse acto ocorrido no sábado passado.
José Mário Vaz destacou ainda que ao longo dos
cinco anos do seu mandato nunca poupou esforços para transformar definitivamente a
Guiné-Bissau num país de tolerância, paz
, diálogo e de sã convivência entre os guineenses, sem ódios, sem rancores e
sem violência.
A macha de protesto contra o governo e o
andamento do processo de eleições presidências foi organizado por partidos
políticos da oposição, que denunciaram ter havido um morto em consequencia de
violência policial.
As autoridades policiais negam ter usado
violência contra manifestantes, que pudesse provocar a morte, a não ser para os dispersar. ANG/LPG//SG
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