Inaugurado
Centro de Processamento de Caju para produzir cerca de 300 toneladas de
amêndoa/ano
Bissau,23 Dez 19(ANG) – O
sector de Bissorã, região de Oio, norte do país, conta desde sexta-feira com um
Centro de Processamento de cajú, com capacidade de produzir cerca de 300
toneladas de amêndoas.
“Estamos hoje aqui em Bissorã, para testemunhar a criação de mais
uma unidade de processamento de caju,
construída de raiz e que vai gerar mais de 100 postos de emprego e capacidade
para produzir cerca de 300 toneladas de amêndoa por ano”, revelou o chefe de
Gabinete da ministra da Agricultura e Florestas, quando presidia o acto
inaugural do referido Centro.
Rui Fonseca disse que o sector de Bissorã e a Guiné-Bissau em geral está de parabéns
pelo registo de mais uma unidade de processamento de caju.
“Quero saudar a direção da
ONG Associação de Ajuda de Desenvolvimento do Povo para Povo-Guiné-Bissau(ADPP),
pela escolha de Bissorã para implantar esse Centro, no exercício das suas
actividades, em todo o território nacional”, enalteceu.
Rui Fonseca saudou igualmente
a União Europeia, entidade financiadora
do Centro e todas as personalidades presentes na cerimónia, com destaque para
as agricultoras de Bissorã, que assumiram o desafio juntamente com a ADPP de
transformar a amêndoa de caju em riqueza nacional.
O chefe de Gabinete da
ministra de Agricultura disse que a castanha de cajú é a primeira fonte de
rendimento das famílias rurais e principal produto de exportação da
Guiné-Bissau, representando 90 por cento das exportações e 17 por cento das
receitas do Estado.
Informou que o caju cobre 47
por cento das superfícies agrícolas e dá ocupação à 80 por cento de
agricultores, constituindo uma actividade estratégica para a criação de emprego
e redução da pobreza.
Fonseca disse que as
principais dificuldades que os actores da fileira de caju enfrentam são, o
fraco enquadramento técnico das produtoras, a pouca transformação e a falta de
informação dos comerciantes sobre a situação do caju no mercado internacional.
Vista exterior do Centro |
Por sua vez, Umo Bari, em
representação do Director Executivo da ADPP-Guiné-Bissau, afirmou que, quando
iniciaram o referido projecto em 2016, tinham traçado como objectivo específico,
a melhoria da segurança alimentar e a geração de rendimento das populações
rurais de Bissorã.
Afirmou que, no quadro do
presente projecto, foram formados 40 alunos na área de agropecuária com
especialização em caju, acrescentando que, hoje em dia, o Centro de Processamento
de Cajú que entrou em funcionamento no ano passado, já produziu até 120 toneladas de amêndoa.
O Centro tem actualmente 21
funcionários dos quais 8 mulheres, e 69 estagiários com direito ao subsídio dos
quais 54 mulheres.ANG/ÂC//SG
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