Bissau,23
Dez 19(ANG) - A França e
oito países da União Económica e Monetária da África Ocidental (UEMOA)
anunciaram no sábado, 21 de dezembro, um acordo para pôr fim ao franco CFA,
moeda adotado desde o tempo colonial.
Esta “reforma histórica”, como lhe chamou o Presidente
francês, foi anunciada no sábado, durante a visita de Emmanuel Macron à Costa
do Marfim.
O franco CFA vai passar a chamar-se Eco,
anunciou o Presidente marfinense, Alassane Ouattara, em nome de oito países
africanos: Benim, Burkina Faso, Costa do Marfim, Guiné-Bissau, Mali, Níger, Senegal
e Togo.
“Decidimos uma reforma do franco CFA com
três alterações principais, entre as quais a mudança de nome”, “o fim da
centralização de 50 por cento das reservas no Tesouro francês” e “a retirada de
França das instâncias de governança em que está presente”, explicou Ouattara,
em conferência de imprensa, acompanhado por Emmanuel Macron.
“O Eco terá vida em 2020, congratulo-me
com isso”, disse Macron, assumindo que a França quer uma relação
“descomplexada” com a África Ocidental.
A futura moeda “ECO” que vai circular em
2020, sem data precisa, nos 15 países da CEDEAO, conserva a taxa de câmbio com
euro (1 euro = 655,96 francos CFA).
Trata-se evitar os riscos de inflação
(presente nos outros países de África), explicou o presidente marfinense
Alassane Ouattara.
De referir que a Guiné-Bissau aderiu ao
Franco FCA em 1997, data em que deixou de usar o “Peso”, moeda nacional adotado
em 1975.
Esta moeda comum nos oitos países da
UEMOA evoluiu ao longo dos tempos mas sempre conservou o seu acrónimo “CFA”. Foi
inicialmente adotado por General de Gaulle em 25 de dezembro de 1945 como
Franco das “Colónias Francesas de África”.
Em 1958 passou a ser designado por
Franco de “Comunidade Francesa de África”. E depois das independências de
países colonizados, em 1962 passa a ser até a data presente Franco “Comunidade
Financeira de África”.ANG/ LUSA, RFI, Le Figaro
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