Universidade de Alicante de Espanha promove acções de
formação às mulheres das organizações juvenis
Bissau,
03 Dez. 19 (ANG) - A Universidade de
Alicante de Espanha através de Rede Nacional das Associações Juvenis (RENAJ), e
em parceria com a Organização Dunia Musso promovem durante sete dias acções de
formações às mulheres de diferentes organizações juvenis do país.
Em
declarações à ANG, Modesta Salazar, da Universidade de Alicante de Espanha
afirmou que a formação se realiza no quadro da parceria com a ONG Dunia Musso, que
em dialecto mandinga significa “mulher do mundo”, uma organização formada pelas
mulheres bascos navarros de Espanha e africana, na pessoa de Fátima Djara Sane
da Guiné-Bissau.
Salazar
declarou que a organização trabalhou dois anos em Espanha na formação de
profissionais de saúde, salientando que, querem formar a população da Guiné-Bissau,
constituida maioritariamente por mulheres, para sensibilizá-las sobre as
práticas nefastas à sua saúde, entre as quais a mutilação genital feminina.
Por sua
vez, Fátima Djara Sane, presidente da organização Dunia Musso, explica que o
projecto começou no mês de Agosto de 2019 com a intervenção nos temas ligados a
mulher e a saúde, abrangendo 150 mulheres de diferentes organizações em todo país.
"Pensamos
que, as mulheres vão ficar sensibilizadas com esta formação que estamos a
promover, porque através das dúvidas que colocam, dá para perceber que estão a
assimilar conhecimentos que elas mesmas
vão poder transmitir nas suas comunidades”, explicou.
Acrescentou
que a formação terá efeito multiplicador porque as participantes estão a
receber bem as informações.
Teresa
Na Sum, uma das beneficiadas da formação, disse estar satisfeita com a mensagem
que recebeu, porque conseguiu aprender sobre muitas coisas que não sabia
relacionadas a saúde reprodutiva e a violação de direito da mulher.
"Hoje
aprendi como estão certas coisas na prática e como posso evitá-las sem cair em
perigo. Também vou transmitir a mensagem na minha comunidade para que as
mulheres que não tiveram a oportunidade de estar nesta formação, poderem ter
essas informações," disse Na Sum.
Modesta Salazar disse que escolheu a Guiné-Bissau para trabalhar porque já tinha tralhado no projecto de
reabilitação do hospital de São Domingos, na região de Cacheu norte do país, durante
2 anos e também porque conheceu Fátima Sane, que é uma mulher que trabalha para
apoderamento das mulheres da Guiné-Bissau.
A
formação vai decorrer durante 7 dias com mulheres de diferentes organizações,
Bairros de Bissau e estudantes de diferentes Universidades públicas e privadas
da Guiné.ANG/MI/ÂC//SG
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