Justiça/PGR nega estar envolvido em “crimes de
sangue” ocorridos no país
Bissau, 14 Mai 20 (ANG) - O
Procurador Geral da República (PGR) considerou hoje de falsas as acusações que
06 partidos políticos nomeadamente, (PAIGC,PND,UM, PUN, PCD e MP), fizeram quarta-feira contra a sua pessoa, segundo as
quais ele(PGR) está envolvido em alguns crimes de sangue ocorridos no país.
Fernando Gomes que falava em
conferência de imprensa disse que enquanto PGR fará tudo para combater a corrupção na Guiné-Bissau
“doa a quem doer”.
“Estou ciente de que quem
não deve não teme, por isso, estou tranquilo face as acusações que 06 partidos
políticos fizeram contra a minha pessoa. Não sou criminoso e nem pretendo sê-lo”,
disse Fernando Gomes.
O PGR disse que, se
realmente os acusadores têm provas sobre as acusações que o fizeram, só
precisam recorrer ao Ministério Público para pedir a Justiça, uma vez que ele
carece de imunidade que lhe impeça responder perante os actos de crime que
cometeu.
“De certeza as pessoas
ficaram com medo só porque digo que a prioridade do Ministério Público irá acentar
na luta contra a corrupção que se verifica na Guiné-Bissau, e optaram logo por
fazer acusações infundadas. Não vou desistir com o trabalho de melhorar a
situação do país”, garantiu aquele responsável.
Gomes revelou que já começaram a receber denúncias de casos de corrupções e que estão a
investigar as mesmas para que possam apurar as suas veracidades.
O Procurador garantiu que no
que concerne os seus trabalhos contra os casos de corrupções vão começar a
actuar ao nível do próprio Ministério Público para depois atingir as outras
instituições.
Alegou que,
por não ser criminoso, foi o promotor da Luta Contra a Pena de Morte no país,
que resultou no fim dessa prática.
Questionado sobre o que fará
para combater o crime de sangue na nação guineense, respondeu que não pode
falar sobre o assunto uma vez que acabou de ser nomeado e nem se quer teve
tempo para analisar alguns documentos.
Acrescentou que o Ministério
Público está de porta aberta para receber qualquer tipo de denúncias e
reclamações e que devido a isso, as pessoas devem ter a coragem para pôr tudo
em ordem.
Seis partidos políticos da Guiné-Bissau
consideraram, numa carta enviada à Comunidade Económica dos Estados da África
Ocidental, a nomeação do novo procurador-geral da República (PGR) como um
"atentado aos direitos humanos".
Na carta, dirigida ao presidente da comissão da Comunidade Económica dos
Estados da África Ocidental (CEDEAO), Jean-Claude Kassi Brou, os seis partidos
relembram à organização sub-regional, que tem mediado a crise no país, que
durante período em Fernando Gomes foi ministro do Interior da Guiné-Bissau,
foram assassinados o anterior Presidente João Bernardo “Nino” Vieira, o chefe
das Forças Armadas, general Tagmé Na Waie, e Hélder Proença, Baciro Dabó e
Roberto Cacheu.ANG/AALS/ÂC//SG
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