Ensino/Governo anuncia abertura de novo ano escolar “sem abandono por dificuldades financeiras”
Bissau, 05 Out 20(ANG) – O Governo pretende ter um sistema educativo inclusivo e que seja capaz de garantir que nenhuma criança, adolescente ou jovem abandone o sistema de ensino devido as dificuldades financeiras.
Segundo o jornal Nô Pintcha, o anúncio foi feito recentemente pelo ministro da Educação Nacional e Ensino Superior, Ariceni Jibril Baldé, na cerimónia de
encerramento do ano letivo 2019/20 e abertura do novo ano escolar, prevista para esta segunda-feira, 05 de Outubro.Jibril Baldé afirmou que o objetivo do governo é construir uma educação de qualidade onde todos tenham igualdade de oportunidades na construção do seu futuro, e combater , com eficácia, o abandono escolar.
Disse que o foco continua a ser o cumprimento dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, nomeadamente a Educação de qualidade, a igualdade do Género, o emprego e trabalho decente, a inovação e a redução das desigualdades.
“Queremos uma Guiné inclusiva e com igualdade de oportunidades entre as pessoas e entre as regiões, e construir um futuro onde os professores, do pré-escolar ao superior, estejam motivados, empenhados e com competências adequadas para formar um cidadão cosmopolita com valores da democracia e exercício pleno da cidadania”, assegurou.
Arceni Baldé acrescenta que pretende-se continuar a resolver os pendentes no ensino, nomeadamente, o processo de reclassificação, a atribuição de subsídios pela não redução da carga horária e o ajustamento gradual do salário.
Afirmou que este novo ano letivo que arranca hoje(05), ficará marcado pelo reforço da autonomia das escolas básicas e secundárias, com a afetação de recursos financeiros a cada escola, de acordo com o número de alunos matriculados, o que lhes permitirá responder às necessidades de implementação do Plano Curricular e do próprio Plano de Contingência.
Aconselhou aos professores a terem maior responsabilidade na elaboração dos conteúdos que serão ministrados e avaliados com maior consciência da necessidade da interação entre a escola e os parceiros sociais, para que possam ter escolas onde o resultado da avaliação dos estudantes esteja em conformidade com a real competência dos alunos e nas quais professores e gestores não desvirtuem nunca o carácter da sua nobre missão.
Lamentou a fraca oferta de infraestruturas escolares, situada abaixo da grande demanda resultante do crescimento demográfico, e salientou que o Estado vem fazendo ao longo dos anos um enorme esforço de construção e apetrechamento das escolas do ensino primário.
Em relação a pandemia Ariceni Baldé disse que a postura neste início do ano é de dar continuidade à luta titânica contra a covid-19, mas também conquistar o conhecimento e saberes, “saber fazer, saber estar e saber ser.”
Disse que por isso, foi aprovado pelo Conselho Diretivo, o lema: “estabilizar o sistema educativo perante a pandemia de covid-19”.
Da
representante adjunta do UNICEF no país, Ainhoa Jaureguibeitia, o ministro da
Educação recebeu garantias de continuação de esforços na mobilização de fundos
para manter as escolas seguras e com capacidades para lutar contra a Covid-19. ANG/JD/ÂC//SG
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