segunda-feira, 5 de outubro de 2020

 UNESCO/Secretária-geral  apela aos governos a adoptarem legislação sobre o acesso à informação

Bissau, 05 Out 20 (ANG) -  A secretária-geral
da Unesco, Audrey Azoulay, apelou aos governos a adoptarem a legislação sobre o acesso à informação e garantir a sua implementação onde já exista.

O apelo foi feito via videoconferência na abertura da conversa aberta sobre “As vantagens de ter garantias constitucionais e/ou políticas de acesso 

público à informação”, organizada pela Comissão Nacional de Cabo Verde para a Unesco (CNU), no âmbito do Dia Internacional do Acesso à Informação, que se celebrou   a 28 de Setembro.

“Os governos devem comprometer-se com o bem comum, desenvolvendo a utilização inovadora de tecnologias digitais para a construção de infra-estruturas de informação resilientes, que reforcem a manutenção de registos e permitam uma análise precisa das questões de interesse público”, indicou.

Audrey Azoulay   disse ainda que estes instrumentos só serão eficazes se forem de livre acesso e alinhados com as normas internacionais de privacidade.

“Na Unesco acreditamos firmemente que o acesso à informação deve ser reconhecido como uma norma no desenvolvimento sustentável e como um pré-requisito para que os países respeitem, promovam e protejam os direitos humanos para todos”, assegurou

No contexto da pandemia, Audrey Azoulay apontou que a informação é essencial para encorajar comportamentos saudáveis e salvar vidas, defendendo que “boatos e informação imprecisa podem ser tão letais como os vírus”.

“Sabemos o que precisamos de fazer para que isto se concretize. Como estes últimos meses demonstraram, a saúde pública requer transparência a nível das estatísticas sobre a escala da pandemia e dos dados sobre a despesa pública”, concluiu.

A 74ª Assembleia Geral das Nações Unidas definiu 28 de Setembro como o Dia Internacional do Acesso Universal à Informação, reconhecendo o significado do acesso à informação para todos.

Este ano a comemoração visa encorajar os Estados-Membros a adoptarem e aplicarem plenamente legislação relativa ao direito de acesso à informação, demonstrando o seu valor único em tempos de crise, assim como compreenderem as vantagens de ter garantias constitucionais, políticas para o acesso público à informação como forma de salvar vidas. ANG/Inforpress

 

 

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