Novo ano Judicial/ Ministro da Justiça reconhece as carências com que o sector se depara
Bissau, 02 fev 21(ANG) – O
ministro da Justiça reconhece as carências
com que o sector da justiça se depara, e aponta
o que diz ser inadequadas e insuficiência de infraestruturas fiscais, de
recursos humanos, desadequação do quadro legal e de insuficiência de condições
de trabalho.
Fernando Mendonça falava
hoje na cerimónia de abertura do ano judicial, presidida pelo chefe de Estado
guineense, na presença do Presidente do Supremo Tribunal de Justiça, do
Tribunal de Contas, do Procurador Geral da República, membros do governo e do
corpo diplomático e organismos internacionais acreditados no país.
Disse que, enquanto ministro
da Justiça, e em nome do governo que representa renova perante todos os
presentes um compromisso de ação leal, garantindo que o executivo tudo fará
para estar a altura dos desafios deste tempo e das possibilidades de construção
que nele se engendram, apesar dos condicionantes do momento.
A propósito, Fernando
Mendonça disse que o governo perspectiva
para o presente ano, a reabilitação das instalações do Tribunal Regional de
Oio, com sede em Mansoa, do Tribunal do sector de Bubaque e a construção da
Casa de Justiça de Buba entre outras acções.
Segundo o ministro da Justiça,
o que se ouve do cidadão comum, não difere do que anunciam os relatórios dos
observatórios mais qualificados.
“Apesar de tudo o que tem
sido feito, a justiça continua lenta e cara e, como consequência, classista e
penalizadora da mudança social e económica, porque a sua lentidão trava ou
dificulta essa mudança”, disse.
Mendonça revelou que, a
justiça tantas vezes é desprovida de meios ajustados para fazer a qualidade
daqueles que servem com dedicação e competência, justiça sequiosa de aposta
acrescida na formação, na qualificação, na valorização do serviço público, na
cooperação interprofissional, na disponibilidade e na partilha de tecnologias de
informação e comunicação.
“Temos que decidir muito
rapidamente, que justiça queremos e temos que actuar sem hesitações para que a
justiça que queremos seja a que temos no país”, referiu .
Disse que nos últimos anos, o
governo apostou na implementação de reformas importantes, tais como a criação
dos Gabinetes de Recuperação de Activos e de Administração de Bens para gerir
as receitas provenientes dos serviços do Ministério da Justiça e dos
serviços judiciários.
“Esta acção permitiu ao governo não só ampliar
a sua intervenção no sector, mas também melhorar as condições das infraestruturas
judiciárias, assegurar incentivo aos magistrados e oficiais de justiça, e ainda
atender com regularidade as necessidades dos tribunais e delegacias do
Ministério Público”, afirmou o ministro.
Fernando Mendonça considerou a abertura do ano judicial, como um
momento que encerra uma pesada carga simbólica e cristaliza o tempo e o lugar
em que os representantes do poder judicial e dos demais poderes do Estado
exprimem o sentido da sua acção, criando-se o ambiente que favorece o entendimento
.
Acrescentou que dela emerge a compreensão da necessidade
de articulação, de cooperação activa, entre os órgãos do poder judicial e o executivo.ANG/LPG/ÂC//SG
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