Invasão/Ucrânia rejeita condições da Rússia para abrir corredores humanitários
Bissau, 07 Mar 22 (ANG) - A Ucrânia rejeitou esta segunda-feira, 7 de Março, a abertura de corredores humanitários para Rússia e a Bielorrússia, país aliado de Vladimir Putin. Moscovo prepara novas ofensivas em várias regiões do país, incluindo Kiev, depois de uma noite de bombardeamentos.
"Isto não é uma opção aceitável", declarou a vice-primeira-ministra ucraniana. Os
civis retirados das cidades
de Kharkiv, Kiev, Mariupol e Sumy "não
irão para a Bielorrússia, para, de seguida, embarcarem num avião para
a Rússia", acrescentou Iryna Vereschuk.
A União Europeia prepara novas sanções
para fazer frente às "negligências do Kremlin em relação aos
civis", durante a ofensiva militar na Ucrânia, afirmou a
presidente da Comissão Europeia.
Ursula Von der Leyen acrescentou que vai
conversar com o primeiro-ministro italiano, Mario Draghi, a questão da energia
e o modo como a União Europeia se pode "libertar" da dependência do
petróleo e gás da Rússia. O gás natural disparou 64% para 335 euros por MWh, um
novo máximo de sempre.
A guerra obrigou mais de 1,5 milhões de pessoas a fugir
e a pedir refugio a países vizinhos, indica a Organização das Nações
Unidas.
As delegações da Rússia e da Ucrânia vão encontrar-se
esta segunda-feira, 7 de Março, para uma terceira ronda de
negociações de paz. Na quinta-feira passada, os dois países acordaram abrir
corredores humanitários para permitir que os civis saiam de algumas zonas de
combate. Não há, por enquanto, informação sobre o local onde esta terceira
ronda de diálogo vai decorrer.
A Rússia não compareceu esta segunda-feira à audiência no Tribunal
Penal Internacional, em Haia, a pedido da Ucrânia. A sessão vai servir
para o governo ucraniano pedir uma ordem de emergência que interrompa de
imediato as hostilidades e para rebater o argumento russo para a
invasão, o pretenso genocídio dos russos do Donbass.
No décimo
segundo dia da invasão da Ucrânia, o exército russo
prometeu cessar-fogo em várias cidades para abrir corredores humanitários.
As forças russas
aproximam-se cada vez mais de Kiev, a retirada de civis da cidade de Mariupol
falha pela segunda vez. ANG/RFI
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