Moçambique/Ministério Público pede pena máxima para a maioria dos 19 réus do caso 'dívidas ocultas'
Bissau, 05 Mar 22 (ANG) - O Ministério Público de Moçambique concluiu as alegações finais no caso das 'dívidas ocultas' com o pedido de aplicação de pena máxima para a maioria dos 19 réus em julgamento entre eles, Ndambi Guebuza, filho do antigo chefe de estado Armando Guebuza, Inês Moiane secretária particular de Guebuza e Renato Matusse, conselheiro político de Guebuza, assim como António Carlos do Rosário, antigo diretor de Inteligência Económica dos serviços secretos nacionais.
Foi na voz da
procuradora Sheila Marrengula que o pedido do Ministério público foi feito a
sexta secção do Tribunal Judicial da cidade de Maputo que julga o caso das
dívidas ocultas, no final de dois dias do período reservado a apresentação das
alegações finais
"Os réus Gregório
Leão José, António Carlos do Rosário, Armando Ndambi Guebuza, Bruno Langa,
Ângela Leão, Maria Inês Dove, Manuel Renato Matusse com pena máxima aplicável",
foi pedido por Sheila Marrengula no tribunal.
Dos 19 réus em
julgamento, Simione Mahumane é o único a quem o Ministério Público pediu a sua
absolvição por não ter sido comprovado o seu envolvimento no calote. Aos
restantes a representante do Ministério Público esclareceu que ficou
provado o seu crime.
"Foram e estão
sendo julgados aqueles que se apossaram de fundos do Estado",
acrescentou Sheila Marrengula.
Para já, o Tribunal Judicial da cidade de Maputo marcou para segunda e terça-feira, o período para a apresentação de alegações da defesa dos réus do maior caso de corrupção financeira e em que o Estado moçambicano ficou lesado em 2,2 mil milhões de dólares entre 2013 e 2014. ANG/RFI
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