Economia/Banco Mundial revê em baixa crescimento nos PALOP e prevê recessão na Guiné Equatorial
De acordo com a parte do relatório
sobre a África subsaariana, incluindo no documento sobre as perspetivas
económicas globais, todos os países lusófonos viram as suas perspetivas de
crescimento pioradas, à exceção da Guiné Equatorial, país para o qual o Banco
Mundial mantém a previsão de recessão de 2,7%.
A Guiné Equatorial é, a par do Sudão
do Sul (-0,8%), o único país da região que deverá registar um crescimento
negativo este ano, com -2,6%, sendo mesmo o único que deverá continuar ‘no
vermelho’ em 2024, ano em que deverá ampliar a queda para 3,4%.
Em Angola, o Banco Mundial estima que o
país cresça 2,8%, menos 0,5 pontos que o previsto em junho, ao passo que Cabo
Verde deverá registar uma expansão de 4,8%, ou seja, menos 1,3 pontos que o
previsto em Junho.
Na Guiné-Bissau, o Banco Mundial
continua a prever um crescimento de 4,5% neste e no próximo ano, e em
Moçambique cortou um ponto percentual à previsão de expansão da economia, que é
agora de 5%.
Em São Tomé e Príncipe, a nova
previsão de 2,1% representa um corte de 0,9 pontos face à estimativa feita em
Junho.
O documento prevê um crescimento de 5%
na África subsaariana neste e no próximo ano, ligeiramente abaixo da previsão
de junho, dizem os economistas, alertando que “o ambiente externo deverá
continuar desafiante para alguns países, com mais declínios em vários preços de
matérias-primas, o que deverá prejudicar as receitas e as exportações”.
Muitos países, acrescentam, “deverão
continuar a enfrentar preços elevados para as importações de fertilizantes e
combustível, apesar de abaixo do pico registado no ano passado”.
A nível regional, a África subsaariana
deverá ter crescido 3,4% no ano passado, 0,3 pontos percentuais abaixo da
previsão de junho, devido à descida previsão de crescimento “em mais de 60% dos
países”
Isto acontece devido ao abrandamento
da economia global e do aperto nas condições financeiras, em conjunto com o
aumento da inflação, que prejudicou as já de si frágeis recuperações e ampliou
as vulnerabilidades internas”, conclui o Banco Mundial, que baixou de 3% para
1,7% a previsão de crescimento global para 2023.
ANG/Inforpress/Lusa
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