Justiça/Advogados do escritório “Vieira Landim e Associados” acusam Diretor-geral dos Serviços Prisionais de não acatar decisão judicial
Bissau ,05 Mai 23 (ANG) – Os
advogados do escritório “Vieira Landim e Associados” (V & L) denunciaram
hoje o que dizem ser “violação grosseira de direitos fundamentais de dois
cidadãos” por parte do Diretor-geral dos Serviços Prisionais, à quem acusam de
não acatar a decisão do Magistrado do Ministério Público que ordenou a
libertação dos dois, por falta de provas.Vista do Ministério da Justiça
De acordo com uma nota à
imprensa assinado pelos dois advogados:
Luís Correia Landim e João Bernardo Vieira, à que a ANG teve acesso, os
cidadãos Carlos Lenine Mendonça Gomes da Silva, vulgo Zito e Issufi Djálo
encontram-se detidos nos calabouços da Polícia Judiciária de Bandim, desde 07 de Abril do ano em curso.
Na nota e sem citar os
motivos da prisão dos dois cidadãos, o escritório V&L salienta que seus
constituintes foram presentes ao Ministério Público no dia 11 de Abril para
serem ouvidos no autos e após as investigações empreendidas pelo magistrado
responsável do processo, nesse caso Lassana Camará, este tomou a decisão de emitir um mandato de
soltura no passado dia 13 de Abril de 2023, sustentando não haver elementos suficientes para os manter detidos.
“Infelizmente, o Diretor-geral
dos Serviços Prisionais, Cherno Sano Jaló, não acatou a decisão soberana do magistrado do Ministério
Público, tendo os nossos dois constituintes mantidos nas celas da Polícia
Judiciaria, em Bandim”, refere o comunicado.
Os dois advogados dizem
estar perante “abuso de poder” contra seus constituintes, acrescentando que a
defesa requereu uma providência de Habeas Corpus, com fundamento da ilegalidade
da detenção, o que foi deferida pelo juiz de Instrução Criminal(JIC), Jusceline
Pereira Barreto, que emitiu o competente
mandato de soltura no dia 03 de Maio do corrente ano.
Os advogados denunciam que
dois dias após a receção do segundo
mandado de soltura pelo JIC, os seus constituintes ainda continuam detidos,
“porque o DG dos Serviços prisionais recusou cumprir a ordem de soltura” .
“O DG dos Serviços
Prisionais está a cometer uma ilegalidade grosseira e é caso para se dizer que, hoje na Guiné-Bissau,
uma decisão administrativa acaba por ter mais valor e força do que uma decisão
judicial”, dizem.
ANG/MSC/ÂC//SG
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