Bélgica/NATO "mais forte" com Suécia e "mais perto" da Ucrânia, diz SG
Bissau, 11 Mar 24 (ANG) - O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, salientou hoje que a Aliança Atlântica está "maior e mais forte" do que o esperado pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a adesão oficial da Suécia e "mais perto do que nunca" da Ucrânia.
"Quando o
Presidente (russo) Putin lançou a sua guerra de escala contra a Ucrânia, há
dois anos, queria menos NATO e mais controlo sobre os seus vizinhos. Queria
destruir a Ucrânia como Estado soberano, mas não conseguiu. A NATO é maior e
mais forte e a Ucrânia está mais perto do que nunca de aderir à NATO",
declarou Jens Stoltenberg.
Falando à imprensa na
sede da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), em Bruxelas, no dia
em que se celebra a adesão oficial da Suécia à Aliança Atlântica, o responsável
acrescentou que Putin começou a guerra e pode acabar com ela hoje, mas que a
Ucrânia não tem essa opção pois "a rendição não significa paz".
"O nosso apoio à
Ucrânia salva vidas e deve continuar", vincou Jens Stoltenberg, falando
num "dia bom para a Suécia, para a NATO e para a paz e segurança em toda a
Europa".
Destacando os
"corajosos ucranianos que continuam a lutar pela liberdade", o líder
da organização salientou ser necessário "continuar a fortalecer a Ucrânia
para mostrar ao Presidente Putin que ele não vai conseguir o que quer no campo
de batalha", devendo antes "sentar-se e negociar uma solução em que a
Ucrânia seja reconhecida e prevaleça como uma nação independente e
soberana".
A bandeira da Suécia é
hoje hasteada na sede da NATO, em Bruxelas, numa cerimónia que oficializa a
adesão do país nórdico à Aliança Atlântica após dois anos de negociações.
Referindo-se à adesão,
Jens Stoltenberg observou que a Suécia tem "capacidades de vanguarda"
na área da Defesa, por terra, no ar e no mar, alocando desde já mais de
2% do seu Produto Interno Bruto (PIB) a este sector.
Em resposta à agressão
de guerra da Rússia contra a Ucrânia, a NATO aumentou substancialmente a nossa
presença nas linhas de demarcação e a adesão da Suécia reforça ainda mais essa
presença, adiantou.
Também presente na
ocasião, o primeiro-ministro da Suécia, Ulf Kristersson, salientou que a
Suécia, enquanto membro da NATO, irá "partilhar os encargos, as
responsabilidades e os riscos com os aliados".
A situação de segurança
na nossa região não era tão grave desde a Segunda Guerra Mundial e a Rússia
continuará a ser uma ameaça para a segurança euro-atlântica num futuro
previsível.
Foi nesta perspectiva
que a Suécia pediu para aderir à aliança de defesa da NATO para ganhar
segurança, mas também para proporcionar segurança, adiantou o responsável.
Sobre a guerra na
Ucrânia causada pela invasão russa, Ulf Kristersson garantiu apoio a Ucrânia,
que "está a lutar corajosamente pela sua própria liberdade, mas também a
defender a liberdade europeia".
Após mais de 200 anos de
neutralidade, a Suécia é hoje oficialmente o 32.º membro da Aliança Atlântica.
A adesão da Suécia à
NATO, desencadeada pela invasão russa da Ucrânia e conseguida após dois anos de
intensas negociações, ocorreu após a Hungria, um dos aliados, a par da Turquia,
que colocou os maiores obstáculos, ter aprovado no parlamento e ratificado o
protocolo de adesão de Estocolmo. ANG/Angop
Sem comentários:
Enviar um comentário