Portugal/ Aliança Democrática vence
eleições legislativas com 29,49%
Bissau, 11 Mar 24(ANG) - A Aliança
Democrática (AD) foi a formação mais votada, com 29,49% dos votos e 79
deputados nas eleições legislativas de domingo, em que o Chega quadriplicou o
número de deputados, com 48 mandatos.
O PS foi o segundo mais votado, com 28,66%
e 77 deputados, no final do escrutínio em Portugal, e quando ainda faltam
apurar os resultados nos círculos da emigração, que elegem quatro deputados,
segundo dados da Secretária-geral do Ministério de Administração Interna -
Administração Eleitoral.
O presidente do PSD disse esperar que
PS e Chega “não constituam uma aliança negativa para impedir o Governo que os
portugueses quiseram”, voltou a recusar entendimentos com o partido de André
Ventura, mas sem excluir diálogo.
Na fase das perguntas dos jornalistas, Luís
Montenegro foi questionado se, com uma vitória por margem curta da Aliança
Democrática (coligação que junta PSD/CDS-PP e PPM), mantém o “não é não” que
tinha dito a entendimentos com o Chega antes e durante a campanha.
“Eu assumi dois compromissos na campanha
eleitoral e naturalmente que cumprirei a minha palavra. Nunca faria a mim
próprio, ao meu partido e à democracia portuguesa tamanha maldade que seria
incumprir compromissos que assumi de forma tão clara”, disse.
Sobre a margem da vitória, salientou que
“ela tem a expressão que os portugueses lhe quiseram dar”, acrescentando que
“há dois anos havia uma maioria absoluta do PS, agora há uma maioria relativa
da AD”.
Montenegro foi questionado se não teme que
o Chega possa derrubar o Governo à primeira oportunidade.
“Estamos cientes que, em muitas ocasiões, a
execução do programa de Governo terá de passar pelo diálogo na Assembleia da
República. É natural e é nossa expectativa que todos partidos possam assumir a
sua responsabilidade, a começar pelo principal partido da oposição”, disse.
Neste ponto, o líder do PSD disse
compreender que o PS não se reveja no programa do Governo, nem adira às
propostas da AD, mas defendeu que tem a responsabilidade de respeitar “a
vontade do povo português”.
“E é nessa lógica que a minha mais firme
expectativa é que o PS e o Chega não constituam uma aliança negativa para
impedir o governo que os portugueses quiseram”, enfatizou. ANG/Inforpress/Lusa
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