Coreia do Sul/Seul afirma que 600 soldados norte-coreanos morreram em combate ao lado dos russos
Bissau, 30 Abr 25 (ANG) - Seul
afirmou hoje que cerca de 600 soldados norte-coreanos morreram enquanto
combatiam junto das forças russas contra o exército ucraniano em Kursk, região
russa que caiu nas mãos de Kiev em Agosto de 2024 e terá sido recuperada por
Moscovo no mês passado.
Estas novas revelações surgem
numa altura em que a Rússia e a Coreia do Norte acabam esta semana de
reconhecer pela primeira vez o envolvimento de Pyongyang nas operações russas.
"Até agora, as baixas das tropas
norte-coreanas são estimadas em cerca de 4.700, das quais cerca de 600
mortos",
disse à imprensa o deputado Lee Seong-Kweun, membro da comissão parlamentar de
inteligência, ao sair de uma reunião com os serviços secretos sul-coreanos.
Também segundo este responsável, cerca de
2.000 soldados feridos foram repatriados para a Coreia do Norte entre Janeiro e
Março por via aérea e ferroviária, e eles terão sido colocados em isolamento em
Pyongyang e outras partes do país, sendo que os corpos dos soldados mortos em
combate foram cremados na Rússia e as suas cinzas restituídas à Coreia do
Norte.
Respondendo aos jornalistas, o parlamentar
sul-coreano afirmou ainda que "a Coreia do Norte apoiou a retomada de
Kursk pela Rússia, mobilizando 18 mil soldados em duas fases. Desde o mês de
Março, data da retomada efectiva de Kursk, o número de confrontos
diminuiu", sendo que na sua óptica não é de excluir que
haja ainda uma terceira fase de combates para as tropas norte-coreanas.
Estas declarações são feitas numa altura em
que a Coreia do Norte e a Rússia acabam no começo da semana de reconhecer pela
primeira vez a sua cooperação no teatro das operações. Na segunda-feira,
Pyongyang admitiu oficialmente ter enviado tropas para Kursk, na Rússia, e
disse que iria erguer um monumento homenageando os seus soldados.
Reconhecendo implicitamente esta situação, o
chefe de Estado russo Vladimir Putin agradeceu o seu homólogo norte-coreano
pela "façanha" dos
seus soldados. Já no sábado, o chefe do Estado-Maior do exército russo
enalteceu o "heroísmo" das
forças norte-coreanas que, segundo Moscovo, ajudaram a Rússia a retomar o
controlo de Kursk no mês passado, o que a Ucrânia desmente.
Recorde-se que em Junho do ano passado
Moscovo e Pyongyang assinaram um acordo de parceria estratégica prevendo uma
assistência militar mútua em caso de ataque contra algum dos dois países.ANG/RFI

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