Índia/Governo ordena saída do país de todos os paquistaneses até 29 de Abril
Bissau, 24 Abr 25 (ANG) - A Índia ordenou hoje a todos os cidadãos paquistaneses, exceto os diplomatas, que abandonem o país até 29 de abril, em retaliação pelo ataque na Caxemira indiana, que matou 26 civis e pelo qual Nova Deli atribui responsabilidades a Islamabad.
Em conformidade com as decisões tomadas pelo Comité de Segurança do Gabinete após o ataque terrorista em Pahalgam, Caxemira, o Governo da Índia decidiu suspender a emissão de vistos para cidadãos paquistaneses com efeito imediato", disse o Ministério dos Negócios Estrangeiros indiano, em comunicado.
"Todos os cidadãos paquistaneses atualmente na Índia devem
deixar a Índia antes da expiração dos seus vistos", o que acontecerá no
domingo, 27 de abril, no caso dos vistos comuns, e na terça-feira, 29 de abril,
no caso dos vistos médicos, adiantou.
O anúncio foi feito na mesma altura em que o primeiro-ministro
indiano, Narendra Modi, prometeu perseguir "até aos confins da Terra"
os autores do ataque terrorista que, há dois dias, matou 26 civis na parte
indiana de Caxemira.
"Digo isto ao mundo: a Índia vai identificar, perseguir e
punir os terroristas e aqueles que os apoiam. Vamos persegui-los até aos
confins da Terra", garantiu Modi na sua primeira resposta pública ao
ataque.
Na tarde de terça-feira, pelo menos três homens armados abriram
fogo contra turistas na cidade de Pahalgam, no sopé dos Himalaias, matando 25
indianos e um nepalês, segundo a polícia indiana.
O ataque, que a Índia atribui a islamitas apoiados pelo
Paquistão, é o mais mortífero contra civis desde 2000 naquele território
indiano de maioria muçulmana.
Na quarta-feira, o Governo hindu ultranacionalista de Nova Deli
anunciou uma série de medidas diplomáticas de retaliação.
Entre as decisões, que são sobretudo simbólicas, estão a
suspensão de um tratado de partilha de águas, o encerramento da principal
fronteira terrestre entre os dois países e a retirada de diplomatas.
O Paquistão, que negou responsabilidade pelo ataque, convocou o
seu Comité de Segurança Nacional para esta tarde para decidir sobre uma
possível resposta. ANG/RFI

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