Angola/Conjuntura económica afeta capacidade de produção jornalística
Bissau, 02 Mai 25 (ANG) - A Entidade Reguladora da Comunicação Social Angolana (ERCA) considerou hoje que os profissionais do setor em Angola trabalham numa conjuntura económico-financeira "menos favorável", que afeta, em grande medida, a sua capacidade de produção e de cobertura jornalística.
AERCA, na sua mensagem
alusiva ao Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, que se assinala no dia 03 de
maio, saúda os profissionais da comunicação social angolana pela sua
"resiliência e capacidade de adaptação", numa conjuntura
económico-financeira "menos favorável, que afeta, em grande medida, a
capacidade de produção e de cobertura dos factos por muitos órgãos".
O regulador refere que todos os profissionais da comunicação
social, independentemente do seu estatuto, são chamados a trabalhar nos marcos
legais, para a salvaguarda dos direitos dos cidadãos a uma informação objetiva,
isenta e imparcial.
Apela para a necessidade de se prestar atenção aos problemas da
atualidade, "atrelados" ao advento das novas tecnologias de
informação e comunicação, tais como a "informação falsa, a desinformação e
o discurso do ódio, que se disseminam com alguma facilidade nas plataformas
digitais".
É aos média tradicionais que cabe a responsabilidade de
"desencorajar e contrariar essa tendência nociva dos dias correntes",
promovendo o debate público, através da difusão de factos verídicos, contados
com clareza e relatados de acordo com os princípios da ética e envolvendo todos
os atores dos factos a relatar, refere-se na mensagem.
"Impacto da Inteligência Artificial na Liberdade de
Imprensa e nos Meios de Comunicação Social" é o lema das celebrações do
Dia Mundial da Liberdade de Imprensa 2025, como recorda a ERCA, considerando
que "o exercício pleno das liberdades de expressão, de informação e de
imprensa, consagrados na Constituição angolana, representa um compromisso do
Estado angolano" com a Declaração Universal dos Direitos Humanos.
A ERCA defende igualmente que não obstante os avanços
tecnológicos que se observam, com enfoque na Inteligência Artificial, "é
imperioso que, no exercício da sua nobre missão, os profissionais dos média não
se deixem substituir pelas novas tecnologias por mais avançadas que se
apresentem".
Encoraja ainda a classe profissional angolana a cumprir
escrupulosamente o Estatuto dos Jornalistas, o Código de Ética e Deontologia e
implementar os Conselhos de Redação, "enquanto mecanismos de
autorregulação e como fator de equilíbrio nas relações entre profissionais e o
patronato".ANG/Lusa

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