terça-feira, 29 de julho de 2025

 Líbano/Acusado de matar "capacete azul" da ONU condenado à morte

 Bissau, 29 Jul 25 (ANG) - Um tribunal libanês condenou à morte, à revelia, um homem acusado pelo assassinato de um soldado irlandês da missão de paz da ONU em 2022, num caso que implica o Hezbollah, indicou hoje uma autoridade judicial local.

"Otribunal militar do Líbano proferiu o veredicto na noite de segunda-feira no caso do assassinato do soldado irlandês Sean Rooney (...) e proferiu uma sentença de morte à revelia contra o principal acusado, Mohammad Ayyad", disse a fonte em declarações à agência francesa AFP, sob condição de anonimato.

Em 14 de dezembro de 2022, Sean Rooney foi morto e outros três soldados irlandeses da Força Interina das Nações Unidas no Líbano (UNIFIL, na sigla em inglês) ficaram feridos quando o veículo em que viajavam foi atacado no sul do Líbano, onde o grupo xiita libanês Hezbollah está estabelecido.

Os operacionais que integram as forças de paz da ONU também são conhecidos como "capacetes azuis".

Cerca de dez dias depois dos acontecimentos, o movimento libanês pró-iraniano entregou às autoridades o homem suspeito de ser o "principal" autor do ataque.

O caso foi encaminhado para o tribunal militar e o principal acusado ficou detido durante um ano sem julgamento, antes de ser libertado "por motivos de saúde" em novembro de 2023, segundo o responsável judicial, citado pela AFP.

O tribunal militar também aplicou multas e penas mais leves a outras quatro pessoas "que se entregaram à justiça algumas horas antes da audiência", de acordo com a mesma fonte.

Uma fonte judicial indicou à AFP que após o ataque cinco membros do Hezbollah foram acusados. O grupo xiita libanês negou tal informação.

Em comunicado, a UNIFIL saudou "o resultado do processo judicial" e "o compromisso do Governo libanês em levar os responsáveis à justiça".

A UNIFIL, composta por cerca de 10.000 "capacetes azuis", está mobilizada no sul do Líbano desde 1978 para funcionar como uma barreira entre o país e Israel, que se encontram oficialmente em estado de guerra.

No passado, outros incidentes opuseram as patrulhas de manutenção da paz da ONU contra os apoiantes do Hezbollah. ANG/Lusa

 

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