sexta-feira, 26 de setembro de 2025

 Diplomacia/“A ONU compromete-se a preservar gerações futuras do flagelo  da guerra” diz PR

Bissau,26 Set 25 (ANG) -  O Presidente da República disse que a Organização das Nações Unidas (ONU) comprometeu-se  a preservar gerações futuras do flagelo  da guerra mas, essa promessa, infelizmente, não foi plenamente cumprida todavia, este  compromisso assumido por cada um dos Estados membros ao aderir a Carta das Nações Unidas, continua válido.

Umaro Sissoco Embaló, que discursava em Nova Iorque, por ocasião da 80ª Sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas, disse que vivemos num mundo confrontado com múltiplas crises.

“Estamos todos  perante o que o Secretário-Geral António Guterres chamou de "policrises": Os conflitos na Ucrânia, em Gaza, no Sudão e noutras regiões persistem. Estamos confrontados com desigualdades socioeconómicos, choques ambientais, políticos e humanitários, que mais afetam os países em desenvolvimento, com maior impacto nos pequenos Estados insulares”, disse o Presidente da República.

O Chefe de Estado sublinhou que,  ele perpetua-se através do empenho de cada capacete azul e de cada trabalhador humanitário que, muitas vezes, faz a diferença entre a vida e a morte em zonas de conflitos ou na sequência de um desastre natural.

Adiantou que, as suas agências, nomeadamente a OMS, UNESCO, UNICEF,  FAO, PAM, HCR, PNUD e outras, tratam, educam, vacinam, alimentam e protegem, todos os dias milhões de seres humanos, e contribuem na luta contra a pobreza e as descriminações contra as mulheres e meninas, em todas as partes do mundo significativamente ou mesmo estagnado.

Disse que, o custo da dívida soberana dos países pobres aumenta, enquanto a ajuda ao desenvolvimento diminui.

“A Guiné-Bissau saúda a 'Iniciativa Nações Unidas 80"(UN80) e esperamos que contribua para o fortalecimento da Organização, particularmente em prol da paz da segurança internacional e do Desenvolvimento Sustentável”, disse.

O chefe de Estado frisou que, o “Pacto para o Futuro" oferece-nos um roteiro, um plano de ação que não deve ficar nas gavetas, salientado que a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), considera importante a sua cooperação com a ONU e suas agências especializadas.

“Durante o nosso mandato, continuaremos a trabalhar com todos os parceiros e organizações multilaterais, com vista a implementação dos compromissos assumidos ao nível global no que concerne, nomeadamente o Acordo de Paris sobre as alterações climáticas, a Terceira Conferência das Nações Unidas sobre o Oceano e a Quarta Conferência das Nações Unidas sobre o Financiamento para o Desenvolvimento realizada em Sevilha em junho-julho passado”, afirmou.

Disse estar  convicto de que os dois encontros internacionais previstos no próximo mês de novembro, nomeadamente a COP30 a realizar-se em Belém no Brasil, bem como a Segunda Cimeira Mundial para o Desenvolvimento Social que terá lugar em Doha no Qatar, constituem plataformas e oportunidades para o reforço da nossa cooperação, com vista a realização dos nossos objetivos comuns.

“Oitenta anos depois da criação da ONU, o mundo mudou. Hoje, somos mais de que os Cinquenta e um (51) Estados signatários da Carta das Nações Unidas em 1945”, disse.

Umaro Sissoco Embalo, salientou que,  para estar a altura dos desafios do século XXI, a ONU deve proceder a reformas urgentes.

Embaló lembrou que, hoje as Nações Unidas somos nós, todos nós, os 190 Estados membros, mais os Estados observadores, as ONGs, Organizações da Sociedade Civil e outras entidades presentes nesta Magna Assembleia.

Afirmou que a ONU continua a ser este espaço multilateral único, onde o diálogo é ainda possível, mesmo quando a diplomacia e os bons ofícios falham noutros fóruns e circunstâncias.

“A legitimidade, a força e o futuro da ONU residem na inclusão e plena participação de todos nós, nas deliberações e tomadas de decisões. Os seus ideais fundamentais: paz, dignidade, igualdade, luta contra a pobreza, cooperação e resolução pacífica dos conflitos continuam vivos e a inspirar os propósitos e a marcha da humanidade”, afirmou o Presidente da República.ANG/JD/ÂC

 

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