Médio Oriente/Trump e Erdogan chegam a entendimento sobre cessar-fogo em Gaza
Bissau, 26 set 25(ANG) - O presidente turco, Tayyip Erdogan, afirmou, na manhã desta sexta-feira, que chegou a um entendimento com Donald Trump para um acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza.
"A nossa reunião foi muito importante para manifestar a vontade de pôr fim aos massacres em Gaza. Trump afirmou durante a reunião a necessidade de acabar com os combates em Gaza e alcançar uma paz duradoura", afirmou Erdogan aos jornalistas, de acordo com uma transcrição divulgada pelo seu gabinete esta sexta-feira e citada pela Reuters.Erdogan deu mais
detalhes sobre o que foi falado, referindo que "chegámos a um
entendimento" sobre como "alcançar um cessar-fogo em Gaza e em toda a
Palestina, e uma paz duradoura depois disso".
"Concluímos que a solução de dois Estados era a fórmula para uma paz
duradoura na região, que a situação atual não pode continuar", disse.
Recorde-se que já
esta quinta-feira, o líder norte-americano afirmara aos jornalistas, na Sala
Oval da Casa Branca, que "estamos perto de concretizar algum tipo de
acordo". A afirmação foi feita durante uma reunião com o Presidente turco,
Recep Tayyip Erdogan.
O líder
norte-americano insistiu na exigência de que o movimento islamita palestiniano
liberte imediatamente e ao mesmo tempo todos os reféns que mantém sequestrados
na Faixa de Gaza - 48 no total, dos quais as autoridades israelitas acreditam
que 20 estejam vivos.
"Muitas
pessoas estão a morrer, mas queremos os reféns de volta. Não queremos de volta
um esta semana, outro daqui a dois meses, mais três depois, como tem
acontecido", disse Trump.
"Queremos
todos de volta de uma só vez", afirmou.
Trump também se
referiu ao "grande encontro" que teve com líderes de países árabes e
islâmicos no âmbito da 80.ª Assembleia Geral da ONU, a decorrer esta semana em
Nova Iorque, para discutir um plano pós-conflito para Gaza.
Trump, que se
reunirá na próxima segunda-feira com o primeiro-ministro israelita, Benjamin
Netanyahu, comprometeu-se perante os líderes islâmicos a não permitir que
Israel anexe a Cisjordânia ocupada, informou o portal Politico.
Desde os ataques
perpetrados pelo Hamas em 07 de outubro de 2023 - que fez cerca de 1.200 mortos
e 251 reféns - e o início da ofensiva israelita em Gaza, ambos os lados
propuseram vários acordos de cessar-fogo e libertação de reféns.
Uma comissão
independente da ONU e um número crescente de países e organizações
internacionais classificam a ofensiva militar israelita em Gaza como um
genocídio.
Até à data, contabilizam-se mais de 65.000 palestinianos mortos, entre os quais mais de 19.000 crianças.ANG/Lusa

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