ONU/África quer dois assentos permanentes no Conselho de Segurança
Bissau, 22 Set 222225 (ANG) - O continente africano “reivindica” dois assentos permanentes e cinco não permanentes no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas, para ter representação justa e equitativa naquela organização mundial.
A posição foi manifestada neste Domingo pelo líder da
União Africana e de Angola, João Lourenço, durante a 7ª cimeira do Comité de
Chefes de Estado e de Governo da União Africana sobre a reforma do Conselho de
Segurança.
Ao discursar neste Domingo na 7ª cimeira do Comité de Chefes de
Estado e de Governo da União Africana sobre a reforma do Conselho de Segurança
das Nações Unidas, realizada na sede da ONU, em Nova Iorque, o Presidente em
exercício da União Africana, João Lourenço, lembrou que, passados cerca de 20
anos sobre a declaração de Sirte, África continua a ser excluída das decisões
da maior montra da diplomacia mundial.
“Ao adoptar o consenso de Ezulwini, em Março de 2005, e a Declaração de
Sirte em Julho do mesmo ano, o nosso continente mostrou claramente ao mundo a
sua vontade de romper com a exclusão histórica de que é vítima desde a criação
do Conselho de Segurança das Nações Unidas. Contudo, passados estes anos, quase
ou nada foi feito no sentido de se responder às reivindicações dos povos da
África, uma vez que o continente africano, que representa mais de 1,4 mil milhões
de pessoas, cerca de 17% da população mundial e que ocupa quase um terço dos
assentos na Assembleia Geral, continua excluído da tomada de decisões centrais
no Conselho de Segurança das Nações Unidas”, recordou o
estadista angolano.
Face à exclusão, o também Presidente de Angola espera que a
reforma do Conselho de Segurança da ONU venha a beneficiar de dois assentos
permanentes e de cinco não permanentes para a África dentro da Organização.
“Por este facto, a União Africana, na base destes dois documentos e por
via deste órgão que se reúne aqui, defende com firmeza que a reforma do
Conselho de Segurança das Nações Unidas deve incluir a atribuição de pelo menos
dois assentos permanentes para a África, com todos os direitos e prerrogativas,
incluindo o direito de veto, enquanto este continuar a existir, e cinco
assentos não permanentes adicionais para os Estados africanos, garantindo assim
uma representação justa e equitativa e um compromisso claro de que o continente
africano deixará de ser objecto das decisões do Conselho para passar a ser
sujeito activo dessas mesmas decisões”, defendeu João Lourenço,
líder da União Africana.ANG/RFI

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