Sudão/ União Europeia prolonga regime de sanções por mais um ano
Em comunicado dando conta desta
aprovação, a instituição que junta os Estados-membros da UE explica que,
"como consequência, o regime de sanções relativas à situação no Sudão
permanecerá em vigor até 10 de outubro de 2026, abrangendo 10 indivíduos e oito
entidades".
Os visados estão sujeitos a uma proibição de viajar em
toda a UE, ao congelamento de bens e à proibição de disponibilizar fundos ou
recursos económicos a seu favor, direta ou indiretamente.
"Nos últimos
dois anos, a guerra no Sudão afetou brutalmente a vida de milhões de civis,
sendo atribuída a responsabilidade às forças de apoio rápido, às forças armadas
do Sudão e às respetivas milícias associadas", justifica o Conselho da UE.
Precisamente há
dois anos, em outubro de 2023, a UE adotou um quadro específico de medidas
restritivas em resposta a atividades que comprometiam a estabilidade e a
transição política do Sudão.
Posteriormente,
foram adotados sucessivos conjuntos de medidas contra pessoas e entidades
pertencentes ou associados às forças armadas do Sudão e às respetivas milícias
associadas.
A diplomacia da UE
tem vindo a apelar às partes em conflito para um cessar-fogo imediato e
duradouro, bem como para negociarem de boa-fé uma paz sustentável, em que a
integridade territorial, a unidade e a soberania sejam respeitadas.
Desde abril de
2023, o Sudão vive uma guerra devastadora entre as forças armadas do Sudão,
lideradas pelo general Abdel Fattah al-Burhan, e as Forças de Apoio Rápido
(RSF, na sigla em inglês), comandadas por Mohamed Hamdan Dagalo.
O conflito,
originado por uma disputa de poder após o golpe militar de 2021 que interrompeu
a transição democrática, mergulhou o país numa crise humanitária de enormes
proporções.
Estima-se que
milhões de pessoas estejam deslocadas internamente ou tenham sido forçadas a
fugir para países vizinhos, à medida que a fome, a violência étnica e as
violações de direitos humanos se intensificam.
A comunidade
internacional tem multiplicado apelos a um cessar-fogo duradouro e a um
processo político inclusivo, mas até agora as tréguas têm sido frágeis e de
curta duração.ANG/RFI
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