Sociedade/ “Suspensão da
liberdade de manifestação na Guiné-Bissau enfraquece a democracia” diz Presidente da LGDH
Bissau, 18 set 25 (ANG) - O Presidente da Liga Guineense dos Direitos
Humanos (LGDH), Bubacar Turé disse que a suspensão da liberdade de manifestação
enfraquece a democracia.
Em declarações exclusivas ao portal Digital Mídia Global TV, Bubacar
Turé pede a revogação do Despacho que proíbe as reuniões e manifestações
políticas em vigor desde 15 de janeiro de 2024, por determinação do
Comissário-Geral da Polícia de Ordem Pública, através de um comunicado de
imprensa.
Aquele responsável alega que à medida que ainda em vigor em plena aproximação
das eleições, representa uma “grave violação” constitucional.
“As liberdades de reunião e manifestação são pilares inalienáveis de
qualquer regime democrático, assumindo papel decisivo no contexto eleitoral.
Elas garantem que os cidadãos possam expressar ideias, debater propostas e
participar ativamente nas escolhas do país”, afirmou.
Acrescentou que em períodos eleitorais, o direito de manifestação é
essencial para que partidos políticos, movimentos cívicos e independentes
possam mobilizar apoiantes e apresentam as suas perspectivas sobre o futuro da
sociedade.
Bubacar Turé disse que proibir manifestações significa enfraquecer a
democracia, transformando o processo eleitoral num “mero exercício formal de
voto”, esvaziado de participação cidadã.
O Presidente da LGDH denuncia ainda o caráter discriminatório da decisão,
que impediu os opositores e vozes críticas de manifestarem-se, enquanto
apoiantes do regime continuam a organizar comícios e eventos políticos em todo
o território nacional.
“Sem o pleno exercício destas liberdades, não há eleições livres, justas
e transparentes”, afirmou Bubacar Turé.
O Presidente da LGDH recordou ainda que já passou mais de um mês desde a
suspensão “ilegal” da RTP África, Agência Lusa e RDP África na Guiné-Bissau,
acompanhada da expulsão dos seus delegados. Ato que disse trata-se de um “claro
ataque à liberdade de imprensa” e um rude golpe ao pluralismo, que coloca em
risco também os órgãos nacionais com linha editorial independente.
Razão pelo qual, Bubacar Turé apontou a revogação de todas essas
restrições como condição indispensável para a realização de eleições
verdadeiramente democráticas no país.
“Defender a liberdade de manifestação, de imprensa e de expressão é
defender a própria democracia e o direito do povo a escolher livremente o seu
futuro,” concluiu o Presidente da LIGDH.
ANG/ Digital Mídia Global TV

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