Forças Armada/EMGFA denuncia alegada tentativa de subversão da ordem constitucional no país
Bissau, 31 Out
25 ANG) – O Estado-Maior General das Forças Armadas(EMGFA), denunciou, hoje,
uma alegada tentativa de subversão da
ordem constitucional, num momento em que o país se prepara para as eleições gerais,
marcadas para o dia 23 de Novembro.
A denúncia foi feita durante uma conferência de imprensa, em Bissau, dirigida pelo Vice Chefe do Estado-maior General das Forças Armadas, Tenente-General Mamadu “Nkrumah” Turé, e contou com a presença de oficiais superiores e subalternos.
Nkrumah" Turé,
afirmou que o general Daba Na Walna, antigo presidente do Tribunal Superior
Militar, se encontra detido, desde quarta-feira à noite, "devido ao seu
envolvimento no golpe".
Turé apresentou alegados
factos que segundo disse confirmam o envolvimento de Daba Na Walna na tentativa
de golpe.
"Fez uma requisição
de armas, viaturas e coletes antibala. Disse que era para dar aos formandos na
Escola Militar de Cumeré, afinal era para fazer golpe de Estado", declarou
o vice-chefe das Forças Armadas guineenses.
Mamadu Turé lamentou a detenção dos oficiais,
que recusaram a cumprir com as orientações e dos conselhos do Estado-Maior
General.
“ O nosso
Chefe de Estado-Maior General desde sua
tomada de posse jurou se subordinar ao poder político, respeitar a Constituição
da República e demais leis em vigor no país, reorganizar as forças armadas,
criar mínimas condições para formação dos jovens militares”, lembrou.
Acrescentou que o Chefe de
Estado-Maior General cumpriu com essas promessas e mesmo assim ainda há
camaradas que aceitam colaborar com políticos para subverter a ordem criando
instabilidade e morte para os próprios militares
De acordo com o comunicado lido pelo Chefe da Divisão Central de Recursos Humanos
do EMGFA, Fernando Gomes da Silva, o episódio envolve alguns oficiais das
Forças Armadas, cujas ações, segundo as autoridades militares, colocam em risco
a paz e a estabilidade nacional, consideradas essenciais para o desenvolvimento
socioeconómico e para a atração de investimento externo.
“O processo
de inquérito para apurar os factos e identificar todos os envolvidos já está em
curso. As Forças Armadas garantem que todos os responsáveis serão levados à
justiça, e os que se encontram em fuga serão localizados e detidos”, salientou.
Durante a conferência foram ainda exibidos
fragmentos, ou seja, áudios dos trabalhos da comissão de inquérito, com o
objetivo de demonstrar à comunidade nacional e internacional a veracidade dos
factos denunciados.
As Forças de
Defesa e Segurança afirmaram que não permitirão distúrbios nem desordens
durante o processo eleitoral e que estarão “vigilantes e intransigentes”
perante qualquer tentativa de pôr em causa as eleições.
Informou que
o Comando Conjunto para o Asseguramento das Eleições Gerais, já constituído, é
composto por mais de 15 mil efetivos das Forças Armadas, da Guarda Nacional, da
Polícia de Ordem Pública e das Forças de Estabilização da CEDEAO.
A missão
desse comando, de acordo com o comunicado, é garantir a segurança dos
candidatos, coligações e partidos concorrentes em todo o território nacional,
além de dissuadir “de forma severa e intolerável quaisquer ameaças verificadas
antes, durante e depois do escrutínio”.
As Forças de
Defesa alertaram ainda que não será tolerada qualquer tentativa de
interferência ou manipulação de pessoas individuais ou colectiva, através de redes
sociais ou outros meios de comunicação social que visem “desestabilizar ou
desacreditar a liderança militar”.
No
comunicado as Forças Armadas apelam à unidade e disciplina de todos os
elementos das Forças Armadas e de Segurança, desde os generais até aos
soldados, pedindo-lhes que permaneçam fiéis aos ideais da República e se
abstenham de qualquer ato que possa comprometer a paz e a estabilidade que tanto
o povo guineense deseja. ANG/LPG/ÂC//SG

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