sexta-feira, 31 de outubro de 2025

França/Anunciada ajuda de mais de 1,5 bilhões de Euros às populações afectadas pela guerra no leste da RDC

Bissau, 31 Out 25 (ANG) - O Presidente francês anunciou ,quinta-feira, no final do dia uma ajuda internacional de mais de 1,5 mil milhões de Euros e a abertura de corredores humanitários para encaminhar a ajuda aos civis bloqueados no meio do conflito no leste da RDC.

Este anúncio foi feito em Paris, no final de uma conferência internacional sobre os Grandes Lagos organizada pela França e o Togo, país mediador, que contou com a presença de 60 países e organizações, mas sem os M23, parte directamente envolvida no conflito.

"Tenho o orgulho de anunciar que mobilizaram colectivamente mais de 1,5 bilhões de Euros de assistência para as populações mais vulneráveis", foi deste modo que Emmanuel Macron anunciou esta ajuda às populações afectadas pelo conflito vigente no leste da RDC, mencionando nomeadamente o envio de medicamentos e alimentos.

O plano de resposta humanitária das Nações Unidas, avaliado em 2,5 mil milhões de Euros, tinha sido até então financiado apenas em 16% do seu valor.

Ainda antes deste anúncio, a ONU tinha tecido advertências sobre o agravamento da insegurança alimentar na RDC, com 26 milhões de pessoas em risco severo até o começo do ano que vem, na sua maioria nas províncias do norte e sul Kivu, as zonas em conflito, sendo que ainda de acordo com as Nações Unidas, quase 4 milhões de pessoas estão neste momento em situação de "urgência alimentar".

A agravar este cenário, "as rotas humanitárias são por vezes controladas e os recursos desviados", denunciou Faure Gnassingbé, Presidente do Togo, país mediador da União Africana para os Grandes Lagos.

Durante o encerramento da conferência internacional de ontem, o Presidente francês ainda anunciou a reabertura do aeroporto de Goma para voos humanitários "nas próximas semanas" e corredores humanitários seguros para o encaminhamento da ajuda.

Uma notícia acolhida com cepticismo pelo chefe da diplomacia ruandesa, Olivier Nduhungirehe, que não deixou de sublinhar que os M23 não foram convidados para a conferência, apesar de serem uma das partes interessadas.

"Paris não pode reabrir um aeroporto, uma vez que os primeiros envolvidos não estãona conferência, disse o governante do Ruanda, país acusado por Kinshasa e pela ONU de apoiar os rebeldes M23 que controlam o norte e o sul Kivu.ANG/RFI

 

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