Bissau, 01 jul 19 (ANG) - O primeiro-ministro ,
Aristides Gomes, disse domingo que vai fazer os possíveis para que o novo
Governo tome posse quarta-feira, conforme decidido pelos chefes de Estado e de
Governo da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental.
"A decisão foi tomada, há um arranjo que se fez e acho que vamos trabalhar
para cumprir o arranjo e fazer os possíveis e tudo para que o Governo tome
posse até dia 03 de julho",afirmou
Aristides Gomes.
O
primeiro-ministro guineense falava aos jornalistas no aeroporto de Bissau,
depois de ter chegado de Abuja, Nigéria, onde assistiu no sábado à cimeira de
chefes de Estado e de Governo da Comunidade Económica dos Estados da África
Ocidental (CEDEAO), que, entre vários assuntos, analisou a situação política na
Guiné-Bissau.
"Vamos
trabalhar para podermos cumprir essa decisão da cimeira. Nós temos um Governo
que deve iniciar uma legislatura e um Presidente cessante e tínhamos uma
situação atípica que necessitava da intervenção da nossa organização
supranacional", salientou.
A CEDEAO
determinou que o Presidente José Mário Vaz, que cumpriu cinco anos de mandato a
23 de junho, vai continuar em funções, mas sem a totalidade dos poderes.
Os chefes
de Estado da CEDEAO determinaram também que o novo Governo guineense tem de
tomar posse até quarta-feira e que o Presidente tem de nomear um novo
Procurador-Geral da República até à mesma data.
"Quanto aos resultados da cimeira,
diria que quem ganhou foi a Guiné-Bissau. Temos um quadro para levar o país
para as eleições presidenciais e acabar o ciclo iniciado com as
legislativas", salientou o primeiro-ministro.
O
Presidente guineense já tinha marcado as eleições presidenciais para 24 de
novembro.
A crise
política continuava na Guiné-Bissau depois de José Mário Vaz ter recusado por
duas vezes nomear para o cargo de primeiro-ministro Domingos Simões Pereira,
presidente do PAIGC, partido mais votado nas eleições de 10 de março.
O
vencedor das eleições acabou por indicar Aristides Gomes, nome aceite pelo
Presidente, que, no entanto, não nomeou o Governo indicado pelo novo
primeiro-ministro até ao dia 23 de junho, violando assim o prazo estipulado
pela CEDEAO para o fazer.ANG/Lusa
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