Justiça /Washington inclui na lista de sanções procuradora do Tribunal penal
internacional
Bissau, 04 Set
20 (ANG) - Os europeus assumiram quarta-feira a sua solidariedade para com a
Procuradora geral do Tribunal penal internacional alvo de sanções americanas
devido à investigação daquele órgão sobre supostos abusos do exército norte-americano
no Afeganistão.
A dois meses da eleição presidencial nos
Estados Unidos, a administração Trump implementou terça-feira a sua ameaça de
impor sanções económicas inéditas à Procuradora do Tribunal penal
internacional.
O seus eventuais bens serão congelados nos
Estados Unidos e não poderão ter acesso ao sistema financeiro
americano.
"Hoje passamos da palavra aos
actos", declarou o chefe da diplomacia americana, Mike Pompeo,
argumentando, que o Tribunal penal internacional continua infelizmente a ter na
sua linha de mira americanos. Uma referência a americanos no Afeganistão
investigados pelo Tribunal penal Internacional.
E mais, Pompeo, sublinhou que
"qualquer indivíduo ou entidade que continuará a assistir
materialmente os dois magistrados serão igualmente passíveis de serem
sancionados".
O Tribunal reagiu condenando estas
sanções "inaceitáveis" sem "precedentes.
A nível europeu, a União europeia, reagiu,
através do seu porta-voz Peter Stano, dizendo estar contra este tipo de
tentativas de coarctar o sistema internacional de justiça penal bloqueando uma
das suas principais instituições.
Por seu lado, a Amnistia Internacional,
condenou "um novo ataque vergonhoso contra a justiça
internacional"
Enfm, a ONG, Human rights Watch,
Observatório dos direitos humanos, denunciou estas medidas punitivas que
constituem uma perversão escandalosa das sanções americanas, utilizadas contra
aqueles que têm por funções julgar os crimes internacionais.ANG/RFI
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