sexta-feira, 4 de setembro de 2020

Justiça /Washington inclui na lista  de sanções procuradora do Tribunal penal internacional

Bissau, 04 Set 20 (ANG) - Os europeus assumiram quarta-feira a sua solidariedade para com a Procuradora geral do Tribunal penal internacional alvo de sanções americanas devido à investigação daquele órgão sobre supostos abusos do exército norte-americano no Afeganistão. 

A dois meses da eleição presidencial nos Estados Unidos, a administração Trump implementou terça-feira a sua ameaça de impor sanções económicas inéditas à Procuradora do Tribunal penal internacional.

Washington, inscreveu na sua lista negra, a procuradora Fatou Bensouda e Phakiso Mochochoko, director de competência e coordenação da jurisdição com sede em Haia, Holanda. 

O seus eventuais bens serão congelados nos Estados Unidos e não poderão ter acesso ao sistema financeiro americano. 

"Hoje passamos da palavra aos actos", declarou o chefe da diplomacia americana, Mike Pompeo, argumentando, que o Tribunal penal internacional continua infelizmente a ter na sua linha de mira americanos. Uma referência a americanos no Afeganistão investigados pelo Tribunal penal Internacional. 

E mais, Pompeo, sublinhou que  "qualquer indivíduo ou entidade que continuará a assistir materialmente os dois magistrados serão igualmente passíveis de serem sancionados".  

O  Tribunal reagiu condenando estas sanções "inaceitáveis" sem "precedentes.

A nível europeu, a União europeia, reagiu, através do seu porta-voz Peter Stano, dizendo estar contra  este tipo de tentativas de coarctar o sistema internacional de justiça penal bloqueando uma das suas principais instituições. 

Por seu lado, a Amnistia Internacional, condenou "um novo ataque vergonhoso contra a justiça internacional" 

Enfm, a ONG, Human rights Watch, Observatório dos direitos humanos, denunciou estas medidas punitivas que constituem uma perversão escandalosa das sanções americanas, utilizadas contra aqueles que têm por funções julgar os crimes internacionais.ANG/RFI

 

 

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