quarta-feira, 10 de junho de 2020



Bissau,10 Jun 20(ANG) - O Governo guineense suspendeu temporariamente o contrato de gestão da empresa de Eletricidade e Águas da Guiné-Bissau (EAGB) que estava a ser assegurado por um consórcio liderado pela EDP, disse terça-feira à Lusa fonte governamental.

A decisão que entrou em vigor a 01 deste mês foi tomada pelo executivo guineense a 29 de maio e comunicada ao Banco Mundial, entidade que liderou o concurso internacional para escolher o consórcio.

Segundo a Lusa, a fonte precisou que o Governo “não concordou” que os gestores da EAGB tenham deixado Bissau, em consequência de o país ter declarado estado de emergência sanitária em virtude da pandemia do novo coronavírus.

O consórcio é integrado pelas empresas portuguesas EDP, a Água de Portugal e LCBS, ao abrigo de um contrato de três anos financiado pelo Banco Mundial no valor de 3,9 milhões de euros.

Ao abrigo do contrato de gestão, o consórcio disponibilizou 18 técnicos, entre peritos e especialistas qualificados para materialização do projeto, que visa melhorar a EAGB, dada como tecnicamente falida.

Refere a Lusa que o Governo guineense não aceitou o modelo de trabalho adotado pela equipa de gestão, que consistiu em teletrabalho a partir de Portugal, assinalou a fonte, realçando que “uma empresa do calibre da EAGB não pode ser dirigida daquela forma”.

“A decisão tomada pretende evitar a degradação da qualidade do serviço público”, prestado pela EAGB, reforçou a fonte do Governo guineense, sublinhando que o consórcio retomará a gestão da empresa “assim que estiverem reunidas as condições”.

Interinamente, o Governo guineense nomeou um Diretor-geral na pessoa de Mamadu Baldé,  para liderar a empresa, até ao regresso da equipa gestora no âmbito do consórcio.ANG/Lusa


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